O inefável sampaio, enquanto Presidente da República contestou e obstaculizou sempre a política orçamental dos governos PSD/CDS afirmando que
há mais vida para além do défice. Afirmar isto é dizer que poderemos viver sempre a crédito, ou que existe crédito indefinidamente, quer se pague, quer não.
Houve quem achasse que essa afirmação era filosofia politica da maior profundidade. Acreditando nela, levaram-na à prática com todo afinco, até porque ele permite a ilusão de viver "à rica" quando se é "pobre de pedir". Os socialistas, camaradas de sampaio, por ele colocados no poder de forma ignóbil, foram exímios executores dessa "filosofia", comandados por um arrivista ambiciosos, sem qualquer preparação mas cheio de loucas obstinações.
À luz desse princípio gastou-se mais do que era admissível e possível. Gastou-se como se não houvesse limite, porque há vida para além das dívidas.
Haver há. Só que é uma vida impossível, porque a pressão da dívida e dos credores é insuportável. E ou se paga, o que implica imensos sacrifícios e uma vida amargurada enquanto houver dívida, ou se opta por "ferrar o calote", vivendo novamente no artífício de uma vida folgada enquanto durar o dinheiro empestado ou negando o seu pagamento, mas nunca mais haverá quem empreste um cêntimo.
Vivemos, assim, num permanente desaforo de dinheiro durante os últimos quinze anos de governos socialistas, com especial ênfase no período do governo de sócrates, posto no poder por obra e graça de sampaio. Sócrates gastou nos seus últimos anos como se não houvesse amanhã, alimentando a politica mais basicamente populista no presente e a mais assassina para o futuro.
Agora
Jorge Sampaio diz que austeridade rebenta com o País. Sampaio está profundamente enganado. O que rebentou o país foi um endividamento demencial que foi patrocinado pela sua afirmação de que "há mais vida para além do défice".
Ele sabe que é assim, mas como sempre defende a melhor maneira do ps chegar ao poder. E é tanto assim que apesar de dizer o que agora diz - que a austeridade rebenta o país - não defendo a queda do governo nem um governo de bloco central. Defende apenas a renegociação do acordo com a troika e... mais dinheiro.
O que sampaio pretende, tão singelamente, é, afinal, que seja a direita a ter, só ela, os ónus de endireitar as finanças nacionais, para que depois, ao ps, o poder lhe "caia no regaço" e ele possa recomeçar o típico desperdício socialista, populista e demagógico, que apenas serve para alimentar a turbamulta, ainda que desgraçando sucessivamente o país, como acontece de há 36 anos a esta parte.
Continuamos, lamentavelmente, a (ter que) ouvir quem (só) nos (traz) desgraça...