O crime de Mangione foi um acto isolado. Mas a reacção a esse acto desvendou uma tendência no que chamamos “wokismo”, a cultura política prevalecente à esquerda. Até há pouco tempo, o wokismo parecia dominar escolas, comunicação social, indústria do espectáculo, grandes empresas, e até a justiça. Era como se seguisse a receita de Antonio Gramsci: chegar à revolução amestrando a sociedade, de cima para baixo, através das instituições. Mas a vitória de Trump foi recebida como uma regressão da influência woke. Não é impossível que, perante o repúdio eleitoral, haja activistas tentados a seguir Georges Sorel em vez de Gramsci, e a confiar na violência física para impor as suas causas. Os activistas do clima já atacam obras de arte. Porque não atacar os CEOs das empresas petrolíferas?
Rui Ramos, no Observador, hoje
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Já não era sem tempo...