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Pharmácia de Serviço

Há remédio para tudo ... pharmaciadeservico_at_gmail.com

"descansadinho"

sexta-feira, 30 de dezembro de 2005
O candidato Jerónimo disse:
Se fosse eleito Presidente da República não transportaria comigo o projecto político do Partido Comunista. Procuraria ter como referência a lei fundamental, que o Presidente jura cumprir e fazer cumprir. Esse seria o meu programa.

Mas não vale a pena preocupar-se. Pode estar descansado que nem sequer corre o risco de ir para Belém.

"Quem não chora não mama"


Mário Soares acusou os "grandes grupos de media e certas televisões", que não identificou, de estarem a fazer "um exercício de falta de independência e isenção, ultrajante para a liberdade de imprensa", procurando convencer as pessoas de que "há um vencedor antecipado".

Tem toda a razão. Senão vejamos ...


(Fonte: Marktest, citada pelo Porta-aviões, a quem se agradece.)

"Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades"

Em menos de um ano de governação, o Executivo já mexeu nas administrações de 24 empresas, reguladores e institutos da área económica. Até 2006, a lista vai aumentar e chegar às 30 com as mudanças já anunciadas nas administrações da EDP e da PT, e previstas em empresas como a TAP, Carris e STCP, cujos órgãos sociais estão em funal de mandato.

Em um ano, o Governo terá nomeado gestores da sua confiança nas maiores empresas nacionais com capitais públicos, noticia o Jornal de Negócios

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
(Camões, sonetos)

O perigo das quedas


Sócrates lesionou-se no joelho a praticar ski na Suíca

Felizmente que devido à subida dos preços e ao aumento dos impostos, os portugueses estão cada vez mais livres de se poderem lesionar nos joelhos a fazer ski.

Ora digam lá se o governo não é amigo de todos nós e se não cuida bem da saúde aos portugueses ...

De novo, a partir de Belém ...


... estão prestes a "largar amarras" as "caravelas" dos tempos modernos, em direcção a Africa.




Uma casa portuguesa, com certeza ...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2005
Esta casa


onde morou e faleceu este senhor


vai ser reduzida a um monte de

pelo senhor que está à esquerda na fotografia

Será que é vingança por lhe terem tirado o "seu"

Os novos pedidos ao "Pai Natal"

"Quem vai ao mar, avia-se em terra"

Para que não possa voltar a ser acusada de pôr à diposição de um candidato presidencial (que por "mero acaso" era o Dr. Mário Soares, que por novo "mero acaso" é o candidato do PS, que por coincidência dos acasos é o "partido que está no poder", que por "mero acaso" "manda" na EDIA, que por "mero acaso" é uma empresa com um passivo muito "jeitoso") uma frota de 14 jeep's, a EDIA, resolveu "cortar o mal pela raiz".



Para tal, vai adquirir uma "solução integrada": uma limousine Hummer.




Esta cómoda limousine Hummer, para além de ser um veículo todo-o-terreno, transporta 24 passegeiros.

O que não se vai poupar em jeep's!.

Notícia absolutamente decepcionante

"A ressaca não tem cura!".

Que coisa ... !

E logo agora que, com o avanço da ciência, sempre se poderia ter esperança na criação de uma vacina!

Mais uns jobs no sapatinho

Vão estar disponíveis mais uns jobs para a malta do PS.

E não só estes. Vai haver mais. Pela "aragem" a REN poderá também "vagar" (porque o seu "homem do leme" gostava mesmo era de ir para a EDP).

Oh! que pena!

É mesmo uma pena não ser possível fazer a vontade ao candidato Louçã que queria votar na segunda volta, no candidato que não se chame Aníbal Cavaco Silva.

Calmaria na campanha

Hoje, e até ao momento, por Cavaco não ter feito ainda qualquer declaração, os restantes candidatos estão sem assunto de campanha.

Espera-se, contudo, a evolução da situação.

Só uma pequena pergunta

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005
Será que a EDIA emprestará 1 jeep (só mesmo 1), para um passeio no Alqueva?

"quando a esmola é grande o pobre desconfia"

O Governo «perdoou» a todos os proprietários de prédios rústicos ou urbanos que não registaram os imóveis junto das Finanças o pagamento de coimas entre os 100 e os 2.500 euros

Que coisa estranha!
Então o governo que anda apostado em "esmifrar" "até ao ultimo cêntimo" o cidadão "pagante" (sim, que os outros, os que estão "fora do sistema", andam "paralelos" às finanças, ou sejam, por mais que se faça, nunca se encontram) resolve agora dar esta "borla"!?

Humm ... "aqui há rato" ...

Mas se virmos bem não há nada de especial: trata-se simplesmente de "perdoar" um procedimento necessário para que seja cobrado um imposto - o IMI - que é recita exclusiva dos municípios.

Ora, sendo o IMI receita das câmaras municipais, para que é que o governo se ia continuar a incomodar com este processo de regularização e com os processos de aplicação das multas, encharcando os seus serviços de mais papéis e processos, ocupando nisto mais funcionários?

Assim "dá uma" de "bonzinho" e pronto. Deixa-se de incomodar com o assunto. As câmaras municipais, quando tiverem a competência para liquidar e cobrar este imposto - que mais tarde ou mais cedo há-de ser tranferida para elas - que se "amanhem".

Então, esta "benesse" há-de ser paga "com língua de palmo", pelos actuais prevaricadores beneficiários de toda esta "magnânime clemência".
Mas então o odioso da questão recairá unicamente sobre as câmaras. Hi, hi, hi, hi ...

O aborto do barco

Em Agosto de 2004, um barco holandês veio agitar as ondas da opinião pública portuguesa e reacender o debate sobre a prática do aborto. O anúncio da chegada da clínica ginecológica flutuante da organização «Woman on Waves», levantou vozes a favor e vozes contra.

Mas o Borndiep não chegou sequer a entrar em Portugal. Não conseguiu sequer autorização para entrar. O Ministério da Defesa chegou mesmo a enviar para junto do barco duas embarcações da Marinha para garantir que o Borndiep não entrava em águas portuguesas.

Jorge Sampaio exigiu explicações ao Governo, «como Comandante Supremo das Forças Armadas».

Paulo Portas, ministro da Defesa, justificou a decisão de proibir a entrada em águas portuguesas ao «Barco do Aborto» para «proteger a aplicação da Lei portuguesa».
Para o ministro, se Portugal fizesse concessões e deixasse aportar o barco, «nunca mais teria autoridade para combater outras actividades ilegais».
E acusou a Women on Waves «de incitar a actos que, em Portugal, são criminosos», comparando a entrada do barco holandês ao «tráfico de droga, pesca clandestina ou imigração ilegal».

A Justiça portuguesa acaba agora por dar razão ao Governo português, ao decidir que o barco não poderia entrar em águas nacionais.

Notas de pé de página:

1. Afinal Paulo Portas teve a coragem da razão e razão para ter coragem.

2. Será que o Senhor (ainda) Presidente da República, e comandante supremo da forças armadas vai agora pedir "explicações" desta decisão judicial?

3. Ora com decisões destas, aqui está mais uma boa razão para cortar nas férias e nas reformas dos senhores magistrados. Que é para aprenderem ...

"Congelação da aumentação"

As pensões acima dos 3500 euros serão congeladas.

O governo "adora" os magistrados (juizes e ministério público): depois do episódio da redução das "férias" para os que estão no activo, congela agora as pensões acima dos 3500 € de modo a "apanhar" os que estão aposentados.

(Será que a medida vai também chegar aos jubilados?)

Gá ... gá ... gá ... gá ... gá ...

"Se tiverem uma decepção, a responsabilidade é vossa" - afirma Mário Soares.

Exactamente!

A prová-lo, eis aqui as declarações desse mesmo candidato acerca dos considerandos de Ribeiro e Castro sobre o terrorismo.

Votem nele, votem ... Depois não se queixem que ele passe a considerar-nos a todos como marcianos.

Recomeçou a pantomina

Mário Soares a filosofar:

"Eles querem desforrar-se, através de uma vitória nas eleições presidenciais, da derrota colossal que tiveram em Fevereiro de 2005".

"Isso não é legítimo e poderia criar um conflito institucional"

Mário Soares a chantagear (por causa da vitória de Cavaco Silva):

"Se tiverem uma decepção, a responsabilidade é vossa"

Isto é que é verdadeiramente importante

Saldos começam a 7 de Janeiro, mas já se podem ver promoções que vão até os 50%.

As reacções uma 1 - ideia - 1

terça-feira, 27 de dezembro de 2005
A ideia:

«Há uma coisa que pode ser feita em Portugal, que eu sei que já foi feita noutros países. Podia existir um responsável do Governo que fizesse a lista de todas as empresas estrangeiras em Portugal e, de vez em quando, fosse falar com cada uma delas para tentar indagar sobre problemas com que se deparam e para antecipar algum desejo dessas empresas se irem embora, para assim o Governo tentar ajudá-las a inverter essas motivações» disse Cavaco Silva.

