Isto é o cúmulo...
Vários "aprendizes" de magistrado - ou seja de "estudantes" no Centro de Estudos Judiciário, destinados a serem futuros juízes e magistrados do Ministério Público - foram apanhados num geral, descarado e evidente "copianço".
Perante o copianço da turma, a direcção do CEJ decidiu, em reunião, "anular o teste em causa, atribuindo a todos os auditores de Justiça a classificação final de 10 valores" em Investigação Criminal e Gestão do Inquérito, disciplina cujo exame foi a "rebaldaria" total.
Tudo isto é um espanto.
Não admira que os "aprendizes" de juizes se dediquem a copiar porque não sabem (o que até nem admira face à deficiente qualidade do actual ensino universitário) nem estão para saber (o que é bastante mais grave e demonstra a forma como se encaram as responsabilidades).
Aliás, o mais natural nos actuais percursos académicos é encontrar-se, no que toca à realização de provas escritas (já não se fala em trabalhos escritos, que esses são feitos com recurso à internet e ao "copy & past") histórias inventivas e hilariantes, se não fossem simplesmente trágicas, de "copianços", de "auxiliares de memória", de "Espirito Santo de orelha", de telemóveis, de SMS, de trocas de identidade, enfim, de um conjunto de expedientes a que os estudantes genericamente recorrem para ultrapassar a ignorância por falta de estudo.
"Ora - pensaram com os seus botões estes futuros magistrados - se na universidade era uma "balda", "balda" vai ser também no CEJ". Dito e feito - copiaram como se estivessem nos bancos da faculdade...
É curioso como nem sequer se derem conta de que copiar é uma fraude; e de que copiar sem inteligência é prova de estupidez.
Então estes senhores e senhoras que, no futuro, irão ter a justiça nas suas mãos, dedicam-se a defraudar provas de avaliação, onde se avalia da sua preparação para ao desempenho de uma função de soberania, sem que nada afecte e pese na sua consciência? Como é que - com que moral - pretendem julgar futuramente alguém que fraudulentamente forjou um documento se eles fizeram o mesmo quando se preparavam para ser juízes? Que exemplo podem ser eles? E de que saber, de que ciência jurídica de que conhecimento da pratica judiciária são eles portadores?
Por outro lado, os magistrados têm que ser - deviam ser ... - pessoas inteligentes. Mas perante o facto de várias provas terem todas a mesma redacção, os mesmos erros falhas e as mesmas respostas certas, o que pensar dos "copistas"...???
Mas se isto vai mal do lado dos alunos, mal vai também do lado do CEJ. Então o CEJ reconhece o evidente "copianço", anula a prova por causa dele e "dá" dez aos alunos apanhados a copiar...???
Não seria antes de anular imediata e irremivelmente a prova, não conceder avaliação na disciplina e, se daí resultasse o "chumbo" do ano para os "copistas", "chumbá-los" que nem uns leões...
Não é este a mínima actuação com que se deve reagir perante uma fraude? Isto para não falar já na óbvia demonstração da falta de idoneidade - e não se diga que não é falta de idoneidade mas "criancice", pois que crianças não podem ser magistrados - que em rectas contas deveria levar ao imediato "convite" para estes "copistas" abandonarem o CEJ, por ausência dos mínimos princípios de ética, rigor e honestidade (e, já agora, de inteligência...) exigíveis a futuros magistrados.
É evidente que tudo isto não é mais do que (mais) uma consequência da cultura de falta de exigência, da ausência de rigor, do facilitismo, da falta de ética, do "chico-espertismo", enfim de um conjunto de males que foram sendo socialmente aceites como valores sociais, tornando-se num verdadeiro "modo de vida".
Triste país que terá, no futuro, magistrados destes...
Perante o copianço da turma, a direcção do CEJ decidiu, em reunião, "anular o teste em causa, atribuindo a todos os auditores de Justiça a classificação final de 10 valores" em Investigação Criminal e Gestão do Inquérito, disciplina cujo exame foi a "rebaldaria" total.
Tudo isto é um espanto.
Não admira que os "aprendizes" de juizes se dediquem a copiar porque não sabem (o que até nem admira face à deficiente qualidade do actual ensino universitário) nem estão para saber (o que é bastante mais grave e demonstra a forma como se encaram as responsabilidades).
Aliás, o mais natural nos actuais percursos académicos é encontrar-se, no que toca à realização de provas escritas (já não se fala em trabalhos escritos, que esses são feitos com recurso à internet e ao "copy & past") histórias inventivas e hilariantes, se não fossem simplesmente trágicas, de "copianços", de "auxiliares de memória", de "Espirito Santo de orelha", de telemóveis, de SMS, de trocas de identidade, enfim, de um conjunto de expedientes a que os estudantes genericamente recorrem para ultrapassar a ignorância por falta de estudo.
"Ora - pensaram com os seus botões estes futuros magistrados - se na universidade era uma "balda", "balda" vai ser também no CEJ". Dito e feito - copiaram como se estivessem nos bancos da faculdade...
É curioso como nem sequer se derem conta de que copiar é uma fraude; e de que copiar sem inteligência é prova de estupidez.
Então estes senhores e senhoras que, no futuro, irão ter a justiça nas suas mãos, dedicam-se a defraudar provas de avaliação, onde se avalia da sua preparação para ao desempenho de uma função de soberania, sem que nada afecte e pese na sua consciência? Como é que - com que moral - pretendem julgar futuramente alguém que fraudulentamente forjou um documento se eles fizeram o mesmo quando se preparavam para ser juízes? Que exemplo podem ser eles? E de que saber, de que ciência jurídica de que conhecimento da pratica judiciária são eles portadores?
Por outro lado, os magistrados têm que ser - deviam ser ... - pessoas inteligentes. Mas perante o facto de várias provas terem todas a mesma redacção, os mesmos erros falhas e as mesmas respostas certas, o que pensar dos "copistas"...???
Mas se isto vai mal do lado dos alunos, mal vai também do lado do CEJ. Então o CEJ reconhece o evidente "copianço", anula a prova por causa dele e "dá" dez aos alunos apanhados a copiar...???
Não seria antes de anular imediata e irremivelmente a prova, não conceder avaliação na disciplina e, se daí resultasse o "chumbo" do ano para os "copistas", "chumbá-los" que nem uns leões...
Não é este a mínima actuação com que se deve reagir perante uma fraude? Isto para não falar já na óbvia demonstração da falta de idoneidade - e não se diga que não é falta de idoneidade mas "criancice", pois que crianças não podem ser magistrados - que em rectas contas deveria levar ao imediato "convite" para estes "copistas" abandonarem o CEJ, por ausência dos mínimos princípios de ética, rigor e honestidade (e, já agora, de inteligência...) exigíveis a futuros magistrados.
É evidente que tudo isto não é mais do que (mais) uma consequência da cultura de falta de exigência, da ausência de rigor, do facilitismo, da falta de ética, do "chico-espertismo", enfim de um conjunto de males que foram sendo socialmente aceites como valores sociais, tornando-se num verdadeiro "modo de vida".
Triste país que terá, no futuro, magistrados destes...