Um estória exemplar:
Era uma vez um agente da PSP de Lisboa que seguia pacatamente no seu automóvel na Ponte
Salazar 25 de Abril sobre o Tejo, no sentido Lisboa-Almada, de regresso ao lar, quando viu um saco na faixa de rodagem, que quase provocou colisões entre os muitos veículos que circulavam na ponte.
Podia simplesmente ter-se desviado e continuado pacatamente na sua rota, sem mais incómodos. Porém não o fez.
Diligentemente e com o sentido do comprimento do dever e de auxílio e cuidado para com o próximo, parou o carro, saiu e desviou o saco para
a berma.
Contudo, depois dele, um condutor
abelhudo,
alarmista e com
espírito de
sherlock holmes, ao ver o saco pacatamente na berma da ponte, chamou o 112 e o pacote lançou um alerta de bomba, fechando a ponte a carros e comboios por 2 horas, no período de maior tráfego da tarde.
Epílogo
O agente da PSP foi condenado em processo disciplinar por ter sido considerado culpado de falta de zelo por não ter dado o alerta imediato, ficando sem dois dias de ordenado a título de multa disciplinar e ainda ... pagou uma coima de trânsito de 250 € por ter parado na faixa de rodagem, numa ponte...
Quanto ao condutor que deixou (cair), voluntária ou involuntariamente, o dito saco no tabuleiro da ponte, nada se sabe, nem as câmara o conseguiram detectar, nem isso agora importa.
Também para quê...??? Já há um culpado...!!!
Moral da história (ou de falta dela) (em inglês, para ser mais
fino, mas com tradução)
:
Curiosity kill the cat.... (trad.: Nunca metas o nariz onde não és chamado. Deixa que os outros resolvam. Que se lixe o próximo.)