Como
já se tinha previsto, a coisa tinha mesmo que acabar mal...
Mal se apanhou com o líder do PSD a fazer de figurante, em declarações para o horário nobre das televisões, o primeiro ministro, como de costume, "tomou o freio nos dentes" e continuou a fazer o que bem lhe apetece, sem lhe ligar patavina nenhuma.
Como se o exemplo de Marques Mendes - que foi comido por "papalvo" no "pacto para a justiça" (uma completa "pessegada", que só serviu para "cevar" os interesses [ou "vinganças"] do PS e para acabar por destrambelhar a já destrambelhada justiça nacional, e do qual o PSD nunca mais se "desembrulhou") - não constituísse já razão suficiente para nenhum líder do PSD acordar o que quer que seja com o primeiro ministro (razão tinha Ferreira Leite...), o actual líder laranja não resistiu ao "apelo patriótico" e "pôs-se a jeito" para a fotografia.
Foi quanto bastou para ficar "fotografado", legitimando a posição do primeiro ministro.
Ora este, "macaco" como é, mal se sentiu "apoiado", o que para ele significa "legitimado" (e era isso mesmo que ele precisava como de "pão para a boca", mas não queria pedir. E nem precisou...), desatou depois a fazer
o que lhe dá na "real gana" - é vá de reanunciar a continuação da senda das obras faraónicas - auto-estradas (mas aqui,
apenas as "
coelhónicas"...), TGV, aeroporto, terceira travessia do Tejo... - com surpresa e estupefacção de todos.
E lá voltámos nós ao princípio.
Assim, para definitivamente evitar o
grande espanto de Cavaco Silva e de Pedro Passos Coelho, é preciso que o PR e líder do PSD se convençam, de vez, que para "resolver" o problema que é este primeiro ministro é preciso, antes do mais, lembrar o velho ditado: "
para quem não tem vergonha, todo o mundo é seu"...