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Pharmácia de Serviço

Há remédio para tudo ... pharmaciadeservico_at_gmail.com

Neste fim de mandato: Foge cão, que te fazem barão! Mas para onde, se me fazem visconde?

terça-feira, 31 de janeiro de 2006
José Mourinho condecorado com Grã-Cruz da Ordem do Infante D Henrique por ter ajudado a que se falasse de Portugal na Europa e no Mundo.

O presidente da Microsoft, Bill Gates, foi condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, pelo apoio do norte-americano a países "do campo da Lusofonia".

Os efeitos da pimenta

São já sobejamente conhecidos os episódios de desacatos e violência praticados por parte de adeptos do FCP, nas mais diversas circunstâncias e com os mais diferentes visados.

Porém, nunca nada dava em nada.
Nas instâncias adequadas as coisas "amornavam", "esfriavam", "esqueciam" e pronto. Estava resolvido.
Institucionalmente, havia sempre uma justificação para tudo, a qual, se não era causa de exclusão de ilicitude era ao menos legitima defesa justificante.
E com um sorrisinho, passava-se a ideia de que "pimenta no cu dos outros é refresco".

O pior é quando a "pimenta" nos chega a casa.
Aí o caso muda de figura - deixa de ser refresco!
Só assim se explica o teor do Comunicado da Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD, colocada no site do clube:

Tendo em conta a gravidade dos factos verificados na noite de ontem no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, vem a Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD comunicar o seguinte:

1 – A Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD não pactua com actos de intimidação e violência, sobretudo quando se traduzam no desrespeito dos valores que procura difundir entre atletas e adeptos. Por isso, não só censura publicamente a ocorrência, como a repudia com toda a veemência;

2 – Assim, fez desencadear os procedimentos necessários para correcta identificação e subsequente punição dos vândalos que causaram danos em pessoas e bens do clube e, acima de tudo, lesaram grave e periculosamente direitos pessoais fundamentais num estado de direito;

3 – Neste sentido, já foi disponibilizada às autoridades competentes uma série de informações que podem conduzir à precisa identificação dos responsáveis pelo inqualificável ataque, bem como das viaturas em que se fizeram transportar para o efeito
.

Actos de violência e vandalismo são sempre de lamentar e condenar seja qual for a situação.
Mas agora sempre se fica a saber que a intimidação e a violência não são valores defensáveis naquele clube e que os danos em pessoas e bens do clube, que lesam grave e periculosamente direitos fundamentais num estado de direito só podem ser devidos a vândalos.

Formação "globalizada"

Microsoft e Estado querem formar um milhão de pessoas.

Se, nos tempos que corrrem, a "globalização" é geralmente considerada como "mãe de todos os males", cujo "combate" serve como base de certa propaganda política ou de algumas campanhas eleitorais, é curioso constatar como, por cá, quando interessa, se "fecham os olhos" aos princípios e vá alinhar no "mundo global".

Vai daí, pragmaticamente, o governo alia-se à Microsoft, criando uma "altruística" "joit venture" formativa para um milhão de pessoas. Isto, lido assim, até que nem vai mal. Porém - há sempre um "porém" - "por detrás da capa está o segredo", como no homem da Sandeman.

Com esta aliança, a Microsoft expande a penetração dos seus produtos junto de um milhão de pessoas, criando condições para aumentar a sua penetração no mercado ao mesmo tempo que cria uma "dependência" dos seus produtos de mais uns tantos potenciais utilizadores.
Dir-se-á: Qual quê! Um milhão de pessoas não é nada para a Microsoft!
Pois não! Mas vários muitos milhões já importam. E muitos milhões são feitos de um milhão de cada vez.

Ou seja, do lado da Microsoft, esta acção não tem como objectivo - primeiro ou último - a formação de pessoas. Visa sim alargar o seu potencial mercado de produtos informáticos.
O que não é nada do outro mundo - ou antes, até é natural. É assim que se formam as grandes empresas.
Mas seria bom que os que dela não gostam, registem que isto é mais um dos efeitos da globalização.

Por seu lado o governo alinha neste "projecto" a esfregar as mãos de contente.
Um nome como a Microsoft é suficientemente apelativo e "certificado" para não haver coragem de levantar qualquer constestação à iniciativa. Antes pelo contrário: "toda a gente" vai querer ter um diploma de "formado pela Microsoft" para mostar à família e amigos e emoldurar na sala, ao lado da fotografia do avô e do quadro com os "campiõîes" do "Pôarto".
Resta saber para que vai servir o certificado, no futuro, a toda esta gente. Mas isso já é outra questão.

Por outro lado, enquanto as pessoas se encontrarem "em formação" não são considerados, tecnicamente, como "desempregados".
Ora aqui está o vero objectivo do lado do governo: diminuir as taxas de desemprego.
Ainda que, deste modo, não sejam criados quaisquer empregos.

Na vida, por vezes, não há nada como a aparência - e "quem não tem cão, caça com gato".

É evidente ...

Alegre falta a reunião do PS

Então o homem estando doente - como está - não pode ir, nesse estado, à reunião do PS ...

"Les uns et les autres"

O ex-eurodeputado do PSD Pacheco Pereira afirmou hoje que existe "alguma potencialidade de conflito" entre o Presidente da República eleito e primeiro-ministro, apesar de acreditar que Cavaco Silva e José Sócrates farão "um esforço" por se entender.

Perante esta afirmação do guru dum certo "bem-pensantismo" nacional ("à droite", soit disant), ninguém "refilou" ou o tentou "estrafegar".

Há uns dias atrás, durante a campanha, houve um ex-primeiro ministro (ainda com uma faca bem espetada nas costas) que disse practicamente o mesmo. Ui, ui! O que foste tu dizer!

Tirando aquele expressiva "careta" do eleito futuro presidente, o comentário mínimo então ouvido foi: "Está a vingar-se!"

Ora aqui está uma solução absolutamente razoável para os problemas do Médio Oriente

O "número dois" da Al-Qaida, Ayman al-Zawahiri, apelou ao Presidente norte-americano, George W. Bush, para se converter ao Islão.

Intolerável

O Presidente da República, Jorge Sampaio, recebeu ontem em Belém o seu sucessor no cargo, Cavaco Silva, num encontro de quase três horas que se enquadra no processo de transição de funções e transferência de dossiês.

É indamissível, porém, que as "primeiras damas" (a pretérita e a futura) não tenham tido também encontros com vista à transferência das suas "funções" de "primeira dama" ...

Uma discriminação que não se compreende.

Não há perigo de contágio ...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2006
Mais de mil pessoas, incluindo praticamente todo o governo, assistem terça-feira em Lisboa a uma conferência de 30 minutos do dono da Microsoft, Bill Gates, sobre o tema "os desafios da modernização administrativa".

Praticamente todo o Governo vai participar em peso, para além dos Presidentes dos Governos Regionais, o Presidente da Assembleia da República, o Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, o Procurador-Geral da República, autarcas, incluindo o presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, altos dirigentes da administração pública e outros quadros da função pública.


Mas podem ficar todos descansados ... a capacidade de Bill Gates não é de origem virosal e portanto não há perigo de regressarem de lá contagidos com mais visão, capacidade, iniciativa e empreendedorismo.

Ao que parece, em matéria económica não há miliagres nem "santos milagreiros" ...

... mas é verdade que sempre se pode pedir uma esmola ...

Empate

O secretário-geral do PS, José Sócrates passa a integrar a vice-presidência da Internacional Socialista (IS)

O líder do PSD, Luís Marques Mendes, foi eleito vice-presidente da Internacional Democrata do Centro (IDC)

Assim ninguém se fica a rir do outro ...

Depois da neve ...

... mais uma semana de trabalho nos aguarda.

A neve!

domingo, 29 de janeiro de 2006
Cai neve
Cai neve
Cai neve no jardim
Branquinha cobre o chão
E então
Tudo é branquinho assim!

Será que assim estão reunidas as condições?

sábado, 28 de janeiro de 2006
Ciclovia com 214 km vai atravessar todo o Algarve

Assim já não há razão para não haver portagens pagas na Via do Infante.

Na "mó de baixo" ...

Em surdina, garante o CEC, o Governo preparava-se para excluir as empresas da região Centro de apoios públicos, dando exclusividade às do Porto e de Lisboa. É «batota», protesta o empresário Almeida Henriques, que vê nesta movimentação «ilegal» um artifício perigoso em vésperas do novo quadro comunitário de apoio. As confederações da indústria e do comércio estão surpreendidas.

É o regresso da lógica bipolar entre Lisboa e Porto, com consequências possivelmente gravosas para o desenvolvimento económico das regiões, em particular da do centro do país. Na passada semana, ao querer inteirar-se dos processos de apoio para internacionalização de empresas, junto do ICEP Portugal, o Conselho Empresarial do Centro - Câmara de Comércio e Indústria (CEC) ficou a saber duas coisas: uma, com a qual concorda, é que 70% dos apoios serão para candidaturas em fileira (fileira de calçado, fileira de vestuário, etc…), a que o CEC também poderá aceder nesses moldes.

A outra novidade, mais problemática, é que uma decisão administrativa do Ministério da Economia e Inovação estaria para atribuir exclusividade a duas associações para os restantes 30% de apoios públicos. Precisamente à Associação Empresarial de Portugal (AEP), no norte (Porto), e à Associação Industrial de Portugal, no sul (Lisboa). Ao CEC - que representa 39 associações, cerca de 42 mil empresas – restar-lhe-ia, portanto, “pedinchar” à AEP e AIP qualquer entrada no processo.

Se isto não é mais uma prova da óbvia má vontade que o governo tem mostrado para com Coimbra - parece mesmo.

Só que neste caso não está apenas em causa a cidade e obras locais, mas toda uma região. Em causa está a projecção internacional do tecido empresarial da região centro, veículo essencial do desenvolvimento económico e social.

Será este o padrão que o governo irá adoptar no que toca a estas matérias?

Pelos vistos, Coimbra e a região centro estão mesmo na "mó de baixo" ...

As "pontes Europa"

Ao que parece, os conimbricences (por vezes, muito "coimbrinhas") estão fadados para ter "pontes Europa" sempre patrocinadas por governos PS.

A primeira foi mesmo a dita ponte, agora Rainha Santa Isabel.

Por problemas técnicos de concepção, que de inicio logo se podiam prever, a sua construção arrastou-se até ao insuportável, com um monumental aumento de custos, prefeitamente escusado se os poderes que abriram o concurso tivessem optado por outra solução, de outro projectista - o qual acabou por ter que intervir na obra, nos trabalhos da sua correcção e finalização.
Mas quem ganhou o concurso era do Técnico e, ao que parece, da côr.

Agora é o Hospital Pediátrico.

O governo faz tudo para retardar o seu avanço inventando problemas técnicos onde não os há (ou havendo-os, facilmente se resolvem, segundo técnicos locais) ao mesmo tempo que "enxuga" a obra dos necessários meios financeiros para a sua conclusão (em vez da água que por lá nasce...).

