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Pharmácia de Serviço

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"O grande salto em frente"...

Depois das "barracas" que foram a novela dos exames (erros, notas e repetição) e a "desgraça" da prestação da ministra no parlamento, nada melhor para fazer esquecer os maus momentos do que anunciar "mais uma medida" governamental na matéria (de preferência que não seja consensual, para distrair melhor ....).

E assim a mesma ministra resolveu anunciar agora a realização de exames (que afinal podem não ser bem exames, mas apenas "aferições") no final do 1º e do 2º ciclo, pelo menos a português e matemática. Segindo a ministra trata-se de instrumentos de aferição e controlo da qualidade das aprendizagens .

Dito deste modo até parece coisa nova. Mas não é.
Exames destes existiram até o ensino - entretanto tornado "democrático" - ter abolido o exame da 4ª classe, o exame de admissão ao liceu, o exame do 2º ano, o exame do 5º ano, o exame do 7º ano e o exame de admissão à universidade.
Abolidos estes exames, os alunos passaram a "transitar" entre níveis de ensino não apenas com uma facilidade assombrosa como também com uma abissal ingnorância.

O que a ministra fez agora não foi inovar; foi "repescar" antigas soluções.
Contudo, para o efeito que ela pretende, tudo serve. Ou seja, qualquer coisa serve para fazer esquecer rapidamente a responsabilidade do ministério da educação:
- nos manifestos erros contidos em algumas provas de exame do corrente ano,
- no erro que constituiu a solução adptada para corrigir essa erro - repetir alguns exames,
- no erro que foi a justificação apresentada para essa solução - as notas tinham sido mais baixas que as e anos anteriores, e finalmente
- no asneira que foi enviar a ministra à Assembleia da República para justificar as asneiras anteriores.

Assim, parafraseando um dito aplicavel a outras situações, "nada melhor para esquecer uns exames, do que anunciar a realização de outros" ...

Ou seja: o governo, verdadeiramente, não soluciona as questões; limita-se a ir dando "saltos em frente", deixando para trás, abandonado, tudo aquilo que lhe correu mal e para o que não conseguiu arranjar uma solução aceitável ...
Porém, uma coisa é certa: "erros" não é com ele ...
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