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Pharmácia de Serviço

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A promulgação

Cavaco promulgou, em muito menos de 24 horas, um diploma "ilegítimo" que lhe foi posto à frente pelo governo, que o tinha aprovado no dia anterior. O diploma foi "imediatamente" publicado no jornal oficial.

Parece decorrer de algumas notícias sobre o facto um certo ar de espanto e de admiração pelo facto do Presidente se ter prestado a este "frete" - pois que se trata "inequivicamente" de um frete ao governo.

Não se percebe porém tanta admiração.
Estavam à espera de quê? De que Cavaco deixasse o governo "descalço" por uma questão que para ele é "meramente" jurídica?
Gostavem que Cavaco, por causa de um despacho ilegal "tapado" com um decreto-lei ainda mais ilegal, abrisse uma "guerra" com o governo?

Cavaco não liga a essas "minudências".
Para ele o "interesse" do governo, que ele confunde com o interesse do país, está acima de tudo. Ainda para mais quando o que está em causa é a realização de mais uns exames - cuja realização é exactamente a tarefa de um aluno.

Para Cavaco as leis não passam de "forças de bloqueio" jurídicas. E se elas "bloqueiam" ele lá está a ajudar a "desbloquear".
Não era ele que, na campanha, se afirmava como um "desbloqueador"?

Será que os que votaram nele, à espera do "anjo da guarda", se começam a convencer que afinal "chamaram o diabo"?
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