As reacções:

Manuel Alegre diz que a proposta de Cavaco Silva para a criação de uma nova secretaria de Estado é mais uma prova de como o candidato quer «governamentalizar» a Presidência da República

«Se o Dr. Cavaco Silva conhecesse bem a Constituição e as leis perceberia que a orgânica do Governo é uma competência exclusiva do Governo, que nem sequer passa pela Assembleia da República», criticou Francisco Louçã

«É uma proposta que constitui, no mínimo, uma ingerência», criticou Jerónimo de Sousa que lamentou que Cavaco Silva «continue a funcionar como se pudesse vir a ser Primeiro-ministro no cargo de Presidente da República».

«Não quero fazer aqui comentários por que as declarações do prof. Cavaco Silva são muito graves. Não quero fazer comentário aqui no meio da rua porque são demasiado graves», afirmou Mário Soares.

Moral da história: não se pode ter ideias, pois se Cavaco não tivesse tido esta ideia, não se tinham dado estas reacções ... e tudo continuava como dantes ...

Surpresa e esmalte

O primeiro ministro pinto de sousa já teve o seu "baptismo de fogo": foi ao Afeganistão visitar os nossos soldados. Foi uma viagem surpresa e secreta, por cuasa da segurança - tal como os dirigentes americanos fazem.
Contudo não se crê que tal se justificasse: será que algum talibã sabe quem é e para que serve o primeiro ministro pinto de sousa?

Depois da Afeganistão a televisão: na mensagem de Natal, o primeiro ministro pinto de sousa apareceu com uma côr e brilho absolutamente "esmaltados".
Estava o máximo ...!

Depois do Natal

Depois das rabanadas, do perú, das reuniões da família, da consoada, do Presépio, das prendas, do bolo-rei, das filhoses, da Missa do Galo, regressou a sinecura da campanha para as presidenciais. Na verdade, " não há bem que sempre dure ...".

Então ... "até para o ano" !

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Calha mesmo mal ...

Ariel Sharon que, actualmente, pesa 142 quilos vai ter que seguir uma dieta rigorosa para perder 66 quilos.

Logo agora ... que é Natal !!!!!!

"Nós não vamos aumentar os impostos"

Em Junho de 2004, a construção da barragem do Baixo Sabor, autorizada por Arlindo Cunha, foi fortemente criticada por Pedro Silva Pereira, então deputado e agora ministro da Presidência.

Silva Pereira considerava que a construção da barragem atentava contra o ambiente e desprezava os pereceres do Instituto de Conservação da Natureza. Agora, ano e meio depois, o governo PS defende a construção da barragem, ainda que se mantenham todos os pareceres negativos.

A "coerência" deve estar sempre acima de tudo.
Ora vejam o que se passou com os impostos ... Vêem ...?! Lá está ... "coerência"!

"Betandwin"

Ficámos a saber, pela boca de Mário Soares, que "0s candidatos a Presidente da República não são cavalos para se fazerem apostas sobre eles".

Fica definitivamente esclarecido ...!

O "passeio"

Pelos vistos, não há nada que atrapalhe o "passeio" do Professor Cavaco.

Já é unanimidade a mais!

Já falam!

Escutas revelam microfilmes na Defesa

Mas porquê? Os microfilmes também falam ao telemóvel?

E o "segredo de justiça" quando deixará de falar aos jormais?

Mais uma sondagem ...

... que continua a dar os mesmos resultados.

Ora esta ...?!

Monarquia


As candidaturas presidenciais de Cavaco Silva, Mário Soares, Manuel Alegre, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã entregaram já os respectivos orçamentos de campanha no Tribunal Constitucional (TC), os quais totalizam mais de oito milhões de euros.

O que não se pouparia, em dinheiro e em "disparates", se tivéssemos um Rei.

O (Baixo) Sabor do poder

Quando na oposição o partido do actual governo manifestou-se veementemente contra a constução da Barragem do Baixo Sabor, por alegados problemas ecológicos.

Agora, no poder, vá de autorizar a construção da barragem, apesar das muitas reticências de Bruxelas.

O poder, na verdade, tem outro Sabor.

DCICCEF

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005
Direcção Central de Investigação da Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) vai ser restruturada.

Ao que parece, os seus agentes andavam com a mania de jogar xadrez.

Natal é o Presépio

(www.krippenmuseum.com/geschichteit.html)

As inconstitucionalidades do casamento

No seguimento do DN resolver apodar Jorge Lacão de "constitucionalista" este judiciou que "o casamento só para heterosexuais é inconstitucional".

Nesta sequência, daqui a uns tempos corre mesmo o risco de vir a ser penalizado.

Como penalizados devem também ser aqueles que se conduzem na vida à luz de normas morais, pois são "desviantes" numa sociedade cada vez mais "anómica" e "amoral".

Congelação

Fisco vai congelar bens antes de avisar



Para o efeito o ministro das finanças já dotou todas as suas repartições de aparelhos semelhantes a este, onde os bens ficarão guardados "até novas ordens".

"Mau gosto"

Mário Soares revelou ontem nos Açores que José Sócrates lhe telefonou "porque esteve a assistir ao debate (com Cavaco Silva) e gostou e quis felicitar-me".

Análise ecológica do debate de ontem

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005
A prestação de Soares:


O desempenho de Cavaco:

Possibilidades

José Sócrates prometeu segunda-feira à noite fazer "o que puder" para estar ao lado de Mário Soares durante a campanha para a Presidência da República.

Prometer menos, era impossível.

Leitura natalícias

Neste Natal, enquanto se desencanta com a carestia das prendinhas, pode ter uma visão de como afinal é possivel gastar ums valentes milhões de Euros ao érario público, em coisas idênticas às "utilidades" das lojas dos chineses. Aqui.

Infantilidades

O governo aparenta uma saga persecutória a Coimbra.

Primeiro, o primeiro ministro pinto de sousa, que também usa sócrates, resolveu "cavalgar", de novo, o regresso da co-incineração a Souselas.

Agora o governo decidiu, na pratica, mandar o novo Hospital Pediátrico "às malvas", preferindo desviar o dinheiro que estava previsto ser afecto à sua construção para outras inicitivas.

Nos últimos dias, perante as reacções de utentes, da direcção do hospital e do seu corpo clínico, à paragem das obras, o ministro da saúde tomou logo o caminho do "confronto", afirmando que a construção era um projecto in articulo mortis - citação que decerto aprendeu, em Coimbra, nas salas dos "Gerais".
Atirou contra o Novo Hospital a imprestabilidade do projecto técnico, a existência de problemas estruturais - só não referiu que o projecto teve finalmente (ao fim de décadas) "luz verde" do anterior governo, o que, por si só, é desde logo motivo para se ser "abatido".

É dito "por todo o mundo" que as instalações do actual Hospital Pediátrico - um espaço que foi um antigo "dispensário" ou sanatório da luta-antituberculosa - se encontram degradadas, são desajustadas e pequenas, não apresentando já a menor prestabilidade para o efeito.

Também é dito, "à boca cheia", que só por grande dedicação e competência técnico do seu corpo clínico é possível chegar aos resultados que apresenta e à fama de que, merecidamente, goza.

Os seus destinatários dos seus serviços são as crianças (não apenas de Coimbra).

Porém, não obstante tratar-se de um hospital considerado e reconhecido pela qualidade da sua assistência médica (pela comunidade civil e pela comunidade médica, em Coimbra, no resto do pais e no estrangeiro) não obstante a precaridade das suas instalações - como é em Coimbra, vá de levantar obstáculos à continuação da construção das suas novas instalações.

É evidente que, para o efeito, isto seria o menos se não estivesse em causa a assitência médica a crianças doentes por causo do governo se ter "lembrado" de utilizar o dinheiro destinado àquela construção em bricadeiras infantis com "combóios" e "aviões".

Coitados dos Conimbricenses. Deve ser cada vez mais difícil suportar as desconsiderações à sua Lusa Atenas.

Rescaldo final dos debates

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui"!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

...

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
- Sei que não vou por aí!

José Régio, Cântico Negro

Ultimo debate

Se ainda houvesse quem pensasse que Mário Soares tinha algumas hipóteses de ter um bom resultado nas eleições presidenciais, desiluda-se.

Mario Soares enterrou, hoje, de vez, a questão das eleições - vai perdê-las claramente.

A sua prestação no debate - ou a sua não-prestação - enterrou, de vez, qualquer esperança.
Desancou em Cavaco; disse e contradisse-se (como ao dizer que Cavaco não tem nenhuma ideia, e quando este alinha duas ideias, diz que o PR não tem que governar) e, na parte final do debate, perante a impassividade de Cavaco, aumentou a sua agressividade que raiou a má educação (o que nele, aliás, não é coisa nova). Mas daí, nada retiorou.
Só ganharia se Cavaco tivesse "perdido as estribeiras" perante as invectivas. Mas Cavaco, conseguiu manter-se suficientemente calado e continuar debitar mais uma ideias. A que Soares se via obrigado a responder.