Se não é uma vingança contra Coimbra - por causa da obstinada recusa local da coincineração em Souselas e da publicidade dada à "barraca" que foi a construção da dita "ponte europa" - parece mesmo.

Até porque, afrontando os técnicos da Universidade local, (que serão tão bons como os de Lisboa) o governo vá de chamar o LNEC para o "aconselhar" nas "questões técnicas" da construção do dito Hospital.
Mas sem que isso signifique uma qualquer solução imediata - apenas um arrastar da "análise" das questões técnicas, delongando, sabe-se lá até quando, a construção.

"Pelo andar da carruagem", as crianças de Coimbra vão poder utilizar o novo Pediátrico quando tiverem que levar lá os seus netos.

Os últimos acordes ...


... do génio de um génio.

Podem ir pondo os bigodes de molho ...

O primeiro-ministro, José Sócrates, escusou-se hoje a pronunciar-se sobre a necessidade de reduzir o número de funcionários públicos, alegando que em Março será divulgado um relatório sobre a reestruturação da administração pública.

Está visto ...é mais que certo!.

Espera-se contudo que os que vão ser "reduzidos" sejam os que entraram na função pública pela mão dos governos de Guterres.

É que então não houve qualquer tipo de preocupação, nem com a avalanche de admissões na função pública, nem com as alterações dos escalões (reduzindo-os e, com isso, causando um enorme e brusco aumento em encargos salariais no Estado), nem com as reclassificações e reconversões que permitiram, grosso modo, que qualquer um chegasse a técnico superior sem saber "ler e escrever".

Ou será que agora a seleção para "redução" vai ser feita com base no "tom" ou na posse do "cartão"?

Até se fica incomodado de tanta gentileza ...

Tanta gentileza até incomoda ...
As finanças (o governo, a bem dizer...) vão passar a preencher a nossa declaração de IRS.

Agora o que falta mesmo, mesmo, é passarmos a ser acompanhados por um funcionário das finanças nas nossas idas à casa de banho.

Depois disso, até já nem estranharemos uma pulseira electrónica para os contribuintes e necessidade de autorização das finanaças para gastar dinheiro a pagar uma bifana e a bica do almoço e o jornal do dia.

É talvez a ventania ...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
O primeiro ministro, na sua actuação de hoje no parlamento, afirmou que o concurso para atribuição de licenças para a produção de energia eólica, era um concurso com uma concepção diferente do que foi aberto pelo anterior governo (e anulado por este), pois visava também a criação de um cluster industrial de fabricação de elementos para os parques.

E para facilitar a vida aos concorrentes que haviam pedido o adiamento do prazo de apresentação das propostas é que ele tinha sido adiado mais um mês.

Só que não conseguiu explicar bem é como é que apenas a Iberdrola não pediu qualquer adiamento, se conformou com os esclarecimentos prestados pelo júri do concurso, e o os termos e condições do concurso lhe "assentam como uma luva".

Decerto, meras coincidências, evidentemente ...

Ora aqui está o "rabo do gato"!

O primeiro ministro confirmou que o governo anda em negociações com o MIT para este se ligar a uma universidade portuguesa. Já se está mesmo a ver qual será - ... o "Ténico".

... a rebolar-se de contentamento

... devem estar os notários privados ao confrontarem-se com as medidas anunciadas hoje, com pormenor milionésimal e vasta exemplificação jurídica, no Parlamento, pelo primeiro ministro.

Quem se fica a rir são aqueles que não tendo saído do "quentinho" do Estado, mantêm o seu lugar de funcionários públicos.

Chama-se a isto "incentivar" a privatização do serviços do Estado.

(quem terá escrito o discurso ao primeiro ministro? É que ele não o deve ter lido previamente e, por duas vezes, confundiu registo "comercial" com registo "criminal". Se isto se passasse com qualquer outro primeiro ministro, era certo que "caía o carmo e a trindade").

As finanças dos locais

É intenção do governo alterar a Lei das Finanças Locais, revendo as regras de financiamento das autarquias locais. Isto, por si, não é novidade nenhuma. Já há muito que se falava, e urgia, esta alteração.

Agora o que é novo são os pressupostos e as soluções que o governo leva em conta na matéria.

O governo parte do princípio que é necessário aumentar as receitas das autarquias locais - sendo que essa necessidade está verdadeiramente por demonstrar.

Num tempo em que a todos se exige contenção, em que o Estado pretende “encolher-se”, em que se “anunciam” “despedimentos” na função pública, aumentar, por aumentar, as receitas das autarquias é “deixar entrar pela janela o que não se deixou passar na porta”.

Evidente se torna que a “boa vontade” governamental posta no incremento das receitas autárquicas se destina, claramente, a "calar" (até ver...) a Associação Nacional de Municípios, sempre lesta a "exigir" mais dinheiro – nunca se percebendo se o dinheiro tem como objectivo a satisfação de verdadeiras necessidades municipais, se apenas visa satisfazer as exigências dos edis seus presidentes – estes, afinal, se não são os seus verdadeiros associados, são, ao menos, os grandes beneficiários das suas reivindicações e, verdadeiramente, aqueles a quem ela defende.

Ora o governo pretende "matar dois coelhos com uma cajadada": aumentar as receitas da autarquias, eventualmente associando a isso a transferências de novas competências, designadamente fiscais, e, ao mesmo tempo, diminuir o reflexo financeiro dessas transferência no Orçamento do Estado.Ou seja: quer dar menos dinheiro do OE, às autarquias mas quer, ao mesmo tempo, que elas tenham mais receitas. Ou seja, quer “sol na eira e chuva no terrado".

Mas, como se sabe, não é possível “fazer filhoses de água”. Diminuir as transferências do OE e aumentar as receitas das autarquias só é possível com recurso a impostos ou taxas locais ou a outras formas de “rendimentos locais”. E não há que fugir disto.Portanto o governo pretende suportar o aumento de despesas dos municípios (porque vão ter mais receita...) através da criação de uma derrama sobre o IRS, aumentando (ainda mais) a carga fiscal, mas, agora, a nível local.

Ou seja, sobre o montante que se tiver que pagar de IRS vai acrescer um adicional, "a derrama", uma "alcavala"calculada com base numa percentagem da matéria colectável ou da colecta total de IRS de cada uma dos munícipes. Imagine-se que se paga 100 de IRS (colecta). Se a derrama for de 10% vai pagar-se 100+10=110.

Porém ninguém diz – muito menos o governo – que a carga fiscal dos impostos estaduais – designadamente do IRS – vai baixar, por força do abaixamento das necessidades financeiras do OE em resultado da redução das transferências financeiras para as autarquias.

O Estado, ou seja o governo, "caladinho", vai continuar a dispor da mesma receita em impostos, de que dispunha já quando era necessário transferir dinheiro para as autarquias. Ou seja, vai manter-se a mesma "carga fiscal" em impostos estaduais.
Mas com as novas “derramas” autárquicas vai aumentar o volume da enorme carga “carga fiscal” que já impende sobre os contribuintes, agoara obrigados a pagar novos "impostos locais".

Para isto, e além de um “melífluo silencio” sobre a questão, o governo continua a apostar na "anestesia fiscal" e no "terror fiscal" (muito corrente entre os romanos e nos senhores da idade média), para fazer passar mais esta medida.

Até ver, com sucesso. Apesar de se começarem a ouvir declarações públicas de responsáveis no processo, ainda ninguém contestou o método.

Este pode ser um (mau) prenúncio do que se avizinha: a criação de uma sistema de receitas autárquicas completamente autónomo do orçamento do estado, sobrecarregando os contribuintes, desde logo porque a carga fiscal em impostos estaduais não diminui.

E assim o governo lá consegue arranjar a “folga” financeira para levar a cabo as suas megalomanias. Com um evidente sobrecusto para todos nós.

Ora aí está!

É para isto que servem as comissões parlamentares de inquérito.

Maioria PS impõe o fim da comissão Eurominas

Ah, pois não ...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, em audiência a cinco novos representantes do Conselho de Ex-Alunos da Casa Pia de Lisboa, assegurou que "não seria o coveiro da instituição".

Tem toda a razão. Vai ser o "cangalheiro".

Os nossos "parques naturais" estão verdadeiramente plenos de "natureza"

Pelo menos três parques naturais portugueses, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Parque Natural da Arrábida e o Parque Natural do Vale do Guadiana, têm alguns habitantes, nomeadamente ratos e carraças, infectados com vírus que podem ser transmitidos aos humanos.

Ólh'ó fax da investigação!

Eis o texto do dito fax que anda a ser "investigado".

Mais uma boleia ...

O PCP preside à Área Metropolitana de Lisboa, eleito por 11 dos 18 autarcas.
Ao que parece o PS, uma vez mais, deu "boleia" ao PCP.

Isto, apesar do PS e o PSD/CDS-PP terem a maioria das câmaras (já sem contar com o independente Isaltino) e, por isso, terem votos suficientes para eleger o presidente (que seria o Presidente da CM Lisboa).
Diz-me com quem andas ...

Para perdas e esquecimentos ...

Para quem deixa tudo (salvo seja ...) em todo o lado (idem ...), para quem nunca sabe onde deixa as coisas (o que é terrível em alguns casos ...) e para os que só não perdem a cabeça porque ficariam a saber que afinal ela não faz falta, esta pode ser a solução.

Por falar em milhões ...


... aqui está a solução para gastar alguns deles, ao mesmo tempo que passa a ver os engarrafamentos e as viaturas da BT de cima. Chama-se Skycar e existe mesmo ...!

Em caso de interesse, reservar aqui o protótipo, que já há muito quem queira. Preço (só para animar): 3.500.000,00 dólares.

Reservas para os primeiros 100 produzidos em série, aqui. Preço 995.000 dólares. Porém entregas, só para finais de 2008.

É desta que o TGV do primeiro ministro vai passar a andar completamente "às moscas".

Euromilhões

Money, get away
Get a good job with more pay and you're o.k.
Money it's a gas
Grab that cash with both hands and make a stash
New car, caviar, four star daydream
Think I'll buy me a football team.

Money, get back.
I’m all right jack keep your hands off of my stack.
Money, it’s a hit.
Don’t give me that do goody good bullshit.
I’m in the high-fidelity first class traveling set
And I think I need a Lear jet.

Money it's a crime
Share it fairly but don't take a slice of my pie
Money so they say
Is the root of all evil today
But if you ask for a rise it's no surprise that they're
giving none away.

Roger Waters
Pink Floyd

E por falar em fax...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
Na vida, verificam-se terriveis coincidências.

Será que esta pode ser mais uma delas: onde há Soares, pode haver fax.

E por falar em limpeza ...

