Apagamento ...
Dá a impressão que aquela história mal contada da alteração da lei do financiamento dos partidos políticos através de um "cavalier budgétaire" no OE 2009, de que não se sabe - ou melhor, só o governo sabe mas não quer dizer - a origem nem as intenções, revela várias coisas:
a) que "toda a gente" - designadamente a "boa imprensa" - já decidiu esquecer o assunto para não maçar muito o PS e o governo nem encalacrar o primeiro ministro. Se fosse o Santana, "outro galo cantaria" ...
b) que os partidos da oposição, ou andam distraídos, ou gostam de "ser toureados" ou se consideram satisfeitos com as explicações "mal amanhadas" dadas para o facto pelo primeiro ministro e pelo ministro das finanças. Em todo o caso, de "oposição", (muito) pouco ou (mesmo) nada ...
c) que sócrates tem uma "agenda própria" - como agora é bonito dizer-se - que passa por impor - ou impor ao grupo parlamentar do PS que imponha, no parlamento - de qualquer maneira e feitio, as suas vontades, sem olhar a meios e sem respeitar minimamente a ordem jurídica (já para não falar de terceiros). Para ele não há direito, não há leis, não há ordenamento jurídico (não há pessoas) a respeitar: só existe a sua vontade, que é a medida de todas as coisas.
d) que é mais que evidente que não se tratou de nenhum lapso, erro ou voluntarismo de assessor de gabinete mais "abelhudo".
As alterações, tal como estavam, foram deliberadamente queridas e inseridas na proposta de lei do OE 2009 - quando ao que parece o PS se encontrava a negociar com o PSD a alteração à mesma lei. O que só revela a qualidade (ou falta dela) de carácter do PS e de quem manda nele ...
(Nota fora da série: também é evidente que estas "negociações secretas e extraparlamentares de leis" que se vêm fazendo de há umas legislaturas a esta parte entre o PS e PSD a propósito de matérias essenciais do regime, deixando de fora os demais partidos e remetendo o poder legislativo do parlamento para um papel subalterno de mera legitimação de acordos legislativos extraparlamentares, também têm culpas na matéria ...
Porventura, um dia destes, ainda hão-de conduzir a uma qualquer situação "explosiva" ... como a que ora ocorreu ! Contudo, neste caso, apesar de haver "explosivo" em quantidade, o "rastilho" "apagou-se" "à primeira" ...)
a) que "toda a gente" - designadamente a "boa imprensa" - já decidiu esquecer o assunto para não maçar muito o PS e o governo nem encalacrar o primeiro ministro. Se fosse o Santana, "outro galo cantaria" ...
b) que os partidos da oposição, ou andam distraídos, ou gostam de "ser toureados" ou se consideram satisfeitos com as explicações "mal amanhadas" dadas para o facto pelo primeiro ministro e pelo ministro das finanças. Em todo o caso, de "oposição", (muito) pouco ou (mesmo) nada ...
c) que sócrates tem uma "agenda própria" - como agora é bonito dizer-se - que passa por impor - ou impor ao grupo parlamentar do PS que imponha, no parlamento - de qualquer maneira e feitio, as suas vontades, sem olhar a meios e sem respeitar minimamente a ordem jurídica (já para não falar de terceiros). Para ele não há direito, não há leis, não há ordenamento jurídico (não há pessoas) a respeitar: só existe a sua vontade, que é a medida de todas as coisas.
d) que é mais que evidente que não se tratou de nenhum lapso, erro ou voluntarismo de assessor de gabinete mais "abelhudo".
As alterações, tal como estavam, foram deliberadamente queridas e inseridas na proposta de lei do OE 2009 - quando ao que parece o PS se encontrava a negociar com o PSD a alteração à mesma lei. O que só revela a qualidade (ou falta dela) de carácter do PS e de quem manda nele ...
(Nota fora da série: também é evidente que estas "negociações secretas e extraparlamentares de leis" que se vêm fazendo de há umas legislaturas a esta parte entre o PS e PSD a propósito de matérias essenciais do regime, deixando de fora os demais partidos e remetendo o poder legislativo do parlamento para um papel subalterno de mera legitimação de acordos legislativos extraparlamentares, também têm culpas na matéria ...
Porventura, um dia destes, ainda hão-de conduzir a uma qualquer situação "explosiva" ... como a que ora ocorreu ! Contudo, neste caso, apesar de haver "explosivo" em quantidade, o "rastilho" "apagou-se" "à primeira" ...)