Foi mesmo patética aquela de Soares ter dito que também já foi professor.
É verdade. Foi num curso de "relações internacionais" na Faculade de Economia de Coimbra. Alguém conhece esse curso?

Cavaco, esse, sempre igual a si mesmo: nas tábuas, repetindo um discurso muito alinhadinho, até à exaustão.

No mais, o debate foi aquilo que têm sido os debates: uma "pepineira".
Por favor ... mais debates, não ...

Está o maximo!

terça-feira, 20 de dezembro de 2005
Acabada de receber por mail:

Cavaco Silva e Mário Soares declinaram o convite para participar no programa "Levanta-te e ri!".

Um consegue levantar-se mas não ri; o outro ri mas não se consegue levantar!

A coca, cola.

O socialista Evo Morales terá conseguido garantir a vitória nas eleições presidenciais da Bolívia com uma surpreendente maioria absoluta.
El Evo, um índio aimáras líder dos "cocaleros" (produtores de folha de coca), torna-se assim no primeiro Presidente indígena eleito desde a fundação do país, há 180 anos

(nestas eleições ter-se-ão realizado imensos debates.)

Mais debates

O pedido/exigência de Soares para a relaização de mais debates, não tem, como é manifesto e evidente, o objectivo da realização de mais debates.

O que visa, unicamente, é criar mais um "facto" "contra" Cavaco, assacando-lhe a "culpa" de não se realizarem mais debates.
E daí, passar a atacar Cavaco, durante a campanha, por não se realizarem (mais) debates.

E daí extrair, para depois das eleições, que, porque se não terem relizado (mais) debates, destinados a "esclarecer" os eleitores, a vitória de Cavaco não é "legitima".

E não é "legitima" porque os eleitores não foram "esclarecidos", "por culpa" do vencedor.
Porque só um voto "não esclarecido" dá um "cheque em branco" com maiorias (absolutas) assim.

(É evidente que os resultados das eleições parlamentares de Fevereiro não relevam, agora, para o caso.)

"insondáveis desígnios"

Isto das sondagens parece que é mesmo assim: umas dão uns resultados, outras, outro.

Porém apenas uma coisa se mantém constante: o candidato "da direita" ganha sempre à primeira volta.

(p.f., mais debates não ... . Para programas de alta craveira intlectual é manifestamente preferível o "Gato Fedorento")

"Água no bico"

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005
Dá a impressão que o facto de o PS ter desistido de alterar a lei do financiamento das campanhas eleitorais antes das presidenciais de 22 de Janeiro, mantendo a omissão quanto ao valor da subvenção pública a atribuir numa eventual segunda volta das próximas eleições, traz "água no bico".

Mas, note-se - é apenas uma "ligeiríssima" impressão.

"Pobres" debates

Decorre mais um debate televisivo. Felizmente é o penúltimo.

É que verdadeiramente não se consegue perceber para que têm servido.

Perante o desfile de uma confrangedora pobreza intlectual e ausência de conteúdo, a única vantagem da realização de mais debates seria unicamente uma melhor (mais mais que improvável) preparação dos candidatos.

No mais, toda a gente já percebeu claramente do que é capaz cada candidato. Agora, por favor ... mais debates, não!

Ver "claramente visto"

Mário Soares considerou hoje "uma exigência" democrática a realização de mais debates entre os candidatos a Presidente da República, alegando que as pessoas precisam de mais esclarecimento para escolher o próximo chefe de Estado.

A falta de esclarecimento resulta por demais evidente dos resultados desta sondagem, publicada no Expresso do passado sábado.

Recusas diversas

Governo recusa aumentos salariais propostos pelos sindicatos

Aliás o governo - este que ora temos - recusa tudo aquilo que lhe for proposto. Até, mesmo, bom senso ...

No que respeita a saber, só ele sabe!

"poder de antecipação"

De acordo com o resultado de várias sondagens a realizar durante o próximo mês de Janeiro, as eleições do dia 22 vão ditar a vitória de Cavaco com maioria absoluta!

(assim sendo, os restantes candidatos já podem desistir de ir ao escrutínio ...)

Melancolia

(Edvard Munch, Melancolia, 1894-95)

Os "pés de barro" dos mitos

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005
Os municípios portugueses poderiam em média atingir o mesmo nível de serviços públicos que produzem actualmente gastando menos 43% dos recursos, conclui um estudo publicado na semana passada pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) divulgado pelo Jornal de Negócios

Uma dúzia de propostas de orçamento

Por este andar, a presidência inglesa arrisca-se a chegar, até a fim do ano, a uma dúzia de propostas de orçamento, sem que os vinte e cinco cheguem a orçamento nenhum.

"De calote em calote até à vitória no campeonato"

A situação financeira do Vitória de Setúbal não é unica no nosso país, a atentar nas notícias sobre outros clubes de futebol.

Agora, o que já parece único é uma equipe estar em 3º lugar no campeonato e ter, toda ela, dois meses e meio de salários em atraso mais os prémios dos jogos e os presidentes dos órgãos de direcção do clube produzirem as seguintes afirmações:

- "Existem soluções. Mas não sei quando vão ser anunciadas" - Presidente da Assembleia Geral;

- "Reafirma-se que os órgãos sociais estão no pleno exercício das suas funções, legitimamente mandatados. As soluções que existem serão, oportunamente, explicadas e transmitidas, quer pública, quer internamente" - Presidente da Assembleia Geral;

- "Os jogadores do Vitória têm dois meses e meio de salários em atraso e prémios e ponto final parágrafo" - Presidente do Clube;

- "Tenho a sensação de que [a greve] não se vai realizar, porque os jogadores do Vitória são pessoas com um grande sentido profissional, com grande dignidade, e estou convencido de que o melhor que há para um jogador de futebol, mais que greves e tudo isso, é bater-se no campo num jogo com um clube considerado grande, como é o Benfica, na próxima quarta-feira" - Presidente da Assembleia Geral

Moral da história, em aforismos portugueses:

"Nunca se pague, mas nunca se negue"

"O "dever" acima de tudo"

Em conclusão:

Dá a impressão que isto de uma equipe de futebol ter salários em atraso e não saber quando verá a "côr do dinheiro" acaba por ter como consequência melhores resultados desportivos.

Pelo menos é a única consequência visível.

"Ó senhora professora quem foi Immanuel Kant?" (continuação)

O Ministério da Educação (ME) decidiu hoje manter a obrigatoriedade do exame nacional de Português em todos os cursos gerais do 12º ano.

Deste modo, todos os alunos do 12º ano que frequentam os cursos gerais terão de realizar exame nacional à disciplina, independentemente da área em que estão.

Mas o resto da pergunta mantém-se: Qual o interesse de um exame de filosofia para tirar um pós-graduação em engenharia santiária?

Tolerância

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005
Compensando a intolerância aos funcionários públicos o governo manifestou hoje a sua tolerância para com o "ponto".

Hoje, em Conselho de Ministros

7. Decreto-Lei que altera a Lei Orgânica do XVII Governo Constitucional, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 79/2005, de 15 de Abril

Esta alteração visa adequar a Lei Orgânica do XVII Governo Constitucional às necessidades de coordenação e monitorização dos instrumentos transversais de política e aos objectivos de simplificação administrativa.

Neste contexto, estabelece-se que a competência relativa à definição das orientações estratégicas do Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, bem como ao acompanhamento da sua execução, é exercida directamente pelo Primeiro-Ministro.

8. Resolução do Conselho de Ministros que nomeia o Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico

Esta Resolução nomeia o Professor Doutor José Carlos das Dores Zorrinho como Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, na dependência directa do Primeiro-Ministro, atribuindo-lhe as seguintes missões:

a) Coordenar e monitorizar a implantação do «Programa Nacional de Reformas» elaborado nos termos previstos nas Conclusões do Conselho Europeu realizado em Bruxelas, em Março de 2005, e intitulado «Estratégia de Lisboa – Portugal de Novo, Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego»;

b) Articular a coordenação e monitorização do Programa Nacional com o desenvolvimento do «Programa Comunitário de Lisboa»;

c) Articular a coordenação e monitorização do Programa Nacional com outros planos e programas nacionais relevantes para a concretização da Agenda de Lisboa e, em particular, com o Programa de Estabilidade e Crescimento, com o Plano Tecnológico, com o Plano Nacional de Emprego e com o Quadro de Referência Estratégica Nacional;

d) Coordenar e monitorizar a implementação do conjunto articulado de medidas e de politicas transversais que integram o Plano Tecnológico;

e) Promover a participação dos agentes económicos e sociais e da sociedade civil nos processos de concretização e de avaliação do Programa Nacional de Reformas e do Plano Tecnológico.


Que pena! Lá se foi o "insubstituível" Pinho ... de Natal.