O Governo solicitou à Procuradoria-Geral da República que analise conteúdo e proveniência do fax, dirigido a Fausto Correia, eurodeputado e mandatário distrital da candidatura de Mário Soares à Presidência da República, apelando no voto dos socialista em Cavaco - para evitar que Alegre pudesse ir à segunda volta das presidenciais.

Não se sabe, porém, se o que o governo quer averiguado é a origem do fax ou a veracidade do conteúdo.

A limpeza das eleições

Será que era a isto que Mario Soares se referia quando falava em "eleições limpas"?

Ordem acima de tudo ...

Parece que a Catalunha quer disciplinar um conjunto de condutas até agora ditas "marginais".

Assim os pobres que pedirem na rua serão multados entre 125 e 500 euros. (Presume-se que irão continuar a pedir até terem conseguido o montante necessário para pagar a multa; mas como continuaram a pedir serão novamente multados, o que os obrigará novamente a contionuar a pedir para pagar a nova multa; etc..., etc..., etc... ).

Quem fizer chi-chi no passeio (ainda que escondido por uma árvore) passará a ser multado entre 300 e 1500 euros - a fixação em concreto do quantitativo da multa deverá certamente depender da quantidade de "poliuição" depositada na rua, no seu grau de exposição pública e da forma mais ou menos descarada como tudo foi feito.
Não se sabe, contudo, se para combater estes comportamentos serão instalados WC públicos.

Por fim a prostituição também será regulamentada.
Entre outras medidas, a lei impedirá a prostituta de viver no local onde trabalha e impedirá o funcionamento de locais de prostituição a menos de 250 metros de escolas ou de locais frequentados por menores.

Esta é, decerto, a medida mais eficaz.
Na verdade, 250 metros são a distância ideal para que a prática da prostituição deixe de ter influência no aproveitamento escolar dos alunos.
Contudo, ou os estudantes de uma escola vivem todos dentro de um perímetro de 250 metros à volta dela, ou então, inexoravelmente, terão que passar pelas "ditas" na ida e no regresso da escola.

Ora isto não é, de todo, descabido: assim consegue-se que à ida, os estudantes já não façam em casa aquelas cenas de "não quero ir para a escola"; no regresso já não se ficam pelo pátio da escola a dar pontapés em bolas de futebol.
Ainda se vai ver que a medida vai contribuir, e em muito, para melhorar o aproveitamento escolar.

Será mais um ataque da "gripe das aves" do mundo digital?

terça-feira, 24 de janeiro de 2006
Kamasutra. Esse é o nome do novo vírus que está se espalhando pela internet. Com a promessa de conteúdo pornográfico, o e-mail chega com temas como "Miss Lebanon 2006", com um texto sugestivo dando referências ao livro indiano "Kama Sutra".
O nome técnico da praga é W32/Nyxem-E.

A julgar pelo seu antecessor, o Nyxem-E, que se transformou numa das mais freqüentes pragas encontradas no sistema, o W32/Nyxem-E pode assustar. Se agir da mesma forma, ele se reenviará para todos os endereços do correio eletrônico do computador infectado.

O vírus já tem data programada: 3 de fevereiro. Segundo Mikko Hypponen, diretor de pesquisas da F-Secure, o vírus pode apagar arqivos como documentos do Office.

O défice

Ao que parece, apesar da sua acção aturada e persistente, não foi possível ao actual governo atingir o montante do défice estimado, visto o valor ser inatingível de tão elevado que era.

Assim, o governo além de ter tido folga para nomear uns amigalhaços para uns lugares catitas, ainda consegue mostrar em Bruxelas que tem um cuidado extremo com as contas públicas, tanto que até reduziu o défice em uns "cagagésimos" de "por cento".

O que o governo já não diz publicamente, nem cá nem em Bruxelas, é que estamos todos "submersos" em impostos, que os combustíveis e as portagens aumentam "dia e noite", que o desemprego "é o máximo", que da economia, só notícias de projectos na semana antes das presidenciais, que ele pretende atribuir às autarquias locais a capacidade de também elas lançarem impostos locais para se financiarem (os quais acrescerão aos impostos estaduais que já pagamos) e que não tem mais nenhuma ideia de como sair de toda esta situação que não seja construir uma aeroporto magalómano e um combóio de alta velocidade para as moscas. Tudo isto à custa da exaustão até ao desespero da nossa capacidade tributária.
De solução para a crise: nada!

Não há como ter "grandes objectivos" e "vistas largas".

O perú de Natal

Na quadra natalícia come-se peru. É da tradição, não obstante, por cá, ser “mais bacalhau”. E apesar do Natal já ter passado há um mês, o peru de Natal vem sempre a propósito.

É da ciência culinária portuguesa que o dito peru seja devidamente “embebedado”, de modo a que, dizem os mestres na arte, se torne mais apaladado e tenro. Tudo isto tendo em vista ser comido.

Daí que, na altura aprazada, ao peru seja “dado a beber” (forma eufemística de dizer “enfiado pelas goelas abaixo”) um bom trago de vinho do porto, aguardente, ou outra qualquer bebida alcoólica (não se aceita Coca-Cola) que, momentos depois, o deixa num estado de esfusiante alegria, levando-o mesmo a convencer-se de que, afinal, não irá parar ao forno e depois ao prato e que o mais certo é sentar-se à mesa da ceia de jantar, com os demais convivas, a debicar as restantes iguarias. Enfin... “grossuras...”

Entrementes, enquanto se desenrola esta cena, alguém vai afiando a preceito a faca que servirá exactamente para cumprir o inexorável destino do costume: matar o peru.

Como “Natal é sempre que um homem quiser”, vem isto a propósito da notícia do Público de que Sócrates impede retaliação contra Alegre.

Visto de fora, fica a sensação que esta notícia não trata uma questão política mas, antes, dá uma receita culinária.

É que por detrás da imensa generosidade que o referido título deixa transparecer, o verdadeiro objectivo que norteia o secretário geral do PS é permitir que os 20, 72% dos “vapores etílicos” da votação de domingo de Manuel Alegre, lhe “subam devidamente á cabeça”, fazendo-o pensar que, em bom rigor, no PS nem sequer há “facas longas”, sem se dar conta que, por força dos ditos “vapores”, se tornou mais “tenro” e “gustativo”, ou seja “apetecível”.

Entrementes, no dito PS, as facas (não é preciso serem “longas”) vão sendo paulatinamente afiadas por aqueles que não lhe perdoam o “gluglurejar” dos últimos tempos e, por isso, estão mortinhos por “lhe ferrar o dente” (apesar de verdadeiramente só apreciarem sopa de beldroegas).

No momento aprazado, quando Alegre já estiver “tenrinho ao dedo”, chamam-no à parte, com "grande amizade", “saltam-lhe todos em cima”, “espetam-lhe” as furiosas facas, enquanto o secretário-geral, a um canto, virado para a parede para não ver a cena, grita baixinho, tentando impedir o morticínio:
- Eu por mim não o matava! Eu até nem gosto de peru!

Na verdade “Natal é sempre que um homem quiser”. Pelo menos, na perspectiva do peru.

"Consta-se-me" ...

Ao que parece, o nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, foi passar duas semanitas de férias à ilha do Sal, em Cabo Verde.

Curiosamente as duas semanitas coincidiram exactamente com as da campanha eleitoral das presidenciais. Coincidências ...

Segundo os relatos autóctones, o senhor ministro esteve no Sal para relaxar e fugir do barulho (expressivamente designado de "brambram") da campanha eleitoral, mantendo-se "mudo e quêdo" durante a estadia.

Bem quis o seu homólogo local manter um encontro com Freitas do Amaral, que não foi possível, decerto, por o professor apenas ter levado chinelos de praia e shorts o que não calhava para a ocasião.

Na expresão local, para além de querer manter o "low profile" ferial, outro motivo que impede Freitas de Amaral de falar poderá estar intimamente relacionado com o facto de estar a decorrer em Portugal a campanha para as eleições presidenciais e, como se sabe, nestas alturas todo o cuidado é pouco, e há que ter tento na língua.

Assim para além do "tento na língua" (de sempre preciosa utilidade ..), de umas sápidas lagostas e de uns banhos de sol tropicais, o senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros sempre se livrou de ser "escalado" pelo primeiro ministro para discursar num dos comícios onde os ministros foram apoiar o candidato do governo, Mário Soares, tendo passado todo este período sem revelar, afinal, qual o candidato que "realmente" apoiava.

O nosso governo já está como todos os portugueses: uns na neve, outros nos trópicos, que cá é uma pepineira ...

Missing in combat?

Desde domingo à noite que Dr. Mário Soares não aparece na televisão!

Ninguém dá nada ...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006
O actual governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, aceitou o convite do Governo para fazer mais um mandato à frente da instituição, revelou hoje o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos

Como "ninguém dá nada a ninguém", isto não deixa de dar a impressão que é a "paga" pelo relatório do "défice monstruoso".

Who's next?

Em 1996, Cavaco Silva "sacrificou" o líder do PSD de então, Fernando Nogueira, para chegar à presidência. Ainda assim não conseguiu.

Em 2005, Cavaco Silva "sacrificou" o líder do PSD de então, Pedro Santana Lopes, para chegar à presidência. Desta conseguiu.

Quem será o "desgraçado" que estará - ou antes, vai deixar de estar - à frente do PSD em 2010?
É que Cavaco Silva não vai deixar de querer recandidatar-se à presidência em 2011.

Yo no creo en brujas, pero haberlas haylas....

«Não havia qualquer intenção de interromper as declarações de Manuel Alegre, que tínhamos toda a curiosidade e interesse em ouvir», afirmou Vitalino Canas.

Estas já estão ...

Algumas notas no final dos resultados:

1. Cavaco bem pode agradecer (também) ao votantes do CDS. Apesar da antipatia que sempre manteve para com o partido, decerto que na sua curta margem de vitória contaram os seus votos. Não se sabe se na contagem são os primeiros ou os ultimos; mas que contribuiram para o score de 2.745.491 ai isso contribuiram.

2. O PSD foi lesto a aproveitar-se da vitória. Nem tanto os seus dirigentes, mas também. Mas os apioantes de Cavaco não conseguiram esconder aquela "laranjice" que já chateia.

3. A elevação e principios democráticos (como convém dizer ...) do primeiro-ministro ficaram demonstrados pelo momento em que "resolveu" proferir o seu discurso, na veste de secretário geral do PS - exacatmente quando Manuel Alegre fazia a sua comunicação em directo.
É claro que ninguém vai acreditar que "ele não sabia" (mesmo que isso fosse verdade). Uma das formas de conhecer o carácter das pessoas é no jogo, mesmo que eleitoral. Assim, ficou a conhecer-se melhor o seu carácter.

4. A menoridade e servilismo das televisãoe não tem limites. Quando os três canais davam em directo a comunicação de Manuel Alegre, o segundo candidato mais votado, vá de interromper inopinadamente a emissão para transmitir a comunicação do primeiro ministro vestindo a pele de secretário geral do PS.

