Cruzes canhoto ...
Para além de investigar a existência de cruzes nas escolas, o governo deve também, desde já, rever o código da estrada pois ele prevê sinais de transito que também contêm cruzes ou têm a forma de cruz. Ora sendo o código da estrada aplicavel a todos os que circulam nas nossas estradas vilas e cidades, não deve conter, por isso, manifestações de qualquer forma de religião (especialmente se for católica).
Por outro lado, o problema da celebração, nas escolas, da Páscoa e o Natal, ultrapassa-se facilmente se for adptado o calendário instituído pela Convenção Nacional em 1793, durante a Revolução Francesa (1789).
O ano passa a começar no equinócio de outono (22 de setembro, no hemisfério norte), e, por ter 12 meses de 30 dias, dispõe ainda de mais cinco ou seis dias complementares em cada ano (que podem, perfeitamente, ser consagrados à celebração de festas da esquerda laica e socialista).
No total, continuam a ser 365 dias por ano e a cada quatro anos há um bissexto.
Por seu lado, os meses do calendário republicanos, baseados nas condições climatéricas e práticas agrícolas, passam a ter os seguintes nomes: vendemiário, brumário, frimário (outono); nivoso, pluvioso, ventoso (inverno); germinal, florial, pradial (primavera); e messidor, termidor e frutidor (verão). Simples e eficaz: como se constata desaparece dezembro e o Natal e março e abril e com eles a Páscoa!
Não sei é se valerá muito a pena levar a coisa mais além e dividir também os meses em três períodos de dez dias, "décadas", (passando os dias de cada década a chamar-se primidi, duodi, tridi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, octidi, nonidi e decadi) porque isso ia dimunir drásticamente os fins de semana (os quais, como toda a gente sabe, são perfeitamente agnósticos).