"bocas"

Manuela Moura Guedes apresenta amanhã pela última vez o ‘Jornal Nacional’ da TVI.

Vai passar a ser possível ver o Jornal da TVI sem se ser "mordido".

Interlúdio poético

Incrível! No momento grave em que a Nação
Dorme (ou finge dormir!) à beira dum vulcão,
Nesta hora trágica, hora talvez fatal,
Há quem graceje como em pleno Carnaval!
E assim vamos alegremente, que loucura
Cavando a todo o instante a própria sepultura...
No dia d’amanhã ninguém pensa, ninguém!
Os resultados vê-los-ão... caminham bem...
Divertem-se com fogo... Olhem que o fogo arde...
E extingui-lo depois (creiam-me) será tarde...
Já não é tempo... As labaredas da fogueira
Abrasarão connosco a sociedade inteira!
A mim o que me indigna e ruboriza as faces
É ver o exemplo mau partir das altas classes,
Sem se lembrarem (doida e miserável gente!)
Que as vítimas seremos nós... infelizmente!

Guerra Junqueiro, Pátria

O debate de ontem

Soares revelou, mais uma vez, que considera as pessoas "descartáveis"; mais, considera os amigos "descartáveis".
Segue magistralmente o princípio contido na afimação do filósofo francês: "chupa-se a laranja e deita-se a casca fora".

Descartou Salgado Zenha; "quilhou" Rui Mateus; descarta agora Manuel Alegre.
Não se coíbe de utilizá-los quando precisa e de deitá-los fora quando lhe convêm. Tudo apenas por uma imensa cobiça de "poder e mando" que ele pretende recobrir com a dignidade da actividade política.

Mais do que as suas respostas pífias, a sua proverbial ignorância de várias matérias, que disfarça com a verborreia de vendedor de máquinas de lavar, fica a nota do seu carácter.

A única vantagem de Mário Soares resume-se a uma questão de "economia doméstica": quem tem amigos como ele já não tem que se preocupar em arranjar inimigos.

"Onde está a lista dos prédios da Ota?"

O NAER colocou no seu site a lista de prédios que se situam no perímetro de implantação do novo aeroporto da Ota.

A dita lista está colocada exactamente no sítio mais improvável: num "sub-link" da resposta à 51º e última "pergunta mais frequente".
Mais valia fazer uma "charada" ou montar um "rally-paper" para descobrir "onde está a lista dos prédios?".

E é evidente que, como se disse já aqui, continua-se a não saber quem é, hoje, verdadeiramente, o efectivo proprietário dos prédios.

Pedidos

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005
Federação luso-galaica de metalúrgicos quer TGV Porto-Vigo

A "Sociedade Filarmónica Luz, União e Capricho de Vale Porcacho" também se manifestou no sentido de que o TGV venha a ter uma paragem junto à sede da agremiação (de preferência, uns dez minutos antes dos ensaios).

Assinaturas

Cavaco Silva é o quarto candidato a entregar as assinaturas no Tribunal Constitucional, depois de Jerónimo de Sousa, Manuel Alegre e Francisco Louçã.

Mário Soares já anunciou que irá formalizar a sua candidatura no Tribunal Constitucional na próxima segunda-feira.

Será que Soares ainda não conseguiu as 7.500 assinaturas mínimas?

Ontem ...

... mais um debate.

Já só faltam cinco.

??????????????

"Nestas eleições presidenciais, gostaria muito que a renovação se fizesse pela geração de políticos que hoje tem 50 anos, mas isso não foi possível", declarou Mário Soares

É verdade!

terça-feira, 13 de dezembro de 2005
Ontem "houve" um debate televisivo!

... Foi com quem??? ...

Países gémeos

No Brasil:
O Partido dos Trabalhadores (PT) estabeleceu como "tarefa principal" a reeleição do seu fundador, Luís Inácio Lula da Silva, na Presidência do Brasil, em 2006.

Em Portugal:
O Partido Socialista (PS) estabeleceu como "tarefa principal" a reeleição do seu fundador, Mário Soares, na Presidência de Portugal, em 2006.

No Brasil:
"Mensalão"

Em Portugal:
"Corrupção"

Como se constata, trata-se de países gémeos homozigóticos!

(in)Congruências

O ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações defendeu esta terça-feira que o facto de Portugal viver um período de dificuldades económicas não justifica a interrupção do desenvolvimento do projecto de alta velocidade ferroviária.

Na sessão de apresentação dos estudos e das decisões políticas tomadas sobre o projecto, que decorre em Lisboa, Mário Lino considerou que «tal interrupção só agravaria o atraso de Portugal em matéria de modernidade e competitividade no espaço ibérico e comunitário, perdendo, simultaneamente uma oportunidade única para desenvolver a inovação, a tecnologia e a coesão social e territorial do país».

Curioso!
É já uma ideia corrente apontar-se o exemplo da Irlanda como o "bom caminho" do desenvolvimento, já que aí se optou primeiramente pela qualificação e desenvolvimento científico e tecnoclógico, preparando o terreno para novas indústrias, e se remeteu para uma segunda fase o investimento em grandes infraestruturas, designadamente de transportes.
Com este "ovo de Colombo" a Irlanda é ja hoje uma dos países mais prósperos da UE.
Aliás, os novos países aderentes, designadamente os do Báltico, orientam a sua estratégia de desenvolvimento exactamente na mesma direcção.

Nós por cá, continuamos coma "mania das grandezas" quando estamos completamente "de tanga".
Faz lembrar a história daquele nobre de tempos idos, absolutamente falido, sem uma côdea rija para comer, mas que se passeva garbosamente no seu cavalo, palitando os dentes, para não aparentar a total decrepitude financeira que o corria.
Figurando em linguagem corrente, estamos cada vez mais "pobretes" mas sempre muito "alegretes".

"atrasos mentais"

«Eu lutei pelo meu País, não fui para a Bósnia ou para o Afeganistão ganhar 500 contos por mês e depois fui, como tantos outros, votado ao esquecimento por todos os governos, mas muito especialmente por esse senhor que deu o que nos pertencia como quem dá uma camisa», disse o antigo combatente.

«Eu lutei três anos, entre 1963 e 1966, no Norte de Angola e, após o cumprimento do serviço militar, arranjei um emprego e trabalhei nove anos numa empresa na mesma região. Ao fim de tudo isto, deram-me um pontapé e mandaram-me desenrascar», referiu Augusto Silva.

Cientificamente, chamam a isto "stress pós-traumático de guerra".

"Galo" de Barcelos

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005
Mário Soares sempre vai processar o "atrasado mental", porque "preza muito a sua honorabilidade pessoal".

Segundo o que agora afirma, o "atrasado mental" ter-lhe-á feito "acusações muito graves".

Ao que daqui resulta, não terão acontecido "ofensas corporais". Ainda bem. "Do mal, o menos".

Milhões ...

No último triénio (2002-2004), a CP acumulou prejuízos que ascenderam a 741 milhões de euros

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) exigiu hoje ao Governo o pagamento da dívida de cerca de 17 milhões de euros à CP - Comboios de Portugal para que a empresa "readquira o equilíbrio financeiro"

Ainda assim, ficam a faltar 724 milhões de Euros para que a CP "se endireite".

Porém, os encargos do Estado com as auto-estradas sem custos para o utilizador (Scut) rondavam 17 mil milhões de euros em Maio deste ano, segundo o relatório do Tribunal de Contas (TC) sobre a auditoria às parcerias público-privado

Esta verba inclui:

1. pagamentos contratualizados nas concessões das sete Scut – Beira Interior, Costa de Prata, Algarve, Interior Norte, Beiras Litoral e Alta, Norte Litoral e Grande Porto –, que atingiam 15.767 milhões de euros;

2. uma outra parcela de 365 milhões de euros sobre encargos com expropriações, dos quais 94 milhões de euros estão associados às concessionárias e cerca de 271 milhões de euros ao Estado;

3. custos com o processo de reequilíbrio financeiro (compensações dadas pelo Estado ao concessionário por encargos não previstos na concessão), que rondavam os 894 milhões de euros.

Não haverá por aí um Movimento de Utentes das SCUT que exija o pagamento (não virtual) das portagens, para que daí se possam tirar umas "migalhas" para tapar o "buraco" da CP?

O estado (verdadeiramente) social

A história já não é nova, mas só agora veio a público entre nós.

Na Alemanha uma rapariga inscrita no desemprego foi contactada pelos respectivos serviços para uma colocação num bordel de Berlim, como "trabalhadora do sexo", pois a prostituição está legalizada e como tal recorre aos mecanismos de procura de mão-de-obra tal como uma vulgar pastelaria ou uma fábrica de lâmpadas eléctricas - através dos serviços de emprego.
Até aqui, nada de "anormal"...

Anormal é a rapariga poder vir a perder o subsídio de desemprego caso não aceite a colocação. Sim, porque para os serviços de emprego aquele é um trabalho "como qualquer outro" - legal e legalizado.

