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Pharmácia de Serviço

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A ler...

O sucesso do Chega, ao preencher um espaço político-social abandonado por uma direita sistémica incapaz de proclamar princípios e valores nacionais, identitários, conservadores, solidários – uma direita que foi deixando de defender causas e de falar em Política para só discutir “políticas” dentro dos valores políticos impostos pela Esquerda –  aproveitou e aproveita, colateralmente, ao PS e a António Costa. E quando o PSD se afirmou de “centro”, indiferenciou-se mais ainda do PS – António Costa não é propriamente um revolucionário, embora fosse pagando o apoio dos bloquistas com a colaboração e cedência em “desimportâncias folclóricas” –  como são a memória e a História, a livre expressão do pensamento, o nosso destino humano, comunitário e civilizacional, a vida  e a morte, e outras minudências.

Assim, no meio de uma Pandemia que nos colocou no topo da mortalidade mundial e da mais gritante falta de recursos e de gestão de recursos e meios humanos e materiais para salvar vidas, deparamo-nos com o oportuno e edificante espectáculo de estar o Parlamento a votar uma lei e a canalizar recursos para que o Estado, os médicos e os hospitais possam “ajudar a morrer” velhos, doentes e quem “já não está cá a fazer nada” (sim, num gesto de suprema humanidade, oportunidade e progresso, os parlamentares estão neste preciso momento a trabalhar para nos presentearem com um prático incentivo/direito à “morte assistida”).

...

Como bem observou Ricardo Costa, nas próximas eleições autárquicas os votantes do Chega serão incontornáveis para quem queira coligações vencedoras nos concelhos dos onze distritos onde André Ventura ficou em segundo lugar.

Mas depois do êxito da novidade e – em termos hegelianos – da antítese, o novo partido terá de avançar com um programa, remodelando a Agenda reactiva e punitiva e trazendo propostas e uma estratégia de resposta à tutela político-cultural das esquerdas. Esse programa também lhe poderá trazer a adesão de quadros médios capazes de fazer uma oposição nacional-conservadora e popular à hegemonia da Esquerda. Não só no campo da Economia, mas da Política, dos valores políticos, das causas, das ideias, dos princípios, que são o que guia e comanda o resto.

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