O que tem unido e continuará a unir estes dirigentes [da direita] é a oposição ao
mundialismo dos “novos direitos humanos” pretensamente universais e às
políticas de cancelamento importadas da esquerda radical americana. O
denominador comum das direitas europeias ou das forças
“nacional-populares” tem sido precisamente a defesa da proximidade
enraizada da identidade nacional contra o longínquo multiculturalismo,
ou a defesa das raízes históricas e culturais das nações contra a vaga
de desconstrução que, entre o entreguismo dos conservadores assustados e
a paranóia dos racistas e xenófobos conspirativos, vêem avançar em
passo acelerado.
As direitas têm como valor fundacional e
essencial o factor nacional-identitário, que assenta numa História, numa
língua, numa cultura, numa unidade na diversidade. É muito diferente,
por exemplo, o nacionalismo português, com uma tradição de pioneirismo
marítimo e comercial, pluricontinental e pluriétnico, e o nacionalismo
polaco, um nacionalismo de nação interior, rodeada de grandes potências
que, no passado, a quiseram oprimir e ocupar.
Jaime Nogueira Pinto, hoje no Observador
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on sexta-feira, 19 de novembro de 2021 at 19.11.21.
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