E se é legal, não há razão para "esquisitices" ...

"Barcelos Grande"

Em Bracelos, um ex-combatente chamou "vigarista" a Mário Soares.

Soares ripostou em directo para as televisões, dizendo tratar-se de um "atrasado mental", senão "punha-lhe" um processo por lhe ter chamado "vigarista" - mas não referiu quaisquer ofensas corporais.

As televisões gravaram a cena, repetiram-na várias vezes.
Num dos canais disse-se que o ex-combatente tinha "aproveitado" a presença da televisão para "agredir" Soares.

No local, segundo as imagens, ninguém impediu ou reagiu à "agressão". Nem os seguranças.
Aliás todo o séquito parou e esperou, "a ver no que aquilo ia dar".

Episódios de violência aferem o nível da campanha: quer por parte de quem a exerce quer por parte de quem a espera.

Está lá? Está? Está a escutar-me bem?

domingo, 11 de dezembro de 2005
Não seria mais fácil ao senhor Procurador Geral da República dizer quantos telefones não estão sob escuta?
(mas a que propósito o PGR revela o número dos telefones que estão sob escuta? Será que é para justificar as escutas?

Se é para isso, é uma absoluta tontice. É que há uma lei em vigor que justifica e prevê a existência de escutas telefónicas. Autorizadas por um juiz (que não é do Ministério Público).

O curioso é notar claramente que os políticos que aprovaram essa lei pensavam que ela só se iria aplicar a "malandros" . Nunca a eles próprios.

E o seu desconforto resulta não só da própria escuta em si mesma, como do facto de "não haver escutas" sem "fogo".
Ora é isso que os incomoda, ao fim de dácadas de um regime de total e intocável imunidade (e impunidade).

"termómetro"

(com os agradecimentos ao porta-aviões)

Medida profiláctica

Ao que parece, o nosso governo apresta-se para proibir, neste Natal, a celebração de Missas do Galo.

Não se trata já de uma actuação na sequência da retirada dos cruxifixos das salas de aula, mas antes uma medida profiláctica contra a gripe das aves.

Os "Doors"

Ao que parece, o primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje, no encerramento de um encontro entre empresários portugueses e chineses, em Lisboa, que Portugal pode servir à China como "porta para África".

Para além da implícita revelação de que para o primeiro-ministro Portugal situa-se no continente africano (o que explica, desde logo, muita coisa) fica-se a saber que se não for Portugal, a China nunca "entrará" em Africa.

Assim sendo, pode-se concluir que toda a intervenção e "cooperação" da China em diversos países africanos é uma pura "inexistência".

"Atira-te ao rio"

Depois de afirmar que ele é o único candidato do Partido Socialista, agora Soares quer que Alegre se demita do PS.

Por este andar e caso Alegre não cumpra o repto, daqui a algum tempo Soares estará a pedir que Alegre "se atire ao rio".

Outra ...

José Sócrates disse hoje que Mário Soares é o único candidato presidencial que tem condições para ganhar as eleições em nome dos valores da esquerda moderna e democrática, porque sabe falar ao centro.

Esta afirmação não é, decerto, motivo de preocupação para Manuel Alegre.
Sócrates também dizia que não subia os impostos e foi a primeira coisa que fez mal chegou ao governo.

"Conservação e restauro de imagens"

Cavaco quer restaurar imagem de Portugal no estrangeiro

Na verdade, já não há artífices no nosso país que ainda sejam capazes de resturar, com o mínimo de qualidade, a degradada imagem de Portugal.

Mudança qualitativa

sábado, 10 de dezembro de 2005
Um cidadão brasileiro esfaqueou hoje de manhã em Lisboa seis pessoas - quatro mulheres e dois homens -, alegando ter cometido as agressões "a pedido de Deus" .

Casos destes seriam perfeitamente evitáveis se fosse seguida à letra a politica naturalizacionista do candidato Anacleto.

Se assim fosse, das agressões seria dado o seguinte relato jornalístico:
Tresloucado esfaqueia seis pessoas sem motivo aparente.

O debate de ontem

Louçã é candidato a contradizer Cavaco.

Cavaco é candidato à Presidência da República.

Direito "circulatório"

Em Itália um juiz foi julgado (e condenado, pasme-se...) por se ter recusado a realizar um julgamento numa sala de audiências onde existia um cruxifixo.

Se a questão do cruxifixo se resolve em "duas penadas" - basta copiar o "movimento anti-cruz" adpotado pelo nosso governo - mais difícill é de resolver a questão da origem da afixação dos cruxifixos.

É que, não obstante a Itália já não ter religião de Estado desde 1984, uma circular de 1926, nunca revogada, estabelece a obrigatoriedade da presença de crucifixos nos tribunais (como em Portugal uma lei de 1936 impõe os crucifixos nas escolas). Se a circular em causa é ou não anulada pela Constituição de 1947 é uma das questões em debate.

Nós por cá também temos este problema com o "direito circulatório". E este "direito circulatório" não é um direito qualquer. Veja-se em matéria de impostos o caso daquelas circulares da DGI que interpretam "autênticamente" normas e fixam o direito e que nos são "atiradas à cara" quando nos dirigimos a uma repartição de finanças e invocamos a comezinha "lei".

(falta de) Perspectivas Financeiras

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

"Vai ser difícil chegar a um acordo, por causa das posições diferentes de vários países, incluindo o nosso", admitiu Tony Blair, numa conferência de imprensa em Downing Street que serviu para esclarecer a posição inglesa no processo negocial.

Por seu lado, o primeiro-ministro português, José Sócrates, disse hoje estar "muito confiante" que a próxima proposta britânica para o orçamento comunitário de 2007-2013 se aproxime dos interesses portugueses.
No final de uma reunião com o seu homólogo britânico, Tony Blair, em Londres, José Sócrates garantiu que o encontro o deixou "muito esperançado que a próxima proposta inglesa possa reflectir melhor a posição portuguesa".


Dá a nítida sensação de que o primeiro-ministro não tem perspectiva de nada, designadamente "financeira".

Entenda-se, o "nosso" primeiro-ministro. Porque o "outro" primeiro-ministro sabe muito bem o que quer e até onde vai poder ir.

"Ò cenhora profeçora kem foi u É manuel qant?" (continuação)

Vasco Pulido Valente, na edição de hoje do Público (sem link):

Não entrou evidentemente naquelas cabeças que, por falta de vocabulário e de compreensão sintáctica, não tarda muito ninguém conseguirá ler ou perceber português. Nem sequer um jornal. Quanto mais Garret, Camilo, Eça ou Pessoa. A "defesa da língua" serve para propagande eleitoral (capítulo: política externa). Mas não interessa ao Ministério da Educação. O ministério julga favorecer a ciência e a técnica, transformando Portugal num país de alarves. Muito boa ideia. E muito inteligente.

Tudo certo, com uma ligeira correcção: já não é preciso transformar Portugal num país de alarves.

O sono do debate

"Não foi assim muito entusiasmante e depois tive sono e tive que ir dormir", afirmou Manuel Alegre sobre o debate Jerónimo-Soares.

Isto do sono causado pelos debates está a assumir aspectos pandémicos!

Ora esta ... !

Então não querem lá ver que o Mário e o Jerónimo depois de terem saído da RTP, estão agora na SIC e a RTP-N, ao mesmo tempo, a repetir, tintim por tintim, todo o dabate da RTP.

O esclarecimento é necessário, mas não vale a pena insistir tanto - toda a gente percebeu, à primeira, o que eles querem.

Debate II

O melhor do debate Jerónimo-Soares:
As declarações de Paisana sobre o facto da RTP não ter convidado o discípulo do Grande Educador da Classe Operária, Garcia Pereira, para os debates televisivos. Que saudades de um tal "discurso" ...

O pior do debate Jerónimo-Soares
As declarações de Soares sobre o formato dos debates. A quando das negociações para a sua realização, aceitou aquele formato. Agora vem criticá-lo, dizendo que o seu responsável é Cavaco. Tipicamente Soares ...

O assim-assim (suporífero) do debate Jerónimo-Soares:
Todo o debate! Que sono ...

100 €, uma; 100 €, duas; 100 €, três! está arrematado!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005
Os bilhetes da linha ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid custarão entre 80 e 100 euros, afirmou hoje fonte do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

Este valor, previsto para daqui a mais de sete anos, é competitivo face aos cerca de 200 euros que custa o bilhete mais barato oferecido pelas transportadoras aéreas TAP e Portugália entre Lisboa e Madrid.

Ora veja-se lá bem o que é a diferença de preços. E então da capacidade de prever os preços futuros nem é bom falar.

Então não se vê claramente, já hoje, que vai ser muito mais barato ir a Madrid de TGV do que de avião?
Isto é tanto mais verdade quanto é veiculado pelo Ministério da Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que como toda a gente sabe, é dirigido por um ministro que é um feroz opositor ao TGV.

