O conforto dos desprestigiados...
Universidade de Coimbra está entre as mais sustentáveis do mundo
A Universidade de Coimbra - fundada nos primórdios do ensino universitário na Europa e no mundo, lado a lado com o escol das universidade europeias como Bolonha, Oxford, Paris, Cambridge, Salamanca, Paris, et cetera - prestigiada pelas suas Escolas, pelo ensino nelas ministrado e pelos mestres que lhe emprestavam brilho - designadamente através da sua Faculdade de Direito onde Mestres do quilate de Guilherme Moreira, Manuel Rodrigues Júnior, António de Oliveira Salazar, Mário de Figueiredo, António da Costa Leite Lumbralles, Cabral de Moncada, José Alberto dos Reis, Manuel de Andrade, Vaz Serra, Afonso Rodrigues Queiró, João de Matos Antunes Varela e muitos outros, para não falar dos ainda vivos, lhe deram prestígio e relevância nacional e internacional, projectando a sua ciência e conhecimento em Portugal e no mundo - é agora uma universidade regional, atirada, de há uns anos a esta parte, para o campo da mediocridade e da irrrelevância, fora dos rankings (sejam eles o que sejam e valham o que valham), dominada por uma clique esquerdalha que a transformou no vazadouro do vulgus da intelectualidade, no espelho da indiferença do mundo universitário e num sorvedouro de dinheiros públicos para objectivos mais ou menos inconsequentes, pretende agora esgravatar o conforto da sua relevância perdida afirmando-se ser uma das mais sustentáveis do mundo como se isso apagasse o seu evidente ocaso.
Camões, que também passou pelas margens do Mondego, disse Que um fraco Rei faz fraca a forte gente.
É precisamente isso que, nos últimos anos, vem acontecendo com a Universidade de Coimbra.