Pois está claro...!!!
Sendo da opinião de que há gastos supérfluos que devem ser eliminados, Carlos Braga, porta voz do Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde, defende que a melhoria do sistema de saúde passa pela reavaliação dos vencimentos dos quadros técnicos superiores.
Portugal nunca vai deixar de ser um país de maledicentes, mesquinhos e invejosos. Para este senhor, o problema da suspensão das comparticipações directas nas despesas de saúde resolver-se-ia cortando-se no vencimento dos técnicos superiores do Estado...
É evidente que a "reavaliação dos vencimentos" quer significar cortes no vencimento (apenas) dos técnicos superiores - esses malandros que têm a mania que são bons por terem estudado e obtido um grau académico que lhes permite não serem trabalhadores indiferenciados. Eles é que são a causa de todos os males e gastos supérfluos...
Presume-se assim que, na ilustre opinião do opinante porta voz, esses malandros dos "técnicos superiores" - que "têm a mania" que são técnicos "superiores" só por serem "doutores" e que ganham mais por isso - certamente deviam era receber menos que o salário mínimo nacional - porque sendo "técnicos superiores" são, por natureza, "ricos" e "bem pagos".
Posições como estas são axiomáticas: um técnico superior é considerado "rico" e "pago bem demais" porque, por um lado, ganha mais que um operário indiferenciado (o que é, desde logo, ilegítimo) e, por outro, não é um verdadeiro "trabalhador" - é um "técnico superior" ("com a mania" que é doutor...). Já no caso de um operário ganhar mais que um técnico superior isso é mais que legítimo - e ainda assim o operário nunca deixará de ser um "pobre", designadamente para efeitos de ter direito "a tudo e mais um par de botas"...
É sina nossa: nunca haveremos de sair da "cêpa torta"...
Portugal nunca vai deixar de ser um país de maledicentes, mesquinhos e invejosos. Para este senhor, o problema da suspensão das comparticipações directas nas despesas de saúde resolver-se-ia cortando-se no vencimento dos técnicos superiores do Estado...
É evidente que a "reavaliação dos vencimentos" quer significar cortes no vencimento (apenas) dos técnicos superiores - esses malandros que têm a mania que são bons por terem estudado e obtido um grau académico que lhes permite não serem trabalhadores indiferenciados. Eles é que são a causa de todos os males e gastos supérfluos...
Presume-se assim que, na ilustre opinião do opinante porta voz, esses malandros dos "técnicos superiores" - que "têm a mania" que são técnicos "superiores" só por serem "doutores" e que ganham mais por isso - certamente deviam era receber menos que o salário mínimo nacional - porque sendo "técnicos superiores" são, por natureza, "ricos" e "bem pagos".
Posições como estas são axiomáticas: um técnico superior é considerado "rico" e "pago bem demais" porque, por um lado, ganha mais que um operário indiferenciado (o que é, desde logo, ilegítimo) e, por outro, não é um verdadeiro "trabalhador" - é um "técnico superior" ("com a mania" que é doutor...). Já no caso de um operário ganhar mais que um técnico superior isso é mais que legítimo - e ainda assim o operário nunca deixará de ser um "pobre", designadamente para efeitos de ter direito "a tudo e mais um par de botas"...
É sina nossa: nunca haveremos de sair da "cêpa torta"...