Entre vitórias e derrotas, todos contra Ventura
Os nossos brilhantes políticos - e ficam-se por aí, por políticos, pois que não têm a mínima qualidade para serem considerados estadistas - parece não quererem perceber que não é ventura, ele mesmo, por si próprio, que se coloca a si mesmo no "local central" em que se politicamente se encontra.
Por um lado, não há bicho careta, da direita ou da esquerda, que não lhe preste atenção a todo o momento mas manifestando-lhe um ódio tal que se transforma em lenitivo.
Mas se lhe presta atenção é porque ele releva e importa.
Mas ventura só é relevante e importa (mau grado todas os esgares amalucados e as saídas carroceiras dos esquerdalhos, tipo a "boçalidade e rasquice são farronca" do purezita da feuc) porque há quase meio milhão de pessoas - de votantes - que lhe deram o seu voto.
Verdadeiramente, esses é que são aquilo que dizem que ventura é porque se revêem naquilo que ele diz - e, por isso, lhe dão o seu voto.
Desenganem-se os políticos. As pessoas não são burras. As pessoas votam em ventura porque concordam com ventura. Ou se não concordam tanto assim, esperam, ao menos, que ele possa ser o agente de limpeza que dê uma vassourada na sujidade que envolve o nosso sistema politico. Não tenham dúvida disso, senhores políticos.
Não tenham dúvida disso.
E também não sejam oportunistas e demagogos dizendo que essas pessoas são burras quando votam no ventura mas já não o seriam se votassem no costa ou noutro qualquer figurão da política críticos e inimigos de ventura (e são-no tão somente, todos sem excepção, porque sentem o cu a arder...).
Continuem todos contra ele e contra o chega, atacando-os com aquelas alarvidades parvas da esquerda, tipo chamar-lhes populistas e nazi-fascistas, que aterrorizavam muito bem no tempo do verão quente de 75, mas que agora são música celestial, e continuem a não responder aos anseios e esperanças de quem vota nele, e depois não estranhem os seus resultados nas próximas eleições.