É "natural" que a RTP se tenha que portar assim. La noblesse oblige.

Agora já não se compreende que a SIC e a TVI tenham que fazer tais "figuras". Bastava que gravassem a intervenção do secretário geral do PS e a passassem depois de Alegre acabar de falar.
Mas tendo em atenção a próxima renovação das licenças de televisão, talvez tudo passe a fazer sentido.

5. Agora vamos novamente passar a "viver habitualmente", sem eleições nos próximos três anos.

Será que vai ser mesmo assim?

And the wineer is ...

Em 2006, Cavaco Siva é eleito com 2.745.491 votos - 50,59%

Para logo, ao fim da tarde, completar ...

domingo, 22 de janeiro de 2006
Em 1976, Ramalho Eanes foi eleito com 2.965.989 votos - 61,54%

Em 198o, Ramalho Eanes foi elito com 3.258.272 votos - 56,47%

Em 1986, 2º volta, Mário Soares foi eleito com 3.015.350 votos - 51,28%

Em 1991, Mário Soares foi eleito com 3.460.365 votos - 70,4%

Em 1996, Jorge Sampaio foi eleito com 3.038.651 - 53,83%

Em 2001, Jorge Sampaio foi eleito com 2.410.339 votos - 55,76%

Em 2006, .......... ............. é eleito com ... . ....... . ..... - ...... , ..%

MITo

Para Platão, o MITo era "um produto da ignorância ou um jogo nefasto para as crianças, porque as deseduca, e perigoso para os adultos, porque lhes excita as paixões".

Pelo que por cá se passa, talvez estivesse cheiinho de razão ...

Devem-se ter enganado ...

Diz o Correio da Manhã, em chamda de capa, que o "Parlamento que controlar escutas".

Não é crível que o Parlamento detenha a tecnologia necessária e a adequada aparelhagem para fazer a "escuta das escuatas".
Como também não é crível que o Parlamento seja um órgão judicial que emita mandatos e despache autorizações para a realização de escutas.
Também não é crível que o Parlamento se mova "por si só".

Logo são os partidos com assento no Parlamento que têm interesse em controlar as escutas.
Dizer Parlamento é mero eufemismo.

Ao que parece o PS e o PSD são os grandes interessados. Eles lá sabem porquê ...

Mas isto é agora assim, porque, entrementes, nas ditas escutas foram envolvidos políticos.
Enquanto as escutas "escutavam" apenas meliantes, traficantes, contrabandistas e outros das mesmas artes, "vulgares" cidadãos, não havia problema nenhum. Escutas pr´á frente ... ad libitum.

Quando as "escutas" deram em "escutar" políticos, aqui del rei, cai o Carmo e a Trindade, e vá de pôr as escutas "em ordem".

E pergunta-se: quem quer controlar as escutas?
Exactamente os políticos, ou seja quem estabeleceu legislativamente a possibilidade da existência de escutas.

É evidente que isto só foi assim porque, então, não lhes passou pela cabeça que, um dia, também poderiam vir a ser escutados.

Se tivessem previsto esta possibilidade decerto que o regime legal seria diferente: ou as escutas eram proibidas ou só seria possível fazer escutas a politicos desde que eles autorizassem previamente.

É que nos casos de escutas a políticos é manifesto que se está, objectivamente, perante a violação de "direitos fundamentais", de rerum natura.

Ó da casa ...! Está alguém aí ...?

sábado, 21 de janeiro de 2006
Depois do ensurdecedor ruido do circo da campanha, caiu-se hoje hoje num ensurdecedor silêncio sobre presidenciais.

Parece que o país está totalamente ausente, encerrado por motivos de inventário e balanço.

Que os candidatos estejam calados, compreende-se. Devem estar a recuperar a voz à força de gemadas, colheres de mel e rebuçados de mentol, tendo em vista as declarações de amanhã, onde todos vão ter uma grande vitória.

Agora que ninguém fale em presidenciais é que já não se percebe.
Então quando é que os jornais vão dar as notícias do último dia da campanha? Ou esse dia não existe para efeitos jornalísticos?

Uffffff....

Acabou o circo!

Já ninguém tinha mais pipocas para entreter o tédio...

Uma viagem pela grandeza do Universo

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

Partiu hoje, a caminho de Plutão, a sonda da NASA News Horizonts.
Viajando a 58.000 km/h, espera não encontrar nenhuma patrulha da Brigada de Trânsito pelo caminho.

Lá para Julho de 2015, depois de percorrer a assombrosa distância de 4.800 milhões de quilómetros (pelo menos para nós, humanos) deve chegar aos seu destino, não sem antes ter visitado Júpiter, para reacelarar.

Quer isto dizer que Plutão está tão longe que uma sonda a 58.000 Km/h demora pouco menos de dois mandatos de Cavaco Silva e seguramente mais do dobro do tempo que o PS se vai aguentar no governo para chegar lá.

Aprendeu depressa o recado ...

«Não podemos aceitar que um funcionário português que foi pago com uma bolsa de estudo portuguesa, que é um professor em início de carreira numa universidade portuguesa, que esteve temporariamente em funções oficiais, que procure lançar a confusão no espírito dos portugueses e criar entraves junto da própria concretização deste acordo», afirmou o ministro Mariano Gago na estação televisiva SIC a respeito do facto de José Tavares, ex-respnsável pelo Plano Tecnológico, ter questionado o primeiro ministro por causo do "projecto MIT".

Não há nada como ter um bom "patrão": aprende-se depressa!

Contudo, seria bom esclarecer o senhor ministro que nenhum português ficou confuso com as declarações de José Tavares - antes pelo contrário, todos ficaram a perceber tudo muito bem ...

O povo português já não conseguirá, contudo, perceber tão facimente porque razão perguntar pelo andamento e decisão sobre a aprovação de um projecto pode pôr em causa a realização desse mesmo projecto.

A não ser que, também aqui, "o segredo seja a alma do negócio" ...

A tacanhez tecnológica

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, o ministro de que José Tavares falava é Mariano Gago e as razões prendem-se com as suas ligações ao Instituto Superior Técnico (IST) e os esforços que estará a desenvolver para que o projecto conte com a parceria exclusiva do IST, excluindo dele todas as universidades

Somos um país de tacanhos.
E como todo o tacanho, à falta de outros horizontes, olha-se para o umbigo. Não sem antes empurrar o vizinho, para o atirar ao chão.
E esta é a parte mais deliciosa para o tacanho. O que lhe importa não é ele poder cair com o empurrão; é, se cair, o vizinho cair com ele.
Tudo se resume naquele aforismo boçal e completamente alvar, mas muito a gosto de certas gentes: "se não é para mim, não é para ninguém".

E quanto a isto, não há eleição que lhe valha ...

As benesses da SIC

quinta-feira, 19 de janeiro de 2006
A SIC resolveu presentear o país, em directo e à hora de jantar, com um tempo de antena suplementar de Mário Soares, no qual participou o primeiro ministro pinto de sousa, que também usa sócrates, utilizando uma muito a propósito entrevista antes do jantar onde ia tomar lugar ao lado de Soares.

As perguntas do entrevistador e, fundamentalmente, a colocação das câmaras, colhendo grandes planos do primeiro ministro, como se estivesse a dirigir-se em mensagem ao país, foram ensejo para mais uma ajuda do governo ao candidato (oficial) do PS.

Enfim ...
Vale que amanhã à noite acaba-se o "circo". Felizmente. Já ninguém aguenta mais.

Isto está a melhorar ...

Dantes dizia-se que "meio mundo andava a enganar o outro meio".

Veirifica-se agora que apenas um terço das baixas por doença e um quarto das situações de Rendimento Social de Insersão eram fraudulentos.

Como se pode verificar pelos números, nota-se já uma evidente melhoria na honestidade nacional ...

Referências históricas da esquerda

(by mail)

"Plante que o João garante"

Garcia Pereira garante que o primeiro ministro garantiu que não vai privatizar a Caixa Geral de Depósitos.

Também o Zé das Couves garantiu que o Manuel da Horta lhe disse que tem os melhores repolhos da zona e arredores.

Está a parar ...

Cavaco está a parar de descer nas sondagens.

Com este abrandamento da descida e a vantagem que ainda tem, a esquerda sujeita-se a vê-lo eleito à primeira volta, com os mesmos 51.28% de Soares em 1986 ou 53,83% de Sampaio em 1996.

Depois, que a esquerda (ou o Dr. Soares num dos seus típicos arroubos de "mau perder") não venha dizer que é uma vitória pírrica, que só foi eleito com pouco mais de 50% dos votos, que não tem legitimidade democrática, que a eleição não foi "limpa", que houve "chapeladas", que ele é de direita, que a direita não tem direito ser eleita, que os eleitores foram enganados, que os eleitores se enganaram, que agora vão pagar as favas, que agora vem aí o confronto e a instabilidade.

Não vale a pena a esquerda fazer "aranzel" ou ficar triste. Como o regime democrático não vai acabar, daqui a seis anos há umas novas eleições "destas", e então o Dr. Mário Soares e o Dr. Alegre podem novamente candidatar-se.
Sabe-se lá ... pode ser que, então, ganhem.

"Corrido em pêlo ..."

Vasco Lobo Xavier no Mar Salgado:

Hoje, todos os grupos sociais, todas as corporações, todas as profissões, todas as classes já foram desprezadas, insultadas e maltratadas pelo governo socialista - mesmo que, de cada vez, com o apoio egoísta e invejoso de todos os outros.Mas como já todos levaram pela medida grande (com excepção da comunicação social e da classe política), quase todos se unem para combater este governo.

É bem certo que depois de 22 de Janeiro não haverá eleições tão cedo e por isso o PS poderá talvez respirar um pouco. Mas se não arrepia caminho na forma como tem tratado os portugueses - e uma vez que não haverá eleições que possibilitem a vassourada - sujeita-se a ser corrido à paulada.

Para mais tarde recordar ...

