Foi uma pena ...
A Portugal Telecom já não é uma empresa pública, nem de capitais maioritariamente públicos, mas o Estado português ainda lá detém uma participação social privilegiada, vulgo golden share, que lha dá largos poderes de intervenção na sua gestão e da qual não abdica, o que lhe vem causando problemas com Bruxelas. Aliás durante a OPA da Sonae pressentiu-se o poder da “longa manus” …
Porém, a PT detém alguns dos monopólios ainda subsistentes no nosso país, dos quais se tem recusado a abrir mão, ou, a fazê-lo – como consequência de uma OPA que só não obteve vencimento porque, enfim … – fá-lo contrariada e procurando agarrar com um mão o que deixa cair da outra.
Porém este foi uma empresa estatal durante largos anos. E desde então foi criando para os seus funcionários e gestores privilégios e benesses que não existem nem no Estado – os coitados dos funcionários públicos seriam comidos vivos se auferissem um décimo dos salários e benesses dos trabalhadores da PT – nem noutras empresas privadas.
A última “novidade” é que o grupo PT tem nove mil trabalhadores em casa que fazem parte do universo da PT Comunicações (PTC), o que significa que tem actualmente mais trabalhadores suspensos e com pré-reforma do que colaboradores no activo.
Ora os pré-reformados da PT recebem entre 80 e 100 por cento dos salários que auferiam na altura em que aceitaram sair da empresa e têm direito às actualizações anuais recebidas pelos trabalhadores no activo. O mesmo se passa com as suspensões de contrato, um mecanismo que permite aos trabalhadores da PTC (com contratos anteriores a 1997), ex-TLP e ex-Marconi sair do grupo com benefícios iguais aos da pré-reforma, mesmo sem reunir as condições para o efeito: ter 50 anos de idade e 30 de serviço ou 55 anos de idade e 25 de serviço.
Com tudo isto a PT gasta 160 milhões de euros anuais.
Pode parecer que é a PT quem paga, e ninguém tem nada a ver com isso. Puro engano.
Este enorme montante é pago, afinal, pelo Estado, pelos accionistas e por todos nós.
É pago pelo Estado por força dos impostos que deixa de receber – em resultado dos exorbitantes e absurdos dispêndios com estas benesses, que naturalmente entram como custos da empresa – mas que receberia se aos demais lucros se somassem as verbas deste regabofe.
É pago pelos accionistas que não recebem os dividendos que receberiam se a empresa não tivesse que andar a sustentar a boa-vida desta gente toda.
E é pago por todos nós, pois caso a PT não tivesse que ter estas receitas para suportar estas despesas talvez o preço das chamadas telefónicas pudesse ser mais baixo.
No final, as benesses de alguns – que bem protestaram contra a OPA da Sonae e aplaudiram o presidente do CA da PT quando a OPA falhou – são o suor de todos nós.
Verdadeira e unicamente de todos nós.
De alguns de nós, accionistas; de outros de nós, os que ainda utilizam serviços da PT; mas, seguramente, de todos nós, os que andam ajoujados em impostos e sobre os quais não cessam as exigências do Estado de mais esforços financeiros, de novos impostos e outras alcavalas, inventadas “a todo o instante e a toda a hora”, a troco de cada vez menos e pior.
Foi mesmo uma pena a OPA ter falhado …
Porém, a PT detém alguns dos monopólios ainda subsistentes no nosso país, dos quais se tem recusado a abrir mão, ou, a fazê-lo – como consequência de uma OPA que só não obteve vencimento porque, enfim … – fá-lo contrariada e procurando agarrar com um mão o que deixa cair da outra.
Porém este foi uma empresa estatal durante largos anos. E desde então foi criando para os seus funcionários e gestores privilégios e benesses que não existem nem no Estado – os coitados dos funcionários públicos seriam comidos vivos se auferissem um décimo dos salários e benesses dos trabalhadores da PT – nem noutras empresas privadas.
A última “novidade” é que o grupo PT tem nove mil trabalhadores em casa que fazem parte do universo da PT Comunicações (PTC), o que significa que tem actualmente mais trabalhadores suspensos e com pré-reforma do que colaboradores no activo.
Ora os pré-reformados da PT recebem entre 80 e 100 por cento dos salários que auferiam na altura em que aceitaram sair da empresa e têm direito às actualizações anuais recebidas pelos trabalhadores no activo. O mesmo se passa com as suspensões de contrato, um mecanismo que permite aos trabalhadores da PTC (com contratos anteriores a 1997), ex-TLP e ex-Marconi sair do grupo com benefícios iguais aos da pré-reforma, mesmo sem reunir as condições para o efeito: ter 50 anos de idade e 30 de serviço ou 55 anos de idade e 25 de serviço.
Com tudo isto a PT gasta 160 milhões de euros anuais.
Pode parecer que é a PT quem paga, e ninguém tem nada a ver com isso. Puro engano.
Este enorme montante é pago, afinal, pelo Estado, pelos accionistas e por todos nós.
É pago pelo Estado por força dos impostos que deixa de receber – em resultado dos exorbitantes e absurdos dispêndios com estas benesses, que naturalmente entram como custos da empresa – mas que receberia se aos demais lucros se somassem as verbas deste regabofe.
É pago pelos accionistas que não recebem os dividendos que receberiam se a empresa não tivesse que andar a sustentar a boa-vida desta gente toda.
E é pago por todos nós, pois caso a PT não tivesse que ter estas receitas para suportar estas despesas talvez o preço das chamadas telefónicas pudesse ser mais baixo.
No final, as benesses de alguns – que bem protestaram contra a OPA da Sonae e aplaudiram o presidente do CA da PT quando a OPA falhou – são o suor de todos nós.
Verdadeira e unicamente de todos nós.
De alguns de nós, accionistas; de outros de nós, os que ainda utilizam serviços da PT; mas, seguramente, de todos nós, os que andam ajoujados em impostos e sobre os quais não cessam as exigências do Estado de mais esforços financeiros, de novos impostos e outras alcavalas, inventadas “a todo o instante e a toda a hora”, a troco de cada vez menos e pior.
Foi mesmo uma pena a OPA ter falhado …