Só pode ...!!!
Deve ser por causa disto ...
A factura portuguesa com a compra de petróleo já caiu 3,5 milhões de euros por dia desde o início do ano passado. E 6,9 milhões desde o máximo histórico do barril atingido em Agosto. O brent negociado em Londres recuou ontem para os 53 dólares por barril, o seu mínimo desde Junho de 2005. O tempo ameno no Nordeste dos EUA e a ausência de razões que justifiquem um significativo prémio especulativo, explicam esta inversão da trajectória do preço do crude, que desde o início de Dezembro já perdeu 17%. A desvalorização do dólar também ajuda à poupança na factura petrolífera.
Comparando o preço do petróleo praticado há um ano e a cotação de ontem, o custo diário da aquisição no mercado internacional dos cerca de 350 mil barris diários consumidos em Portugal passa de 21,3 milhões de euros para 17,9 milhões de euros. Embora a maior fatia desta poupança seja explicada com a desvalorização do crude, que entre 9 de Janeiro de 2006 e ontem caiu mais de oito dólares por barril, quase metade desta economia é explicada pelo efeito da desvalorização do dólar - moeda usada para comprar crude - face ao euro. O efeito cambial na poupança diária de 3,5 milhões de euros é da ordem dos 1,2 milhões de euros, cerca de 36% do total.
O impacto da descida do petróleo é mais significativo quando comparamos os máximos atingidos em Agosto - 78,4 dólares por barril - e a cotação de ontem. Entre estas duas datas, o custo diário da factura petrolífera - que traduz a importação diária de 350 000 barris por dia - baixou 6,9 milhões de euros.
... que anteontem acontecu isto!
A maioria das principais companhias petrolíferas a operar em Portugal aumentou hoje os preços dos combustíveis em três cêntimos, devido ao aumento de três cêntimos por litro do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos.
Ao aumento do imposto, no total de 2,5 cêntimos, acresce 0,5 cêntimos de IVA a 21 por cento.
Nas gasolinas sem chumbo o ISP passa de 55,795 cêntimos para 58,295 cêntimos por litro e no gasóleo passa de 33,941 cêntimos para 36,441 cêntimos por litro, o que resulta num aumento de 2,5 cêntimos por litro.
Para o meio do ano está prevista uma nova actualização do preço dos combustíveis equivalente à previsão do valor da inflação para este ano, de 2,1 por cento.