Ao balcão da Pharmácia
Umas "notas conclusivas" do relatório de avaliação do secundário elaborado no ministério em Setembro de 2006 dizem que: 1) a maior parte dos docentes considera que os seus colegas não usam a TLEBS; 2) a sua utilização sistemática parece surgir no quotidiano de um grupo bastante reduzido de professores; 3) elevado número destes afirma ser a base de dados de difícil utilização; 4) grande parte do corpo docente está bastante envelhecido e inabilitado para o uso de novas tecnologias; 5) a maioria deles não tem formação contínua sobre a TLEBS; 6) a avaliação em exame, proposta para o novo cenário, é encarada com muito cepticismo pelos docentes que, na maior parte, a consideram inadequada.
Estes são, provavelmente, os melhores e os mais sérios professores de Português! Mas o ministério, que os vê como melancólicas criaturas, gente decrépita e refractária ao progresso, trôpegos gerontes "mascando gengiva", em processo de plena rejeição da terminologia e sem formação para ela, quer incumbi-los da tal experimentação generalizada e, pior, da avaliação dos alunos quanto aos resultados da TLEBS, como não pode deixar de ser face ao que, em 6.1.2007, o director-geral Luís Capucha garantiu ao Público!!!
Vasco Graça Moura, escritor
hoje, no Diário de Notícias