Um pouco de história eleitoral em números:

Presidencais de 1976

Ramalho Eanes - 2.965.989 votos - 61,54%
Otelo Carvalho - 796.362 votos - 16,52%
Pinheiro de Azevedo - 692.248 votos - 14,36%
Octávio Pato - 365.344 votos - 7,58%

Votos Nulos - 43.695 - 0,89%
Votos Brancos - 20.271 - 0,42%

Votantes - 4.883.909 - 75,44%
Abstenções - 1.589.850 - 24,56%


Presidenciais de 1980

Ramalho Eanes - 3.258.272 votos - 56,47%
Soares Carneiro - 2.319.847 votos - 40,21%
Otelo Carvalho - 85.508 votos - 1,48%
Galvão de Melo - 48.405 votos - 0,84%
Pires Veloso - 45.028 votos - 0,78%
Aires Rodrigues - 12.641 votos - 0,22%

Votos Nulos - 45.346 - 0,78%
Votos Brancos - 16.322 - 0,28%

Votantes - 5.831.369 - 84,25%
Abstenções - 1.090.548 - 15,75%


Presidencais de 1986 - primeira volta

Freitas do Amaral - 2.666.887 votos - 46,26%
Mário Soares - 1.463.195 votos - 25,38%
Salgado Zenha - 1.206.520 votos - 20,93%
Mª Lurdes Pintasilgo - 428.772 votos - 7,44%

Votos Nulos - 47338 - 0,81%
Votos Brancos - 18.292 - 0,31%

Votantes - 5.831.004 - 75,7%
Abstenções - 1.872.071 - 24,3%


Presidencais de 1986 - segunda volta

Mário Soares - 3.015.350 votos - 51,28%
Freitas do Amaral - 2.864.728 votos - 48,72%

Votos Nulos - 34.729 - 0,59%
Votos Brancos - 20487 - 0,35%

Votantes - 5.935.294 - 78,23%
Abstenções - 1.651.667 - 21,77%


Presidencais de 1991

Mário Soares - 3.460.365 votos - 70,4%
Basílio Horta - 692.633 votos - 14,09%
Carlos Carvalhas - 635.867 votos - 12,94%
Carlos Silva - 126.600 votos - 2,58%

Votos Nulos - 69.200 - 1,36%
Votos Brancos - 112.434 - 2,21%

Votantes - 5.097.099 - 61,99%
Abstenções - 3.125.555 - 38,01%


Presidencais de 1996

Jorge Sampaio - 3.038.651 - 53,83%
Cavco Silva - 2.606.236 - 46,17%

Votos Nulos - 70.560 - 1,22%
Votos Brancos - 63.780 - 1,1%

Votantes - 5.779.227 - 66,37%
Abstenções - 2.928.659 - 33,63%


Presidencais de 2001

Jorge Sampaio - 2.410.339 votos - 55,76%
Ferreira Amaral - 1.493.293 votos - 34,54%
Antonio Abreu - 221.886 votos - 5,13%
Fernando Rosas - 128.882 votos - 2,98%
Garcia Pereira - 68.539 votos - 1,59%

Votos Nulos - 46.327 - 1,04%
Votos Brancos - 81 815 - 1,84%

Votantes - 4.451.081 - 50,93%
Abstenções - 4.289.053 - 49,07%

"Ólh'ó estilo ..."

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006
O primeiro ministro pinto de sousa, que também usa sócrates, reage mal quando se sente "apertado" (salvo seja ...).

Perante a pergunta colocada por José Tavares - ex-responsável pelo plano tecnológico, que se demitiu do cargo - acerca da decisão do governo sobre o "projecto MIT" (Massachussetts Institute of Technology), o primeiro ministro respondeu assim (ouvir aqui):

O projecto MIT consta do Plano Tecnológico.
O projecto MIT é decidido pelo Governo e não por nenhum funcionário público português.
O projecto MIT será anunciado pelo Governo quando o Governo achar que o deve anunciar.

"Olha só ... o estilo musculoso ...!"

"Alegrismo"

As sondagens não são a realidade. Mas são uma aproximação; de alguma forma antecipam-na.

Ora, as sondagens têm vindo a dar a Manuel Alegre resultados crescentes. Resultados, aliás, que deixam o candidato oficial do PS a larga distância, cavando um cada vez maior fosso entre eles.

É verdade que as sondagens não são a realidade; mas não lhes prestar, sequer, um pouco de atenção é estultícia.

Pelos números, talvez se possa dizer que começa a surgir algo a que se pode chamar de "alegrismo". Pode não ser mais que um movimento à volta de uma pessoa, pode nem chegar a ser um partido, mas que terá efeitos dentro do PS, isso vai ter.

O PS, para já, não quer acreditar. Continua a "apostar no seu cavalo" (passe a expressão betandwindesca). Mas domingo cairá na realidade.

O mal menor para o PS será Cavaco ganhar à primeira volta. Pois se houver segunda volta, o PS – com todos os seus dirigentes, à frente dos quais está o primeiro ministro – estará colocado perante um dilema terrível: suportar o vexame e passar pela vergonha de ter que votar, na segunda volta, em Alegre, candidato que para o qual se portou da forma que se sabe antes das presidenciais e que combateu durante a campanha, ou não votar, garantindo, de forma implícita, a vitória de Cavaco.

É evidente que o PS, engolirá todos os sapos (ainda que atentando contra a natureza...) para que Cavaco não ganhe. Mas, para o PS, talvez esta seja a pior das soluções.

A vitória de Cavaco, mesmo que "candidato da direita", pode garantir ao PS um mandato governamental tranquilo, por mais estranho que tal possa parecer.
Cavaco não fará nunca a vontade a muitos dos seus votantes, de “defenestar”, na primeiro oportunidade que se lhe depare, o primeiro ministro.
Preso naquele “bom-senso” de que a “estabilidade” é um valor fundamental (mesmo quando tudo está “podre”), garantirá ao governo um mandato tranquilo, eventualmente o único que o governo cumprirá - se cumprir, pois não haverá de tardar muito que ele “caia de maduro” se não mesmo “de podre”.
De qualquer das formas o governo dependerá sempre e unicamente de si. Não há que recear Belém.

A vitória de Alegre é claramente mais complicada.
Como é sabido, Alegre e o actual secretário geral do PS não jogam no mesmo tabuleiro. Isso viu-se nas eleições para secretário geral do PS.
Para tentar “manietar” Alegre e sob a capa da “pacificação”, Sócrates chamou-o para a máquina do partido. Chegou mesmo a apontá-lo como o candidato oficial do PS à presidência. Mas foi sol de pouca dura.
Numa manobra ainda mal explicada, Sócrates deu o dito por não dito (no que é exímio) e chamou Soares para candidato oficial, esquecendo totalmente Alegre, como se tal hipótese nunca houvera existido.
Alegre não perdoou aquilo que, no íntimo, considerou uma “canalhice”. E avançou.

Avançou contra Soares, não sentindo, e não se sentindo nele, qualquer inferioridade ou subalternidade, confrontando-o e batendo-se de igual para igual.
Mas principalmente, (agora, ainda de forma invisível) avançou contra Sócrates e o aparelho do PS. Aliás ele di-lo na campanha, ao referir repetidamente que não tem nenhuma máquina por detrás da sua candidatura e que também não precisa dela. E esta é a sua força.

Ora em Belém, Alegre tudo fará para não ser um presidente “fantoche”, ás ordens de um primeiro ministro secretário geral do seu partido. Isto parece ser evidente e resultar de todos os factos e declarações recentes (como aquele “excesso” de dissolver a Assembleia em caso de privatização das águas). Mostra a sua disposição. E, por isso, não se coibirá de confrontar o primeiro ministro com as suas posições e com as suas decisões, que podem ser do mais terrível para a sobrevivência daquele.

Não é que Alegre se vá “vingar” – mas não vai deixar cair nada “em saco roto”.
E, para tudo isso, conta com a força dos votos que obteve – e que obteve sem o apoio do PS e mesmo com a oposição do aparelho PS.

De Belém, ele estará disposto a “enfrentar” não apenas o governo como o partido a que ainda pertence. E isso é sinónimo de dia difíceis – para o governo e para o PS. Diga-se, em abono da verdade, que ambos merecem. Mas o país, não.

Ora, a movimentação que se gerou à sua volta nada tem a ver com partidos, mas com uma pessoa: Alegre. E é esta força que lhe deu a legitimidade, atrás de uma vago ideário apegado a meia dúzia de chavões. Mas que na (in)cultura portuguesa são mais que suficientes para gerar "levantamentos". É nisto que ele se suporta.

Há uns anos, atrás foi-se formando à volta de uma pessoa, então presidente, um movimento que veio desaguar num partido. Na cena política, deu em nada. Mas Soares e os seus governos lembram-se bem dos efeitos. E no PS, causou danos estruturais. Se Cavaco esteve dez anos no poder, deve-o um tanto ao PRD.

E como teriam sido as coisas no PS, se Salgado Zenha tivesse ganho as presidenciais? O que seria hoje o PS, se existisse? Será que haveria outro partido na mesma área? E quem seria Soares?

Há já uma vintena de anos, Zenha desfilou-se do PS para concorrer ás presidenciais contra o até então seu amigo Soares, e perdeu.

Hoje a história repete-se, mas com um “guião” diferente. Alegre não se desfilou do PS e está prestes a vencer Soares, candidato oficial do PS, na primeira volta. Já isto é diferente de todo o passado.

Se for à segunda volta e ganhar as presidenciais, como ficarão as coisas?

"O pior cego é que não quer ver"

terça-feira, 17 de janeiro de 2006
«O doutor Mário Soares não foi porta-voz do Governo, limitou-se a perguntar qual a política do Governo para os estaleiros e foi-lhe comunicado», disse o primeiro ministro, acrescentando que a informação teria sido transmitida «a qualquer outro dos candidatos que tivesse vindo perguntar».

O senhor primeiro ministro não quer ver que o cerne da questão não é o governo dizer ao candidato do PS qual a sua posição no que toca à privatização dos estaleiros de Viana do Castelo.

O senhor primeiro ministro não quer ver que o cerne da questão não é o governo dizer que dizia a qualquer candidato (e falta provar isso ...) o que disse ao candidato do PS à presidência, sobre qual é sua posição no que toca à privatização dos estaleiros de Viana do Castelo.

O cerne da questão, que o senhor primeiro ministro não quer deliberadamente ver, é o governo disponibilizar-se para transmitir a sua posição sobre os Estaleiros de Viana a todos candidatos sem que antes o tivesse já feito a quem o devia saber em primeiro lugar: os Estaleiros de Viana do Castelo e os seus trabalhadores.

A não ser que até hoje não fosse exactamente essa a posição do governo ...

Agora "governem-se" ...

O advogado dos funcionários do Instituto de Medicina Legal de Lisboa acusados de passarem informação confidencial a agentes funerários quer que a listagem dos seus telefones deixe de constituir prova no julgamento que começou hoje em Lisboa.

«Em nosso entender, a prova é nula», disse António Colaço aos jornalistas à saída do Tribunal da Boa Hora, em Lisboa, onde começou hoje o julgamento de um alegado esquema de burla e corrupção envolvendo agentes funerários, funcionários do Instituto de Medicina Legal de Lisboa (IMLL), bombeiros e um médico.

Estes devem ser os primeiros efeitos dos berros de Mários Sores, num comício de campanha, gritando: "ACABEM COM AS ESCUTAS TELEFÓNICAS !!!"

Última alteração à interpretação dos poderes presidenciais à luz da Constituição

Mário Soares tranquilizou esta terça-feira os trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo ao revelar uma conversa com o ministro da Defesa, que lhe garantiu não existir qualquer intenção de privatizar a empresa.

Ora aqui está a prova evidente de que o Presidente da República não integra o governo.

