As avalições do Senhor Presidente
Não pode deixar de considerar-se, no mínimo, como curioso, o “silêncio” que tem pesado sobre uma “leitura global” das diversas “actuações” do presidente da República a propósito do desempenho do governo.
Depois da censura ao ministro da Agricultura por causa dos conflitos com a CAP, depois do apoio à actuação da ministra da educação por causa da reforma do sistema de ensino, vem agora manifestar o apoio ao choque “tecnológico” de sócrates no decurso do seu “roteiro para a ciência”.
Perante tudo isto, dá a impressão que ninguém parece perceber que o presidente da república está, de alguma forma a “definir” a “agenda política” ao mesmo tempo que “condiciona” (depois de previamente “demarcar”) os caminhos do governo. Aquelas referidas manifestações de apreço ou repúdio não são mais do que “avales” (ou “não avales”) à actuação de ministros e governo, e “balizas” para o seu futuro comportamento.
Se considerarmos ainda o veto à lei da dita “paridade”, parece ficar claro que o presidente da república está a delimitar o limite do “recreio” onde deixará o governo “brincar”: não deixando de elogiar alguns aspectos, condiciona definitivamente noutras matérias, retirando, sempre que se pronuncia sobre uma questão, espaço de manobra ao governo, que fica condicionado quer pelos “elogios” quer pela “censura”. E ainda ninguém disse que o presidente está a imiscuir-se no "espaço" politico do governo.
Será que Cavaco está a reforçar, “insidiosamente”, o presidencialismo do sistema?
O PS e o governo mantêem-se calados para evitar um conflito aberto (ou mesmo “surdo”) ou afinal o seu silêncio revela que não são mais do que “sociais-democratas” encapotados e bem-educados, que até admiram o “chefe”?
E já que estamos em época de avaliações, para quando uma “avaliação”, pelo senhor presidente da república do desempenho do ministro da saúde?
É que, neste governo, as “botas cardadas” e má educação parece não ser privilégio exclusivo da agricultura.
Depois da censura ao ministro da Agricultura por causa dos conflitos com a CAP, depois do apoio à actuação da ministra da educação por causa da reforma do sistema de ensino, vem agora manifestar o apoio ao choque “tecnológico” de sócrates no decurso do seu “roteiro para a ciência”.
Perante tudo isto, dá a impressão que ninguém parece perceber que o presidente da república está, de alguma forma a “definir” a “agenda política” ao mesmo tempo que “condiciona” (depois de previamente “demarcar”) os caminhos do governo. Aquelas referidas manifestações de apreço ou repúdio não são mais do que “avales” (ou “não avales”) à actuação de ministros e governo, e “balizas” para o seu futuro comportamento.
Se considerarmos ainda o veto à lei da dita “paridade”, parece ficar claro que o presidente da república está a delimitar o limite do “recreio” onde deixará o governo “brincar”: não deixando de elogiar alguns aspectos, condiciona definitivamente noutras matérias, retirando, sempre que se pronuncia sobre uma questão, espaço de manobra ao governo, que fica condicionado quer pelos “elogios” quer pela “censura”. E ainda ninguém disse que o presidente está a imiscuir-se no "espaço" politico do governo.
Será que Cavaco está a reforçar, “insidiosamente”, o presidencialismo do sistema?
O PS e o governo mantêem-se calados para evitar um conflito aberto (ou mesmo “surdo”) ou afinal o seu silêncio revela que não são mais do que “sociais-democratas” encapotados e bem-educados, que até admiram o “chefe”?
E já que estamos em época de avaliações, para quando uma “avaliação”, pelo senhor presidente da república do desempenho do ministro da saúde?
É que, neste governo, as “botas cardadas” e má educação parece não ser privilégio exclusivo da agricultura.