As sentenças de ontem do caso
"face oculta" servem para confirmar a impressão incómoda, que existe de há muitos anos a esta parte, de que as condenações, nestes casos, apenas são drásticas para o
"elo mais fraco" para o tipo que serve, exemplarmente, como cordeiro sacrifical e que, quando há outros, esses outros conseguem safar-se, de um forma ou de outra, por
"entre os pingos da chuva", sem se molharem demasiado…
Na verdade condenar exemplarmente um tipo básico mas
espertalhão (arquétipo da
"esperteza saloia" que com o cavaquismo e os fundos comunitários passou a ser motor do mais descarado
arrivismo e do mais anómico
alpinismo social, cujos agentes eram apontados como exemplo do melhor
"espírito de inicitiva" e considerados
"empreendedores de sucesso" a quem nada detinha nem podia deter) que mandava caixas de robalos e umas prendas eventualmente caras mas
"pirosas" e kitsch quanto baste, a uns
nababos que se entretinham a fazer telefonemas
"para dentro do poder" a ver se obtinham uma benesses mais ou menos
"básicas" para o tipo que até era um
"gajo porreiro" (e até poderia vir a ser o
"parvo útil" que daria jeito par alguma coisa…), condendnado esse mas deixando de fora os
"peixões" que são apanhados em escutas, mas que os
"amigos" se encarregam de "safar" de forma despudorada, mandando recortar do processo as transcrições das escutas que os incriminariam, para que assim eles passem incólumes quando deviam ser eles os condenados – não é mais do que repetir, mais uma vez,
a cena do costume…
A tradição continua a ser o que era…