Sómente os candidatos às eleições presidenciais apoiados pelo PS é que fazem parte dele.

(umas notas de "leigo na matéria": já não há vergonha nenhuma; por este andar, ainda antes de sexta feira, vamos ver o mesmo candidato a anunciar que falou com o Ministro das Finanças e que afinal o aumento da função pública vai ser de 5% e que a idade da reforma volta para os sessenta anos, mas só se ele ganhar as eleições; se não, fica tudo como dantes ... ou pior ainda!)

"maus feitios"

Segundo a GNR, as negociações para que um homem que se havia barricado em casa - após ter atingido a tiro um soldado desta corporação - se entregasse, demoraram tanto tempo porque o homem tinha um "feitio difícil".

Ora esta ... ! "Feitio difícil"! Pode lá ser!

Aqui não há sobreiros!

A cerimónia de apresentação pública de dois empreendimentos turísticos no concelho de Grândola, contou com as presenças do primeiro ministro e dos ministros da Economia, Manuel Pinho, e do Ambiente, Nunes Correia.

Os dois projectos turísticos situam-se na Costa Vicentina.

O empreendimento da Costa Terra - com um investimento total estimado de 510 milhões de euros distribuídos por quatro fases de desenvolvimento ao longo da próxima década - deverá ocupar 124 dos 1350 hectares da herdade com o mesmo nome. O projecto inclui três hotéis, quatro aldeamentos turísticos, 204 moradias, um campo de golfe e um centro comercial.

O empreendimento da Herdade do Pinheirinho irá ocupar 120 dos 800 hectares da propriedade, estando prevista a construção de dois hotéis, três aldeamentos com 260 apartamentos e casas em banda, 204 moradia residenciais, um campo de golfe. O projecto está orçado em 167 milhões de euros.

Foi também confirmada a declaração de "utilidade pública" dos dois empreendimentos turísticos, que abrangem algumas áreas de paisagem protegida integradas na Rede Natura 2000.

O ministro do Ambiente justificou a atribuição do estatuto de utilidade pública com a qualidade ambiental dos dois projectos e defendeu que a "política do ambiente serve para que os projectos sejam melhores e não para impedir que se façam".

"O ambiente deve ser um motor, e não um travão, do desenvolvimento do país", afirmou Nunes Correia, dando como exemplo a dinâmica registada no sector das energias renováveis.

Em conclusão: quem não é de lá fica a saber que, no concelho de Grândola (que, por mero acaso, é de maioria PS), não há sobreiros.

Um gota de água no oceano

Perante o evidente insucesso que tem sido a sua politica de desenvolvimento económico, o governo vem "colar-se" à constução de uma fábrica de móveis da Ikea em Ponte de Lima, aproveitando desde logo o facto de se tratar de uma empresa internacional que toda a gente conhece.

E não está lá com "meias medidas": vai ser o primeiro ministro pinto de sousa, que também usa sócrates, a anunciar o vistoso empreendimento.

Pena é que a "pompa" esconda as "circunstâncias": a dita fábrica é "uma gota de água no oceano" do desespero da nossa economia.

Pergunta-se:

* a instalação da fábrica em Ponte de Lima terá ainda alguma coisa a ver com o negócio do "queijo limiano" de boa memória?

* se aquela fábrica fosse do Sr. Zé da Burra e se situasse em em Escalos de São Brás o senhor primeiro ministro também iria lá anunciar o empreendimento?

Já!

A Comissão de Organização da Latada 2005 da Academia de Coimbra, para o Ministério da Finanças! Já!

"Os mesmíssimos direitos na assistência na saúde"

Os Magistrados Judiciais, do Ministério Público, os Oficiais de Justiça e outros funcionários públicos quejandos, também devem poder recorrer aos serviços do Hospital Militar. Ou será que não?

O alastramento dos métodos do futebol

O governo adpotou os métodos do mundo do futebol e vai propor rescisões amigáveis aos funcionários públicos.

Espera-se seguidamente a chegada das "chicotadas psicológicas".

Limpeza a seco

A administração fiscal deu ordens aos serviços para avançarem, até ao final do mês de Janeiro, com a penhora de contas bancárias, vencimentos e créditos sobre terceiros detidos por contribuintes com dívidas em processos de execução fiscal que possam prescrever até ao final de 2006.

No caso destas medidas não obterem o desejado êxito financeiro, a administração fiscal segurará o contribuite, viará-lo-á de pernas para o ar e, seguidamente, sacudi-lo-á vigorosamente, de modo a que ele deixe cair tudo quanto tenha nos bolsos.
Em seguida, o contribuinte será virado do avesso e novamente sacudido na devida forma.

As mais inteligentes ...

«A eleição do Presidente da República não é uma tentativa de fazer o que seria um verdadeiro golpe de Estado Constitucional» - Santos Silva, ministro do governo PS, em Vila Real.

«Este Governo não precisa que lhe dêem a táctica, porque tem um programa, e não precisa de um treinador de bancada. Quem governa é o Governo» - Mário Lino, ministro do governo PS (e, já agora - apesar de se notar bastante - ex-comunista ...), em Viseu.

Fantasmagorices



Eis um dos 600.000 eleitores fantasmas, ao regressar da mesa de voto, no próximo domingo, depois de não ter votado.

Remake

Mário Soares fez hoje o seu terceiro discurso consecutivo sem citar Cavaco Silva, preferindo antes dar «garantias» aos eleitores sobre a defesa dos seus direitos sociais e afirmar que «há mais vida para além do défice»

... e a meter-se em matérias da exclusiva competência do governo, numa "remake" de segunda qualidade!

A argumentária mais elaborada de um ex-comunista, agora ministro de um governo PS

Mário Lino perguntou «onde estava Cavaco Silva no tempo do regime fascista e racista de Oliveira Salazar e na luta pela consolidação da democracia após o 25 de Abril de 1974».

Basicamente profundo ou profundamente básico.

Eles chegam a todo o lado ... !

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006
Uma cópia do século XVIII de um mapa chinês do mundo desenhado em 1418, hoje revelado em Pequim, mostra que os chineses terão chegado ao Brasil antes dos portugueses.

Os chineses terão ainda descoberto o caminho para a Índia antes de Vasco da Gama e chegado à América antes de Colombo, segundo o mapa, datado de 1763 e cópia de um outro que terá sido desenhado décadas antes de Bartolomeu Dias dobrar o cabo da Boa Esperança, em 1487.

O mapa, que representa o mundo de forma rigorosa, tendo cada continente a forma, massa, latitude e longitudes correctas, e que inclui todos os mares da terra, demonstra, segundo o proprietário, Liu Gang, que quem descobriu o mundo foi Zheng He, almirante chinês eunuco e muçulmano, cujas viagens decorreram entre 1405 e 1435.

Só é pena que se trate de uma cópia do século XVIII de um mapa do século XV, comprado no século XXI a um pequeno comerciante de arte de Xangai.

O original teria muito mais graça!

"À boleia"

Viajar "à boleia" era uma forma fácil e barata de se chegar onde se queria.
À margem da estrada, estendia-se o polegar, agitava-se a mão, e esperava-se o veículo que parasse, para nos levar até ao nosso destino.
Pouco importava o percurso, pouco importava a demora, pouco importavam as peripécias, desde que se chegasse.
Além do mais era barato e dependia apenas da condução dos outros. O viajante apenas tinha que entar no carro e "aproveitar" a boleia.

Vem isto a propósito de que a defesa de Carlos Cruz anunciou hoje que vai requerer ao tribunal que «seja esclarecido tudo o que está dentro de todas as disquetes» do processo Casa Pia, para evitar «mais surpresas» no futuro.

Mas o que é que a dita defesa tem a ver com o facto de haver números de telefones do Estado numa lista que está no processo Casa Pia, mas da qual o seu cliente não constará?

Será que se manifesta simplesmente à espera dos eventuais efeitos que uma boleia neste caso possam vir a proprocionar?

Efeitos do Dakar!

O ministro adjunto, Pedro Silva Pereira, na festa de despedida, em Dacar, não tem dúvidas que o apoio financeiro, ajudando à viabilização do projecto Lisboa-Dakar, "foi uma aposta ganha".

Para Silva Pereira, tratou-se de "um investimento com grande retorno", exemplificando com a taxa de ocupação hoteleira, em Lisboa e no Algarve, em Dezembro, "que foi a maior de sempre". Além do "impacto na economia", o ministro destaca "a fantástica projecção do País" como argumentos que justificam o apoio do Governo. "Devemos estar atentos às oportunidades", sublinhando "A nossa ideia é firmar uma assinatura portuguesa no Dakar. E verificámos que, tanto para pilotos como organizadores, a mensagem que 'faz sentido partir de Portugal' venceu".

Será que o governo não podia construir um deserto em Portugal, de modo a que o raly não tivesse que sair de Portugal para ir até Dakar?

Face à experiência com a construção dos estádios do Euro, já não custava nada fazer o deserto, ao mesmo tempo que, conjuntamente com a Ota e o TGV, se relançava a economia e se dava projecção a Portugal!
Era o que se pode chamar de uma "verdadeira oportunidade"!

E então da "ocupação hoteleira" nem é bom falar! Quinze dias por ano, os hoteis todos cheinhos! Isso é que era!

Ficavamos com todos os problemas resolvidos de uma penada! Olaré!

Insucesso ou ignorância?

Na Universidade de Coimbra, "62 por cento dos alunos que abandonaram o curso em 2003/04 não tinham feito uma única cadeira [ou seja, 1254 alunos] e 77 por cento tinham feito zero, uma ou duas disciplinas [1557 alunos]".

Esta afirmação do Magnífico Reitor da Universidade não é de espantar. E ainda ele não explicou quantos anos andaram estes alunos na Universidade até abandonarem o curso.

Mas o pior é a Universidade sentir-se "culpada" por tal facto, de tal modo que Seabra Santos lançou como objectivo a mobilização de todas as Faculdades no combate ao insucesso escolar, embora ciente de que tem pela frente "um dos processos mais delicados e difíceis".

Em termos concretos, sublinha, "vamos adoptar práticas já experimentadas noutras universidades e recorrer a estudantes de pós-graduação ou de doutoramento que serão mobilizados para acompanhar os docentes ao nível da avaliação contínua, ajudando-os a manter com regularidade uma actuação sobre os alunos".

Mas porquê?
O Magnífico Reitor também acha que todos os alunos que entram na Universidade têm preparação e conhecimentos para a frequentarem?

E de que têm métodos de trabalho e de disciplina que lhes permitam acompanhar o ritmo e as exigências do estudo universitário?

E que o "insucesso escolar" deve ser superado "transportando" os meninos (e, já agora, as meninas, se não se importam ...) universitários "ao colo", de modo a diminuir as taxas daquele?