Espera-se que, entretanto, o Estado Português não começe a comprar (e a pagar) aviões para os pôr, "de borla" à disposição da TAP e da Portugália com vista à realização de voos Lisboa-Madrid, senão lá se estraga a bonita relação 1 para 2 entre os preços da viagens de TGV e de avião.

Mas só assim os preços se poderiam comparar verdadeiramente. É que de acordo com estudos citados hoje pelo jornal Público, o investimento nas infra-estruturas ferroviárias de alta velocidade não é recuperável.

Abyssus abyssum invocat

O candidato Anacleto, numa daquelas "matinées infantis" de propaganda presidencial, "descambou" mais uma vez e resolveu comparar Condolezza Rice a Salazar, a propósito da defesa por ambos da utilização de tortura para obter confissões.

Ora este tipo de afirmações é que são uma perfeita "tortura".

Valha-nos o facto de, daqui a pouco mais de um mês, o candidato "recolher" à Assembleia, passando a "torturar" preferencial e incisivamente os restantes deputados, os quais ainda lhe hão-de acabar por confessar: Oh Anacleto, tens-te em muito boa conta, mas vai "prégar" para o quintal!

Este já está!

Benfiiiiiiiiicaaaaaaa! ! ! ! !

Custa tanto ... mas depois passa!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005
O investimento nas infra-estruturas ferroviárias de alta velocidade não é recuperável, concluem os estudos na posse do Governo.

O investimento previsto nas infra-estruturas (linha férrea, estações, etc.) ronda os 7200 milhões de euros - 5000 milhões na ligação ao Porto e 2200 milhões no troço português da ligação a Madrid -, dos quais 30 a 40 por cento serão financiados por fundos comunitários e o restante será suportado pelo Estado português de forma faseada.

Assim, na melhor das hipóteses ou seja com o máximo de fundos comunitários e sem "derrapagem" de custos, (o que vai ser difícil, como é costume; veja-se o último exemplo tipico dos socialistas que foi a Ponte Rainha Santa, em Coimbra (Europa para eles)) as contas ficam assim:

Fundos comunitários - 2. 880 milhões de Euros
Estado Português (leia-se contribuintes) - o resto, ou seja 4.320 milhões de Euros.

Tudo com "bilhete" de "ida sem volta".

Nisto de ser megalómano, o que custa é o princípio; depois dá-se a habituação e já não custa nada ...

O direito

A câmara de Setúbal vai apreciar hoje, em sessão pública, trinta processos disciplinares com vista à aposentação compulsiva de funcionários com cinco faltas injustificadas consecutivas, ou dez interpoladas, disse à Lusa fonte da autarquia.

O caso das aposentações compulsivas na câmara de Setúbal foi denunciado pelo Diário de Notícias, que levantou a suspeita de ter havido uma estratégia concertada entre responsáveis autárquicos e trabalhadores, para que estes dessem cinco faltas injustificadas, ou dez interpoladas, para que lhes fossem instaurados processos disciplinares, que terminam, normalmente, com a aposentação compulsiva.

De acordo com o mesmo jornal, esta estratégia permitiria a reforma imediata a dezenas de trabalhadores que tinham a expectativa de se reformar a curto prazo, mas que, devido ao recente aumento da idade de reforma para 65 anos, teriam agora de se manter no activo mais alguns anos.

Não tem rigorosamente nada a ver com o caso, mas transcreve-se um artigo do Código Civil:

Artigo 334º
Abuso de direito

É ilegítimo o exercício de um direito, quando o titular exceda manifestamente os limites impostos pela boa fé, pelos bons costumes ou pelo fim social e económico desse direito.

Isto sim, é transparência

terça-feira, 6 de dezembro de 2005
Na Venezuela acabaram de ter lugar eleições legislativas em que se registaram cerca de 80% de abstenções.

Uma das razões apontadas para tal "deserção" eleitoral (quer dos partidos da oposição, que desistiram do escrutónio, quer de eleitores) - foi "a publicação de uma listagem informatizada de cidadãos em que se indica as preferências políticas expressas no processo de recolha de assinaturas para o referendo revogatório presidencial (Agosto de 2004) [o que] gerou o medo de que pudesse ser violado o segredo de voto", explica Silva Peneda, chefe da missão de observadores da UE àquelas eleições.

Aliás, face a essa publicação o "chefe da missão" recomendou à Assembleia Nacional que designe "o quanto antes uma junta directiva do CNE composta por profissionais de prestígio e independência ...". Repare-se bem: "o" quanto antes! Presume-se que queira significar "mais depressa que quanto antes". Adiante.

Não obstante as "anormalidades" verificadas a missão de observadores da União Europeia enviada à Venezuela, chefiada por Silva Peneda, considerou hoje como "transparentes" os resultados das eleições de domingo que deram aos apoiantes do Presidente Hugo Chávez todos os lugares no Parlamento

Pelos vistos, só se tivessem sido eleitos mais deputados apoiantes de Chavez do que o número de lugares no Parlamento é que as coisas se "turvariam" um bocadito.

Apoio

O apoio de J. Sócrates, à candidatura de Soares à medida que se aproxima o dia das eleições:

- O PS apoia Mário Soares

- O PS apoia Mário Soares

- O PS apoia Mário Soares

- O PS apoia Mário Soares

- O PS apoia Mário Soares


"Ò cenhora profeçora kem foi u É manuel qant?'"

O Ministério da Educação quer reduzir o número de exames nacionais que os alunos têm de fazer no final ensino secundário. A proposta é que os estudantes façam apenas três provas de avaliação externa e que o Português e a Filosofia deixem de ser obrigatórios para todos os cursos

Pensando bem, qual é o interesse do exame de português para o "choque tecnológico" ou o de filosofia para tirar um pós-graduação em engenharia santiária?

Que sorte!

Cavaco disse ontem no debate que tinha visto, em Londres, estudos sobre aeroportos.

Que sorte. Nós cá nunca vimos nenhum e, mesmo assim, vamos ter um novo aeroporto.

O "Vice"

O que faz mesmo - mas mesmo - falta no nosso país é a existência do cargo de Vice-Presidente da República?

Assim Cavaco já podia ser Presidente, Alegre Vice-Presidente, "a coisa ficava resolvida" e "não se falava mais nisso".

Alegre está muito "calhado" no desempenho de funções de "vice-presidente" - já que tem sido Vice-Presidente da Assembleia da República - e continua a dormir bem ainda que Cavaco esteja em Belém.

Por seu lado Cavaco passava a ter um comparsa de conversa que lhe podia falar de coisas que ele nunca ouviu - por exemplo a diferença entre Thomas Mann e Thomas More - para além de lhe explicar que os Lusíadas não são bem um quadrilátero e menos ainda um decágono, apesar de terem dez cantos, porque são um poema épico.
Pelo meio falava-lhe ainda da "língua" e da "Pátria", que são coisas bem diferentes da "lei de Gresham" e do "modelo de Equilíbrio Geral".

Vantagem definitiva: dispensavam-se já os "debates" (pela amostra, "aquilo" pareceu mais serem "entrevistas gémeas") com os demais candidatos e, em substituição, repunha-se um telenovela bem cultural.

Catatonices

O Blogger está completamente catatónico: "nem o pai morre nem a gente almoça"!

Deve ter ficado assim "derivado ó" debate!

Falência


A CP - Comboios de Portugal encontra-se em falência técnica, de acordo com o relatório de auditoria do Tribunal de Contas.

Visto que os proventos da utilização dos comboios actuais já não chegam para pagar a sua exploração, nada melhor do que construir o novo TGV.

Assim entra em falência a "grande velocidade".

O debate da noite

Durante a hora que durou o debate, deu a impressão que os candidatos tinham engolido uma vassoura, acompanhada por um pacote de pó de talco e um frasco de body milk para bébes.

Especulação pura

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005
O jornal Público noticia na edição de hoje que a entrega da construção e da exploração da futura infra-estrutura da Ota a privados pode incluir a concessão dos aeroportos do Porto e de Faro, deixando de fora os quatro aeroportos açorianos.

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, considerou esta notícia "puramente especulativa".

É evidente.

Verdadeira especulação é questionar-se, por exemplo, se esta empresa francesa poderá vir a participar, directa ou indirectamente, na exploração do aeroporto da Ota mais dos outros aeroportos internacionais rentáveis, já que elaborou um estudo muito catita, favorável à construção da Ota.

Vão começar

Hoje começam os combates, perdão, debates entre os candidatos presidenciais.

Boa hora para ir às compras.

Pérolas da campanha

Mário Soares em entrevista ao Público:

Público - Na apresentação da sua candidatura disse que consigo o país pode dormir descansado. Isso quer dizer que não dormiria descansado se Cavaco Silva ganhasse as eleições?

Mário Soares - Eu teria grandes preocupações se Cavaco Silva ganhasse as eleições. Mas não espero que isso aconteça, porque acredito no bom senso do povo português. Aceitarei a sua legitimidade desde que as eleições sejam limpas.

