Cheio de boas intenções está o inferno cheio
Sindicatos defendem que todos os dirigentes sejam escolhidos por concurso
Cá temos mais uma "boa intenção" dos sindicatos.
À primeira vista, até dá a impressão de que os sindicatos estão preocupados com o desempenho das direcções-gerais e similares. Mas na verdade não estão.
O que os sindicatos querem é a total "funcionalização" e "impermeabilização" dos cargos dirigentes de topo, de modo a que, pouco a pouco, de reivindicação em reivindicação, estes fiquem "reservados" a trabalhadores da administração pública, significando apenas mais uma categoria de promoção na sua carreira e cujos titulares o(s) governo(s) teriam que "aguentar" ainda que esses dirigentes fossem verdadeiros "pedregulhos" colocados no caminho da execução das políticas governamentais, pelo (partido do) governo que o antecedeu. E, note-se, isto vale para todos os partidos e para todos os governos.
É evidente que os governos devem ser - têm que ser - livres de nomear os dirigentes de topo.
Aliás deveriam ser livres de nomear todos os dirigentes, para se evitar a tontice dos concursos para dirigentes, em que um qualquer "bacoco", cheio de cursos do INA, acha que tem competência para dirigir um (qualquer) serviço e desata a concorrer a todos os concursos que lhe aparecem pela frente até conseguir o lugar almejado: um qualquer. Chamar-se a isto escolher os melhores e mais competentes para desempenhar certas funções é uma pura brincadeira. Na verdade não são os melhores que são escolhidos; são escolhidos aqueles que não se "enxergando", não têm vergonha suficiente para terem prudência...
Expandir este regime aos mais altos cargos da administração pública terá necessariamente efeitos nefastos: é premiar a ambição em vez do reconhecimento de capacidades; é promover o "arrivismo" desenfreado e permitir a difusão da perseguição a potenciais concorrentes do "arrivista" colocado; é promover a audácia da ignorância perante a contenção do saber; é, no fundo, inverter as coisas: chefe é quem se acha a si mesmo capaz disso e não quem pelas suas qualidades leva a que outros o chamem para o ser...
Nas duras provações que vai encontrar, espera-se que o governo não ceda a "preocupações" sindicais e a populismos fáceis...
Cá temos mais uma "boa intenção" dos sindicatos.
À primeira vista, até dá a impressão de que os sindicatos estão preocupados com o desempenho das direcções-gerais e similares. Mas na verdade não estão.
O que os sindicatos querem é a total "funcionalização" e "impermeabilização" dos cargos dirigentes de topo, de modo a que, pouco a pouco, de reivindicação em reivindicação, estes fiquem "reservados" a trabalhadores da administração pública, significando apenas mais uma categoria de promoção na sua carreira e cujos titulares o(s) governo(s) teriam que "aguentar" ainda que esses dirigentes fossem verdadeiros "pedregulhos" colocados no caminho da execução das políticas governamentais, pelo (partido do) governo que o antecedeu. E, note-se, isto vale para todos os partidos e para todos os governos.
É evidente que os governos devem ser - têm que ser - livres de nomear os dirigentes de topo.
Aliás deveriam ser livres de nomear todos os dirigentes, para se evitar a tontice dos concursos para dirigentes, em que um qualquer "bacoco", cheio de cursos do INA, acha que tem competência para dirigir um (qualquer) serviço e desata a concorrer a todos os concursos que lhe aparecem pela frente até conseguir o lugar almejado: um qualquer. Chamar-se a isto escolher os melhores e mais competentes para desempenhar certas funções é uma pura brincadeira. Na verdade não são os melhores que são escolhidos; são escolhidos aqueles que não se "enxergando", não têm vergonha suficiente para terem prudência...
Expandir este regime aos mais altos cargos da administração pública terá necessariamente efeitos nefastos: é premiar a ambição em vez do reconhecimento de capacidades; é promover o "arrivismo" desenfreado e permitir a difusão da perseguição a potenciais concorrentes do "arrivista" colocado; é promover a audácia da ignorância perante a contenção do saber; é, no fundo, inverter as coisas: chefe é quem se acha a si mesmo capaz disso e não quem pelas suas qualidades leva a que outros o chamem para o ser...
Nas duras provações que vai encontrar, espera-se que o governo não ceda a "preocupações" sindicais e a populismos fáceis...