No universo
publico-jurídico é tudo uma "
órgência"...
Foi "
órgente"
acabar com o tecto remuneratório dos juízes (que coitadinhos, já ganhavam muito mal...) ...
Só nunca foi, não é - nem, dá ideia, nunca será... - "orgente" discutir o estatuto remuneratório dos juristas da administração pública, que passam a vida a aturar, com muita paciência e pertinácia, chefes ou eleitos malucos, autoritários, descomandados e ignorantes, que se acham "os maiores" e que sabem tudo, a respeito de questões jurídicas complexas e delicadas, com uma miríade de implicações a jusante, sem tempo (é tudo para já ou, o mais tardar, para anteontem...), sem livros (como os têm os senhores juízes, coitadinhos, que "metem" o seu valor como despesa no IRS...) e sem condições para estudar esses problemas.
Juristas a quem se exige sempre uma resposta certa para imbróglios pelos quais nunca ninguém é responsável mas que é preciso solucionar...
Juristas a quem se exige que se confrontem com tudo quanto é escritório e sociedade de advogados, os quais, enquanto "atiram o barro à parede", ganham dez vezes mais que os juristas a quem cabe "desconstruir" essas sua bizarrias e defender a administração e o Estado.
Estes juristas, pelos vistos, tão licenciados, mestres ou doutores em direito como os demais, não obstante fazerem o que fazem e o que se lhes exige, apenas podem ser tratados abaixo de cão, em regra "enfiados" na carreira de regime geral de técnico superior, lado a lado com "engenheiros do penisco" reclassificados e promovidos em 2008 pelo ex-44.
E como não têm sindicato como o têm os magistrados e os professores... quilham-se...!!!
Pois é... É a vida...!!! Estudassem...