Qualificar o País não deve ser, antes, formar universitários com elevada qualidade e competitividade, de modo a que, na investigação, no ensino, ou na actividade profissional, possam concorrer, cá ou lá fora, com qualquer outro universitário de qualquer outra universidade de outro qualquer país?

Não é isso o que Portugal precisa, em vez de ter "tonaladas" de "Srs. Drs." que mal sabem escrever, soletram mal e da cultura têm a vaga noção de que é feita em campos lavrados?

A não ser que se prefira levar a ignorância e o facilitismo até à Universidade, visto que ambos já se encontram devidamente "instalados" desde os primeiros anos de ensino, na escola primária, até ao último ano do "velho" "liceu".

A verdade e o azeite

O PS está contra o adiamento da ida do Procurador à Assembleia.
Na verdade, o PS não quer o Procurador no Parlamento para dar explicações consistentes e sustentadas. Quer é "linchá-lo".

Por isso quanto mais cedo melhor. De preferência quando ele ainda não tenha elementos materiais que permitam dar explicações completas. Assim torna-se mais fácil ao PS reinsistir na sua demissão e na nomeação de novo Procurador antes da chegada de Cavaco.

O PS já só dispõe de uma semana para esta "mudança", visto que depois da vitória (mais que certa ...) de Cavaco no próximo domingo, seria de muito mau tom que Sampaio nomeasse novo Procurador.

Como se vê, a verdade, tal como o azeite, acaba sempre por vir ao de cima.

Indemnidade

domingo, 15 de janeiro de 2006
Depois da intenção demonstrada por Paulo Pedroso de processar o Estado por ter estado detido, Pinto da Costa seguiu o mesmo caminho e vai pedir uma indemnização de 50.000 € ao Estado por também ter sido detido durante três horas e cinco minutos.
Feitas as contas dá, em número redondos, um valor de 270,27 € por cada minuto de detenção.

Vamos agora ver qual vai ser a tabela indemnizatória seguida por Fátima Felgueiras.
É que se isto é assim para os outros, não se vê qualquer razão para ela não ser também indemnizada.
Tanto mais que, depois de tudo o que se passou, ela até foi reeleita!

Só faltava que as aceitasse ...

O Tribunal de Contas recusou hoje, em comunicado, "interpretações ilegítimas sobre a independência e a isenção da sua acção", em reacção às críticas do PSD e CDS/PP sobre as conclusões de uma auditoria às transferências para a Caixa Geral de Aposentações.

É evidente que a independencia e a isenção não se "interpreta" - prova-se com e pelos actos.
Quod est demonstrandum ...

Os dias do fim-II

Há factos e notícias que não merecem dois “postes”.
Porém, porque a notícia da "lista dos telefones" é sórdida demais, ainda “duas linhas” sobre o assunto.

1. Ao nível das genericamente designadas “telecomunicações do Estado”, que englobam as telecomunicações de todos os órgãos de soberania e dos seus serviços, da administração pública, dos tribunais, etc, – ou seja, da máquina do Estado – existe um grupo de telefones que se designam por “Telefones de Estado” e que, nos termos da Resolução do Conselho de Ministros nº 29/90, são de utilização gratuita ( ponto A-a)) e são concedidos às personalidades que a isso tenham direito, durante o tempo em que se mantiverem em funções (ponto C-3.1.).

2. Essas personalidades são, designadamente, titulares de órgãos de soberania, membros do governo e titulares de outros órgãos do Estado.

3. A solicitação da instalação de tais telefones é feita à empresa operadora pelas Secretarias‑Gerais das entidades a que a ele têm direito, colaborando o Núcleo de Telefones do Estado da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais nas gestão técnica e logística.

4. É pois o Estado que é o titular destes telefones, que além de confidenciais, não são incluídos nas listas telefónicas.

5. Como se pode ver nas televisões, a lista não tem nomes de titulares de telefones; tem apenas números. Isto porque aqueles telefones “são” “do Estado”.

6. Com os elementos que constam naquela lista, não se consegue saber, de forma directa, quem está por “detrás” de cada um dos telefones que tenha um daqueles números.

7. Saber quem são os concretos utilizadores daqueles números, implicaria assim:
ou
a) telefonar para cada um deles e perguntar a quem atende quem é o titular de órgão de soberania ou de outro órgão superior do Estado ou membro do governo que mora naquele local;
ou
b) indagar junto das Secretarias-Gerais de todos aqueles órgãos;
ou
c) indagar junto do dito Núcleo de Telefones do Estado da DGEMN;
ou
d) obter essa informação junto da Portugal Telecom.

8. Resta saber qual o método utilizado pelo jornal em causa – sendo que, para esse efeito, o “segredo jornalístico” deveria ser exactamente igual e ter a mesma vinculatividade que tem o “segredo de justiça”.

9. Apesar de todo o “barulho” à volta disto, ainda se consegue perceber que não se trata de “escutas” nem da sua “transcrição” – trata-se unicamente de “facturação detalhada” relativa a números de “Telefones de Estado”.

10. As disquettes foram juntas ao processo – dentro de um envelope, o nº 9 – ao que parece, em 26 de Junho de 2003.

11. De então até ao momento, nunca ninguém levantou questão sobre as mesmas, designadamente os advogados no processo.

12. Como é que um jornal “descobre” as ditas “disquetes” no meio de “toneladas” de provas e documentos? E como é que isso acontece precisamente (só) “agora”?

13. “Vasculhando” o conteúdo das “disquetes” (porque é que o faz?), o jornal consegue o seu conteúdo integral, “estabelece” (sem explicar como) a correspondência entre cada um dos números de telefone (que ele sabe confidenciais) e respectivos utilizadores, anuncia isso “aos quatro ventos” – e consegue “criar” mais uma “cabala”, agora atingindo indistintamente diversos “magistrados da Nação”, de modo a que, no seu centro, fique exactamente o Procurador.
O jornal, esse, “cumpriu a sua tarefa” – o “dever de informar” com toda a “liberdade”.

14. Entretanto a PT vem “confessar” que forneceu mais dados que os pedidos!

15. Uma pergunta final, depois destas “duas linhas”: quem ganhará e o quê (incluindo dinheiro), com as constantes violações ao “segredo de justiça”?

Como serão as chouriças?

sábado, 14 de janeiro de 2006
Investigadores taiwaneses anunciaram hoje o nascimento de três porquinhos fluorescentes, que ficam verdes no escuro.

Os dias do fim

Souto Moura tem os dias contados.
A alocução do Presidente da República de ontem à noite, faz lembrar uma outra, em Dezembro de 2004 em que o resultado foi a dissolução do Parlamento para fazer cair um governo que ele mesmo tinha “amparado” cinco meses antes.

Assim, “pela aragem” o PGR pode ir arrumado os papéis e fazendo as malas – é como se já estivesse no “olho da rua”. É que ele também já foi “amparado”, há uns meses atrás, pelo Presidente, face à “sanha” do governo em “despachá-lo”.

Contas feitas, tudo acaba por acontecer exactamente como o governo (leia-se primeiro ministro e o PS) quer – Souto Moura vai ser demitido e o Governo (leia-se PS) vai poder (novamente) colocar lá quem quiser, tudo ainda antes de Cavaco tomar posse.

Aliás, é óbvio o “forcing” que tem sido levado a cabo pelo governo para “despachar” “adequadamente” o maior número de questões que possam ser “polémicas”, algumas das quais em forma legislativa, antes de Sampaio sair de Belém. Há que “limpar a testada”, dar os factos como consumados e impôr as soluções que mais convenham. Depois que venha Cavaco.

Mas voltando ao PGR. A questão da lista de telefonemas divulgada por um jornal é apenas e simplesmente um pretexto “de meia tigela” e meramente instrumental para permitir a demissão do PGR (se entretanto este se não demitir).
Na verdade, apesar da questão noticiada ser absolutamente “troglodita”, ela serve “as mil maravilhas” para os desígnios de alguns – “vingar” as investigações feitas pelo Ministério Público a alguns altos dirigentes do Estado e da política, no processo Casas Pia.

Uma anedota ao fim do dia, nem sabe o bem que lhe fazia

sexta-feira, 13 de janeiro de 2006
("caída" no mail)

Um casal está de férias em Macau.
Está a passear na zona do mercado, a ver as coisas que por lá se vendem, quando passa por uma pequena loja de calçado, mais propriamente de sandálias e ouve uma voz lá de dentro com um linguarejar meio chinês a dizer:
- Vocês, estlangeilos! Entlem, entlem na mina humilde loja!
O casal entra na loja e o chinês diz-lhes:
- Tenho aqui umas sandálias especiais que penso que estalão intelessados. Elas fazem ficale selvagem no sexo que nem um glande camelo do deselto.
A esposa, depois de ouvir isto, fica curiosa e interessada.
Mas o seu marido sente que não precisa nada delas, sendo o tarado sexual que se julga e pergunta ao homem:
- Como é que estas sandálias nos tornam uns tarados sexuais?
O Chinês explica:
- ....é só explimentale...
Bem, o marido depois de discutir um pouco com a mulher, cede e displicentemente experimenta-as.
Calça as sandálias e imediatamente ganha um olhar selvagem, algo que a mulher não via há muitos anos - o poder sexual cru e nu!
Num piscar de olhos, o marido corre para o Chinês, atira-o para cima da mesa, rasga-lhe as calças e...
O chinês começa a berrar:
- ... Calçou ao contlálio!!... calçou ao contlálio!!... calçou ao contlálio!!...

... a limpeza ...

A Casa Pia foi fundada em 3 de Julho de 1780, no reinado de D. Maria I, por iniciativa de Diogo Inácio de Pina Manique.

Contudo, certamente devido à lentidão da administração pública, a sua comissão instaladora só agora vai iniciar funções.

Por causa disso à Provedora passa apenas a competir a representação protocolar e a representação em juizo.

Final da história: finalmente o governo conseguiu "descartar-se" da Provedora.

Moral da história: há que "limpar a fundo" a dita casa; de modo a que, na memória de todos, não fique memória de nada ... .

... a rir baixinho!

Quem se deve estar a rir de todas as "confusões" nas quais a PGR e o PGR acabam sempre por se ver envolvidos é o anterior PGR Cunha Rodrigues.

No tempo dele, não havia nada disto!

Aliás, quando ele foi para PGR, a PGR era o que era.
Depois ele transformou-a no que ela passou a ser.
Hoje ela é isto!

Imperdível

("bai" mail)

Para Mário Soares, beijar velhinhas não é campanha.
É cumprimentar amigas de infância.

Problematicidade

Era um candidato tão problemático, tão problemático, tão problemático, que enquanto o partido que o apoiava subia nas sondagens, ele descia nas intenções de voto.

A origem da origem da participação da CNE ao Ministério Público!


Ficou a saber-se que os bigodes dos cartazes tomaram estes como modelo!

Isto é que são sondagens !

