Venham mais cinco ...
Venham mais cinco
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá
…
Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei
Zeca Afonso
Ora pois!
Precisamente no conselho de ministros reunido ontem, dia do Senhor, na pousada do infante, em Sagres, (local escolhido tendo presente a vontade deste conselho em se associar às medidas do governo destinadas à contenção de despesas, com vista a combater o défice e simultaneamente relançar o crescimento económico) “vieram mais cinco” novos serviços públicos, as Administrações de Região Hidrográfica (ARH) (só no continente, pois haverá também ARH nos Açores e na Madeira).
Significa isto que vamos ter mais uns tantos dirigentes e mais uma quantidade de “funcionários públicos”, vezes cinco!
É evidente que os primeiros, os dirigentes, vão ser mais uns tantos “boys” do PS. Tão certo como três e dois serem cinco!
Ou seja, mais uns “engenheiros nunos cardosos”, já que estamos a falar de água.
Atenção aos presidentes de juntas de freguesia do PS: se um ex – presidente de câmara foi nomeado para administrador das Águas de Portugal, um presidente de junta pode muito bem ser nomeado para dirigir uma administração de região hidrográfica.
Dos segundos não reza a história. Com a perseguição que agora lhes é feita pelo governo, ser actualmente funcionário público é merecedor de detenção em Guantanamo.
Por causa disso e para que, ainda assim, a água se mantenha “bacteriologicamente pura” serão apenas recrutados para estes novos serviço funcionários públicos absolutamente imbuídos deste novo espírito PS “anti–função pública” (o que garante desde logo um aumento anual de vencimento de 2%, sendo que este aumento será de 3% em caso de simpatia activa com o PS, e de 4% se filiado no PS).
Escusado será dizer que não será recrutado nenhum funcionário “dos outros tipos”. E se, por engano o for, não terá nunca qualquer aumento de vencimento, para saber o que custa combater o défice!
Parafraseando Zeca Afonso:
Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei