"As farmácias associadas nunca serão derrotadas"
Como já se previa há muito, a ANF não "esperou sentada" à espera da consumação da promessa do primeiro ministro de passar a ser permitida a venda de medicamentos fora das farmácias, designadamente, nas grandes superfícies.
Cordatamente, a ANF até prometeu apoio ao governo, apesar de não concordar com a medida.
Mas silenciosamente, reagiu, como era de esperar. Na sombra, foi manobrando os seus cordelinhos e rearranjando as pedras no tabuleiro de modo a que as farmácias (e os farmaceuticos) nunca percam a posição dominate, monopólica, da venda de medicamentos.
E vai daí, adquiriu uma posição maioritária na filial portuguesa de uma grande distribuidora de medicamentos que detém uma quota de 80% no mercado de distribuição de medicamentos no nosso país.
E pronto. Agora os supermercados, se queiserem vender medicamentos têm que os ir comprar aos farmacêuticos.
E governo se quiser dimiuir as margens de comercialização da distrubuição dos medicamentos, tem que falar com os farmaceuticos.
Era previsível. Já o tinhamos dito. Na verdade , quem tem um "cordeiro" tem tudo!
Com esta manobra, os farmaceuticos mantêm o monopólio na venda de medicamentos. Apenas o deslocaram da venda a retalho de medicmentos, nas suas farmácias, para o da distribuição de medicamentos, detido pela associação das suas farmácias.
O que vem provar definitivamente, se necessário ainda fosse, que o que move os farmaceuticos e a sua associação são puras questões de saúde, evidentemente da sua "saúde financeira" e nem tanto (ou apenas qb) de "saúde pública"!
Agora o governo que desembrulhe esta "bota"!