O Partido Socialista (PS) continua a liderar as intenções de voto dos portugueses, com 43,3 por cento, uma subida de meio ponto percentual relativamente a Dezembro, indica um estudo da Eurosondagem hoje divulgado

Para a canadidata a Primeira Dama ou para o Senhor seu Marido candidato Soares, isto é que são sondagens ... !

Só é pena que estes resultados não sejam os da "candidatura oficial" do PS à presidência.

... disse agente funerário ?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006
Segundo Garcia Pereira, "o povo português está a mostrar que não quer engolir essa candidatura porque o doutor Mário Soares carrega um cadáver as costas, que é o cadáver do Governo".

Acabou-se ...

Enquanto por cá, andamos às voltas com discussões sobre o papel da União Europeia, na Holanda, pragmaticamente, "matou-se" a questão da Constituição Europeia: não há novo referendo.

Irrelevâncias

quarta-feira, 11 de janeiro de 2006
«Não comento o que não tem relevância». Foi desta forma que Cavaco Silva reagiu à entrevista de Santana Lopes à SIC.

Cavaco não consegue disfarçar o rancor que tem a Santana Lopes.

Rancor esse que o levou a escrever o artigo da "boa e da má moeda", num momento crucial, procurando prejudicar objectivamente a situação do governo a que Santana presidia.
E conseguiu-o: Sampaio dissolveu a Assembleia.

Eventualmente Cavaco só quereria "a cabeça" de Santana.
Mas causou a dissolução de uma Assembleia onde havia uma maioria absoluta estável para obter um "bónus" de uma maioria absoluta socialista - a única que, desde o PREC, o PS conseguiu obter, mesmo que então tivesse líderes (um bocadinho) melhores do que o actual.

Fica para a história que afinal uma maioria absoluta não é coisa difícil de obter: qualquer tipo como sócrates o consegue.

Aliás Cavaco é eximio em "manobras" das quais a unica coisa que resulta é a esquerda ir para o poder.

Há uns anos atrás, com aquele (elegante) "apoio" que deu a Fernando Nogueira, e com a "treta" do seu "tabú", conseguiu que a esquerda ficasse na posse ou dominasse, ao mesmo tempo, todos - todos, repete-se - os órgaõs de soberania: a Presidência da República, com Sampaio, o Parlamento com uma maioria de esquerda, e um Governo PS com Guterres.

Num momento em que o "seu" partido (pelo menos para as conveniências ...) em coligação com "um outro partido" estavam no governo e detinham uma maioria absoluta no Parlamento, tudo fez para os ajudar: conseguiu dar o "motivo fundante" para que um presidente de esquerda dissolvesse a Assembleia ... para "lá pôr" uma maioria de esquerda!

Maioria essa, cujo governo tem conduzido o pais da forma e pelo caminho que se conhece e toda a gente sente. Mas como é de esquerda ...

E assim Cavaco fica com caminho aberto para que a "direita" o eleja como "o salvador da Pátria", na esperança de que irá fazer "qualquer coisa" ... .

Não vai ... mas se o fizer, só se espera que não venha a ter um resultado tão desastroso como os anteriores!

Providência

Aquela queda na neve, foi obra da providência!

Assim o primeiro ministro pinto de sousa, que também usa sócrates, já tem uma boa justificação para se não empenhar na campanha e nos comícios do seu candidato presidencial.
Manda uma gravaçãozita em vídeo, e basta!

Não se sabe, por isso, se a queda não foi antes, "uma" providência (de tipo cautelar ...)

Está explicado !

Ao que parece, a razão de Cavaco não pronunciar o nome "CDS" deve-se ao facto de ele "falar para os portugueses".

Fica-se assim a saber que os militantes, simpatizantes e votantes do CDS, não são, no entender do Professor Cavaco, portugueses.
Para ele, serão, quando muito, marcianos ...

Última hora !!

Cavaco conseguiu, finalmente, pronunciar "CDS"!

(espera-se, contudo, que devido a esse esforço, não fique doente ...)

O referendo e a OTA

Cavaco Silva - sem se pronunciar sobre o fundo da questão - duvida que um referendo à Ota seja possível "porque a decisão política já foi tomada".

O que quer dizer, de forma clara, que, implicitamente, está de acordo e adere à solução "construtiva".

Porém não é capaz de afirmá-lo claramente tanto mais que muitos dos seus votantes serão contra a Ota.
Assim, não diz que sim, mas também não diz que não; prefere antes, de forma suave,"dar uma no cravo e outra na ferradura".

Aliás, a sua posição "faible" nesta matéria é também uma consequência do seu pensamento económico: para ele, à falta de dinamica da economia privada - que nos tempos que correm é "visível a olhos vistos" - deve ser o Estado a promover e dinamizar a economia através do investimento público.
A mania das grandes obras de regime não lhe sai da cabeça ...

Já se viu o resultado desta teoria, mas continua a insistir-se ... .
Como assim nada se vai definitivamente alterar ou inverter no que toca à vitalidade da nossa economia, espera-se que quando já não houver mais obras de regime para fazer neste "canteiro", um qualquer governo não se lembre de fazer uma ponte ou um túnel entre Lisboa e Nova York.
É que é exactamente isso que todos nós precisamos ...

Sem mais palavras

Francisco Mendes da Silva, n'O Acidental:

Mais do que reduzir o estado, a tarefa imediata de um conservador ou liberal, em Portugal, bem que podia ser a da sua moralização. Mais do que emagrecer o estado - objectivo louvável -, talvez não fosse má ideia começar por defender a identificação clara da relação estado/indivíduo como um vínculo tendencialmente contratual.

Dois exemplos:

1. O arresto dos bens dos contribuintes com dívidas superiores a cinquenta mil Euros. A Administração Fiscal - pesada, lenta, ineficaz e que, segundo recentes estatísticas, perde em Tribunal cerca de 70% das impugnações de liquidações adicionais - não consegue promover grande parte das execuções a tempo de evitar a prescrição das dívidas. Tudo por culpa de um estado que nunca a soube reformar e adaptar à modernidade.

Perante o cenário, que faz o estado? Arresta os bens dos contribuintes que alega estarem em dívida como medida de precaução, afectando-os desproporcionalmente nas suas garantias essenciais. Sejam quatro ou oito anos, o estado português demora demasiado tempo a cobrar os impostos e a provar que os mesmos são efectivamente devidos. O contribuinte que espera vive num limbo de incerteza, com as garantias cada vez mais reduzidas pela impreparação do estado.

2. O aumento da idade da reforma para a função pública. Uma pessoa entra para a função pública em 1980, com vinte e tais anos anos. Em finais de 2005, com mais vinte e cinco anos, olha para trás, analisa o que foram os melhores anos da sua vida activa e pensa que talvez pudesse ter gozado um pouco mais os seus rendimentos, que talvez pudesse ter esbanjado mais e investido ou poupado menos. Alegra-lhe, porém, o facto de se poder reformar daí a meia dúzia de anos com a certeza de que, com este esforço, os seus filhos terão um início de vida activa muito mais desafogado do que aquele que o pai ou a mãe tiveram. Nada faz prever que assim não seja. Foi um acordo que fez com o estado e que, se não foi até agora posto em causa, também não o será quando estamos perto do seu prazo de validade. As partes presumem-se de boa-fé e, como dizem os advogados, há aqui uma expectativa digna de tutela.

O problema é que uma das partes é o estado português, que acha perfeitamente normal, na sua patologia absolutista, alterar por completo as regras do jogo, as condições do negócio, não no início da sua vigência, nem sequer a meio, mas quando este se aproxima do seu fim.

Não está em causa a bondade intrínseca da equivalência entre os regimes de aposentação público e privado. Mas um estado digno e justo saberia, como eu já uma vez escrevi aqui no Acidental, distinguir as situações e as expectativas. Porque é completamente diferente a pessoa de vinte e tal anos que tem toda uma vida activa pela frente, de preparação da sua aposentação, daquela que porventura se esforçou mais do que gostaria para se reformar de consciência tranquila e que, de repente, descobre que tem de trabalhar mais quinze anos. Um estado digno e justo é previsível e merecedor de confiança.

É para mim incompreensível o apoio de muitos conservadores e liberais a esta ideia peregrina. Não são eles que defendem estar a salvação da Segurança Social numa mudança de paradigma, na liberdade de escolha público/privado? São. E o que é que esta medida vai permitir? Nada. Trata-se apenas de um balão de oxigénio. Se o sistema não entra em ruptura daqui a dez anos, entra daqui a quinze. Nada mais se consegue do que o prolongamento da agonia do sistema e do estado-providência irreformável.

O estado português promove a indigência de espírito, o esbanjamento irresponsável e a não preocupação inter-geracional. O estado português goza com o esforço das pessoas.

De que serve reduzi-lo se, na sua proporção remanescente, com toda a sua imprevisibilidade, este se continua a portar como um pulha?

Nada a acrecentar, para além de que é exactamente esta a medida da "honestidade" do Estado em que vivemos.

Então? ... Ninguém reage ?

terça-feira, 10 de janeiro de 2006
Está-se à espera que as empresas de sondagens reajam às afirmações proferidas pela candidata a Primeira Dama, Exmª Senhora Drª Maria Barroso, a propósito da desonestidade dos seus métodos na realização de sondagens (visando, objectivamente, prejudicar o candidato à presidência, senhor seu Marido...).

(nota: a Eurosondagens não faz parte do complot ...)

A incapcidade de pronúncia

«Sou um candidato independente de partidos, apresento-me a título pessoal, mas beneficio do apoio do Partido Social-Democrata e de outro partido».

Cavaco não consegue pronunciar o nome do CDS-PP. Há nele uma rejeição atávica ao CDS.
Agora só se "aguenta" porque precisa dos votos. Mas logo a seguir às eleições, fará o que for preciso para seguir o seu caminho, ainda que para tal tenha que prejudicar (ou mesmo combater) o CDS. Ou mesmo destruí-lo. E não vai pensar duas vezes.

Com ele em Belém o CDS-PP poderá ainda vir a arrepender-se do apoio que (incondicionalmente) lhe deu, e ficar à mercê das manobras que Cavaco não se dispensará de fazer para o marginalizar ou acabar com ele.

Convém, a este propósito, não esquecer os banquetes "homéricos" do tempo em que Cavaco era o líder do PSD e primeiro ministro, onde eram anunciadas centenas de adesões ao PSD de antigos militantes do CDS.
Então, Cavaco fez tudo - mes mesmo tudo - para extinguir o CDS-PP em favor do PSD.

Não conseguiu. Mas decerto que não desistiu da ideia.
É que Cavaco segue à letra a máxima do filósofo francês: «chupa-se a laranja e deita-se a casca fora».

"Dois em um ..."

O Viagra está a ser utilizado como doping.

Não há nada como fazer desporto com prazer ...

Citação

Um sistema político no qual não é possível usar ou contar mentiras é muito desagradável para os membros assalariados do Parlamento ... .
Ezra Pound