Público - Coloca a hipótese de as eleições não serem limpas?

Mário Soares - Tem havido alguma pressão da comunicação social favorável a um candidato. Não quero ofender, mas se o meu amigo ler com atenção os jornais, como eu leio, e conhecendo os truques que aí fazem, não restam dúvidas. E então na televisão ainda é mais claro. Mas isso não é coisa para se discutir agora, é para mais tarde.Mas se for eleito desejar-lhe-ei sorte, pois bem precisa já que a situação é extremamente difícil. Ajudá-lo-ei naquilo que for necessário e no que for do interesse do povo português.

Público - Mas se diz que não dormiria descansado dá entender que pode estar em risco a democracia...

Mário Soares - Isso não tem nada a ver com Cavaco Silva, mas com a pressão dos que estão por trás dele. A sua candidatura dele tem apoios de natureza muito especial, basta ver quem integra a comissão de honra, quem lhe faz a campanha, quem lhe dirige o marketing.

Público - Quem dirige o marketing é a mesma pessoa que o fez na campanha para o actual primeiro-ministro. Acha-o perigoso?

Mário Soares - Não me estou a referir a esse marketing, mas à equipa que está por trás dele. Mas o que me interessa é falar das ideias pelas quais me candidatei.

Público - Quem faz o marketing da sua campanha é a empresa de António Cunha Vaz, que entretanto assinou um contrato para assessorar uma empresa italiana, a ENI, que está em conflito com o Governo. Não acha que há aqui algum conflito de interesses?

Mário Soares - Eu teria grandes preocupações se Cavaco Silva ganhasse as eleições. Mas não espero que isso aconteça, porque acredito no bom senso do povo português. Aceitarei a sua legitimidade desde que as eleições sejam limpas.Coloca a hipótese de as eleições não serem limpas?Tem havido alguma pressão da comunicação social favorável a um candidato. Não quero ofender, mas se o meu amigo ler com atenção os jornais, como eu leio, e conhecendo os truques que aí fazem, não restam dúvidas. E então na televisão ainda é mais claro. Mas isso não é coisa para se discutir agora, é para mais tarde.Mas se for eleito desejar-lhe-ei sorte, pois bem precisa já que a situação é extremamente difícil. Ajudá-lo-ei naquilo que for necessário e no que for do interesse do povo português.

Público - Mas se diz que não dormiria descansado dá entender que pode estar em risco a democracia...

Mário Soares - Isso não tem nada a ver com Cavaco Silva, mas com a pressão dos que estão por trás dele. A sua candidatura dele tem apoios de natureza muito especial, basta ver quem integra a comissão de honra, quem lhe faz a campanha, quem lhe dirige o marketing.

Público - Quem dirige o marketing é a mesma pessoa que o fez na campanha para o actual primeiro-ministro. Acha-o perigoso?

Mário Soares - Não me estou a referir a esse marketing, mas à equipa que está por trás dele. Mas o que me interessa é falar das ideias pelas quais me candidatei.

Público - Quem faz o marketing da sua campanha é a empresa de António Cunha Vaz, que entretanto assinou um contrato para assessorar uma empresa italiana, a ENI, que está em conflito com o Governo. Não acha que há aqui algum conflito de interesses?

Mário Soares - Essa empresa não tem a importância que poderia ter tido se não tivesse começado a colaborar tão tarde. O próprio António Cunha Vaz já disse publicamente que o papel que desempenha na minha campanha não tem a mesma relevância do de outras campanhas em que participou. Tem dado alguns conselhos úteis, mas já me disse que não queria ganhar um tostão na primeira volta porque acha que tem feito pouco. É uma pessoa correcta, e até sei que tem um conflito com o ex-líder do PS, Ferro Rodrigues, de quem sou amigo e admirador. Tem estado aqui como profissional e, quanto ao resto da profissão dele, não tenho a ver com isso. Se eu fosse a ver todas as profissões de todas as pessoas que aqui estão...

Público - Então porque é que não dá o mesmo benefício da dúvida aos que rodeiam Cavaco Silva e cujos conselhos ele ouve?

Mário Soares - Dou. Eu não tenho nenhuma fixação em Cavaco Silva, vocês é que têm e só me fazem perguntas sobre ele para dizer depois Mário Soares só fala de Cavaco Silva.

A chicanice política começa a não ter limites. Vale tudo.

Agora Sores insinua que as eleições podem não ser "limpas" - levantando suspeitas de "chapeladas" eleitorais, típicas da 1ª república - atribuindo tal facto ao staff e ao marketing da campanha de um candidato e à comunicação social.
Só faltava esta.
Enfim ...

Se isto não é populismo baratucho, afinal o que é o populismo?


(Foto: Pedro Sarmento Costa/Lusa)

Coitado de Sir Thomas Gresham

domingo, 4 de dezembro de 2005
Sir Thomas Gresham "está na baila".
Tudo por causa do que se diz ser a "sua" famosa "lei" - a "Lei de Gresham".

Primeiro foi chamada ao campo político por um nosso teórico da economia (tendo em vista "aplanar" o seu "campo de acção", na mira de Belém).

Agora foi o candidato Alegre que afirmou: "Vejo à frente dos partidos gente muito medíocre que nunca fez nada pela democracia, enquanto fora dos partidos há pessoas de grande qualidade de que o País precisa".
Eis uma forma poética de invocar a mesma lei.

Porém Gresham, se alguma vez formulou tal lei, não foi pioneiro, pois já Arsitófanes, em As Rãs, falava nela.

Por outro lado, é duvidoso que quando se fala dos nosso actuais políticos e da nossa actual política se esteja perante uma realidade à qual se possa aplicar a "Lei de Gresham".

Segundo a dita, a "má moeda" expulsa a "boa moeda".
Ora, no tempo da Sir Thomas (século XVI, ou mais precisamente no tempo de Henrique VIII), o valor facial da moeda correspondia ao valor (intrínseco ) do peso da prata ou ouro que incorporava.

Ora sempre que havia "quebra" da moeda, ou seja, se recolhia e refundia, retirando-lhe parte do ouro que anteriormente incorporava mas mantendo-lhe o valor facial, acontecia de imediato que as pessoas passavam a amealhar a moeda antiga, a "boa", até que esta desaparecia de circulação, passando a circular unicamente moeda "quebrada" ou "má" (porque o seu valor facial era superior ao do ouro que continha).

Pois bem: para esta lei se pudesse aplicar aos nossos políticos era preciso que os que foram substituidos pelos "maus", fossem "bons", avaliados externamente e não por eles próprios
Mas infelizmente na política as coisas não se passam exactamente assim.

Em primeiro lugar, a dita "má moeda" política é "cunhada" à imagem e semelhança da pretensa "boa moeda", com a qual aprende "as artes" e imita o "valor facial".
Com a sua natural depreciação, a "boa moeda" primeiro, chama a "má moeda" em seu auxílio e, depois, ou acaba por ceder-lhe (voluntaria ou involuntariamente) o lugar, ou então retira-se para o seu "mealheiro", dizendo que afinal não quer "circular" "misturada" com outras moedas às quais atribui "má" qualidade.

Depois, na nossa política, sempre que uma moeda quer entrar em circulação diz que a que já circula é "má".

Como se vê, em poltica, não vale a lei de Sir Thomas Gresham: na nossa política, a "má" moeda é um produto da "boa".

Vergonha II

Mário Soares acredita que José Sócrates e os dirigentes do PS podem ter um papel importante na mobilização do eleitorado socialista, e espera que tanto o secretário-geral como os seus principais colaboradores ajudem a dramatizar a eleição presidencial

O que dificulta esta "dramatização" é que o PS tem uma enorme vergonha do "seu" candidato.

Volta Figo ...

... nós pedimos perdão!

O Real Madrid confirmou esta tarde que vai realizar uma reunião de dirigentes ainda hoje para definir o futuro do treinador brasileiro Vanderlei Luxemburgo, segundo revelou o clube espanhol no seu sítio na Internet.

O acordo está próximo ...

Alemanha exige pagar menos para orçamento da União Europeia

O Reino Unido poderá abdicar de 12 a 15 por cento do reembolso que recebe anualmente dos cofres comunitários, no âmbito das negociações sobre o próximo orçamento da União Europeia. A cedência ficará, no entanto, dependente de uma redução das verbas destinadas à agricultura.

A França recusa alterações aos subsídios que recebe da PAC.

Está visto que aquilo que está mais próximo é precisamente a existência de acordo sobre a existência de um total desacordo.

25 anos depois

25 anos depois do acidente que vitimou Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, ainda não foi possivel concluir-se se ali ocorreu um acidente ou um atentado.
Para além das comissões parlamentares de inquérito e das suas contraditórias conclusões, a investigação judicial portuguesa ainda não conseguiu chegar a uma definitiva conclusão.
E os portugueses ainda se quixam da lentidão da justiça quando têm que esperar uma dúzia de anos por uma decisão judicial.

Só havendo desemprego é que tem utilidade a criação de empregos

Só assim se pode explicar o facto de se verificar uma média de 330 desempregados todos os dias em Portugal.
Este desemprego destina-se precisamente a permitir a criação de 150.000 novos empregos no nosso país, como era promessa do PS e deste governo.
É que se não houvesse desempregados que utilidade teria a criação de empregos?

Falta de sensibilidade

O reitor da Universidade de Coimbra advertiu hoje que o próximo ano lectivo decorrerá num quadro de «grandes dificuldades orçamentais» e criticou a falta de «sensibilidade» do governo para entender as especificidades daquela instituição secular.

O Magnífico Reitor não deve estranhar a falta de sensibiliade do governo. É que o primeiro ministro estudou em Coimbra, mas no Instituto Superior de Engenharia, que integra o Politécnico.

E depois, de um homem que tem um pós graduação em engenharia sanitária e que quer pôr a co-incineração de resíduos industriais perigosos em Souselas que sensibiliade se pode esperar para com a Universidade de Coimbra?

Vergonha

O candidato presidencial Mário Soares afirmou, este sábado na sede do Porto, que Cavaco "tem vergonha do seu próprio partido"

O país inteiro, esse, tem imensa vergonha da falta de vergonha de Soares.

Tem um dedo que adivinha ...

sábado, 3 de dezembro de 2005
Segundo Louçã: "Haverá de certeza segunda volta" nas eleições presidenciais.

Se ele também adivinhasse os números e as estrelas do Euromilhões ...

"Prontos", ganharam os dois ...

FC Porto e Sporting empatam 1-1

Falta de juízo

Em chamada de priomeira página, noticia o Público de ontem que só seis dos 144 juizos cíveis de Portugal são considerados eficientes
Processos de recuperação de empresas e falências demoram quase quatro anos a ser decididos. Pendências já ultrapassam o milhão, enquanto juízes ocupam 30 por cento do seu tempo com despachos rotineiros e desqualificantes.

1. Este resultado foi apurado pelo designado Observatório Permanente da Justiça do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, dirigido pelo Prof Doutor Boaventura de Sousa Santos.

Não obstante a qualidade do observador e do observatório, dá a impressão que o resultado apresentado é mau de mais, para ser tão verdade quanto a querem apresentar.
É verdade que a nosso justiça funciona mal.
Mas o que está dito naqueles números é que ela, definitivamente, não funciona.

2. É de notar que esta notícia - que acaba por também não ser lisonjeira para os juizes portuguese - aparece uma semana depois da realização do seu congressos, no qual o governo, via ministro da justiça, foi zurzido "forte e feio".

3. E é de notar também que esta notícia aparece no dia em que o Conselho de Ministros aprovou a proposta de lei-quadro para a política criminal, que contempla o princípio da definição de prioridades na investigação, que deverá ser da responsabilidade do próprio Governo.
Esta medida legislativa é mais uma forma de governamentalização da justiça - ou seja da sua menorização e subalternização e instumentalização face ao poder executivo.

4. Mas esta é também uma porta que se abre à possibilidade do governo poder mandar perseguir quem lhe aprouver ou for mais conveniente, mandando investigar quem lhe é antipático, quem não se verga ou se lhe opõe - ainda que através de macanismo pretendamente "gerais e abstractos". A este propósito basta referir que os teóricos do direito também dizem que a lei é "geral e abstracta" - mas certo é que também há "leis-medida", as quais, apesar de serem "gerais e abstractas", apenas são aplicáveis a uma única e irrepetível situação.

5. E, já agora, também é curiosa a pressa com que o governo pretende ver aprovadas certas inicitivas legislativas ou irreversivelmente lançadas certas obras, todas elas controversas e polémicas, ainda este ano.

Parece que tudo isto tem que ser feito a correr, antes das eleições presidenciais.
O que significa que:
a) o governo - o que quer dizer, o PS - já dá como adquirido que não é o seu candidato que as vai ganhar;
b) que o governo teme que o candidato que as ganhe possa vir a dificultar a aprovação daquelas medidas ou até mesmo a inviabilizá-las.

6. A subalternização - ou melhor, a subordinação e funcionalização - da justiça face ao poder governamental ou político, ainda que com o recobro da capa legislativa, não é, certamente, bom presságio.
A história do mundo está cheia de desastres que começaram assim.

A propósito do 1º de Dezembro

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005


Já que a 1 de Dezembro de 1640 se iniciou a Dinastia de Bragança, vale a pena dar uma vista de olhos pelos que se intitulam os "legítimos continuadores" da Casa Real de Bragança.

Para aguçar a curiosidade, uma panorâmica da "sala do trono".

Também vale a pena atentar na imagem do acto pelo qual SAR Dom Rosário confere a SAR Príncipe Mosheshe da Nigéria a representação diplomática da Real Casa na Nigéria

Ei-la pois!

O manto diáfano da fantasia

Teixeira dos Santos defendeu, no Parlamento, que se tornou "inadiável promover políticas sociais que sejam sustentáveis no médio e longo prazo". Entre estas citou "as novas regras de aposentação para a Função Pública, a eliminação de muitos regimes especiais, a anunciada revisão do subsídio de desemprego , a implementação da nova fórmula de cálculo das pensões e os desincentivos à aposentação prematura".

Seria bom que agora o governo publicitasse documentalmente uma estudo comparativo entre como era e como está o panorama no que respeita a regimes de aposentação, designadamenteno que toca a regimes especiais de aposentação. So assim seria possível perceber se, verdadeiramente, foram abolidos os designados regimes especiais, ou se apenas se atirou para cima da generalidade dos funcionários públicos - os que estão no designado regime geral - o ónus de ver substancialmente agravadas as suas condições de aposentação.

É que parece que a dita abolição dos chamados "regimes especiais" de aposentação não passou de "pó para os olhos".

Mais cruzes, canhoto ...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005




Outros exemplos de como a cruz, um símbolo católico, penetra insidiosamente, até no laicíssimo Código da Estrada.

1º de Dezembro

Celebramos hoje a nossa independência de Espanha.

É de calcular que, hoje, os Espanhois também celebrem. Safa ... do que se livraram ...

O Index dos caloteiros

A Administração fiscal está a elaborar uma lista com todos os nomes dos contribuintes que não pagam impostos. Sejam empresas ou particulares. Actualmente existe registo de 800 mil devedores. O processo está a ser feito ao pormenor para que não aconteçam erros na divulgação.
A lista de nomes e entidades deverá ser revelada em 2006, de forma faseada.

O Estado, ou seja a administração fiscal, vai divulgar publicamente, em 2006, o Index dos devedores ao fisco. Com esta medida, o fisco vai procurar arrecadar mais verbas, ao menos, as correpondentes às dividas dos contribuintes constantes da lista.

O método não é original - já várias tascas, mercearias e casas de pasto usaram semelhante estratégia. Face ao sucesso relativo destas iniciativas privadas, o Estado resolve enveredar pelo mesmo caminho à procura de mais dinheiro.

Ora o que devia estar em causa, era não somente a arrecadação de mais dinheiro pelo fisco, mas antes a generalização da aplicação do sistema fiscal a todos - repete-se, a todos - os que preenchem as condições economico-financeiras para seram contribuintes - designada e fundamentalmente os que "andam" "fora" do sistema fiscal, ou seja os potenciais contribuinte que não são contribuintes, ou os contribuintes que são apenas semi-contribuintes.

É verdade que é necessário que aqueles que já estão "dentro" do sistema paguem atempada e devidamente os seus tributos. Mas mais necessário é ainda que todos aqueles que andam "fora" do sistema passem também a pagar impostos.

Por outro lado este método de "Index" poderá suscitar dúvidas quanto à sua legalidade, designadmente por ser susceptível de ofender o bom nome e dignidade dos contribuinte que, por erro da administraçã fiscal, passem a ser apodados com a fama de "caloteiro", sem que tenham o respectivo proveito.
Ou seja, pode estar aqui o começo dum "reino de terror" fiscal, tão típico na antiguidade de Roma.

Para evitar "excessos" de zelo ou "vinganças" de "exemplares" funcionarios dos fisco, seria também bom que o senhor ministro das finanças anunciasse o mecanismo que permitisse assegurar o direito à reparação d0 bom nome de quem fosse indevidamente incluído em tal Index.

E já agora a forma de se conhecer o nome do funcionário zeloso, que na dúvida, mandou o nome de um contribuinte para o "Index de caloteiros" - ao abrigo do princípio, sempre desmentido mas sempre praticado, na nossa administração fiscal de "in dubio pro fisco" - de modo a que possa ser damandado criminalmente por tal facto.

Por fim, o Estado devia também publicar a lista de todos os seus credores, de onde constasse o nome ou designação das pessoas ou entidades credoras, o montante do respectivo crédito, e a respectiva data de vencimento.
É que moralidade deve ser igual para todos.