A cigarra e a formiga
Depois de termos "esturraçado" os "milhões" que nos foram dados ao longo de três - "quadros comunitários de apoio" - três, em obras mais ou menos malucas, em desvarios totalamente loucos ou simplesmente a "engordar" os bolsos de "chicos espertos" (sendo que daqui resultou o aumento de vendas de Mercedes e BMW, da construção de "bibendas" e de férias no estrangeiro) sem que o país tenha beneficiado, um pequena parte que fosse, do que deveria ter beneficiado com esses milhões, designadamente no que toca à sua economia e capacidade de desenvolvimento, vamos agora avançar para o último quadro comunitário de apoio (depois dele, em 2013, acaba-se de vez a "mama" dos fundos comunitários), o QREN - uma desgnação perfeitamente "estapafúrdia" - no qual será dada a máxima prioridade ao ensino e formação, tendo em vista a qualificação.
Ou seja: durante os últimos vinte anos começámos por "estoirar" os fundos - em obras, faraónicas, despropositadas ou apenas destinadas a satifazer "egos" ou a encher "bolsos"; a fazer "formação" que enriqueceu muita gente mas não formou ninguém; a atribuir subsídios para plantar e cultivar e depois a atribuir novos subsídios para arrancar e deixar de pousio; a pagar a pescadores para deixarem de pescar, a seareiros para não semear searas, a olivicultores para arrancar olival. Enfim os fundos comunitários - FEDER, FEOGA, FSE - serviram para tudo menos para o que deviam ter servido: formar mentalidades, dar instrução e formação, modernizar os diversos sectores produtivos, dotar o país dos meios necessários ao um desenvolvimento consequente e sustentado da sua economia, no sentido de fazer face aos desafios e problemas de uma globalização que cada vez mais se iam tornando nítidos.
Mas não. Gastou-se "à tripa fôrra" mas tudo ficou na mesma. Ou antes: mais ou menos na mesma - pois que a granda alterção foi a criação de duas novas espécies de "especialistas" portugueses: os "subsídio-dependentes" e os "caçadores de subsídios". Uns viviam à espera do subsídio "para mexerem uma palha"; ou outros inventavam mil artimanhas para conseguir "esportular" mais umas massas a Bruxelas. Para além disso, nada se alterou.
Vivemos os últimos vinte anos como ricos (e "pavões"), "à grande e à francesa", enquanto as coisas assim o permitiram. Agora "tenimos" e "não temos onde cair mortos".
Qualquer "paízeco" saído da ex-URSS ou da Cortina de Ferro e recém-ingressado nas Comunidades Europeias tem uma economia tanto ou mais próspera que a nossa.
Pois é neste ponto, quando não temos uma economia capaz de produzir "albardas para burros", que nos dá o "ataque" de dedicar especial atenção fundos ao "ensino e formação".
Agora, para quê? Para engrossar o desemprego de ilustres "formados" cheios de "qualificações" e "saberes" mas sem esperança no futuro?
Ou para passarmos a exportar "massa cinzenta"?
Aqui chegados, uma notita breve: na Iralanda, um dos paises mais atrasados no momento da sua adesão à CEE e agora um dos paises da frente, não há auto-estradas, e muito menos SCUT's, não há TGV's nem foram ou vão ser construídos novos aeroportos. Houve sim a transformação de uma país eminentemente rural (e pobre) num dos paises com uma economia próspera assente numa avaçada capacidade industrial e tecnológica.
Dedicaram-se a trabalhar como a formiga e não a cantar como a cigarra ...
A história da cigarra e da formiga termina assim: "ai cantaste ...!!! agora dança ...!!!".
Ou seja: durante os últimos vinte anos começámos por "estoirar" os fundos - em obras, faraónicas, despropositadas ou apenas destinadas a satifazer "egos" ou a encher "bolsos"; a fazer "formação" que enriqueceu muita gente mas não formou ninguém; a atribuir subsídios para plantar e cultivar e depois a atribuir novos subsídios para arrancar e deixar de pousio; a pagar a pescadores para deixarem de pescar, a seareiros para não semear searas, a olivicultores para arrancar olival. Enfim os fundos comunitários - FEDER, FEOGA, FSE - serviram para tudo menos para o que deviam ter servido: formar mentalidades, dar instrução e formação, modernizar os diversos sectores produtivos, dotar o país dos meios necessários ao um desenvolvimento consequente e sustentado da sua economia, no sentido de fazer face aos desafios e problemas de uma globalização que cada vez mais se iam tornando nítidos.
Mas não. Gastou-se "à tripa fôrra" mas tudo ficou na mesma. Ou antes: mais ou menos na mesma - pois que a granda alterção foi a criação de duas novas espécies de "especialistas" portugueses: os "subsídio-dependentes" e os "caçadores de subsídios". Uns viviam à espera do subsídio "para mexerem uma palha"; ou outros inventavam mil artimanhas para conseguir "esportular" mais umas massas a Bruxelas. Para além disso, nada se alterou.
Vivemos os últimos vinte anos como ricos (e "pavões"), "à grande e à francesa", enquanto as coisas assim o permitiram. Agora "tenimos" e "não temos onde cair mortos".
Qualquer "paízeco" saído da ex-URSS ou da Cortina de Ferro e recém-ingressado nas Comunidades Europeias tem uma economia tanto ou mais próspera que a nossa.
Pois é neste ponto, quando não temos uma economia capaz de produzir "albardas para burros", que nos dá o "ataque" de dedicar especial atenção fundos ao "ensino e formação".
Agora, para quê? Para engrossar o desemprego de ilustres "formados" cheios de "qualificações" e "saberes" mas sem esperança no futuro?
Ou para passarmos a exportar "massa cinzenta"?
Aqui chegados, uma notita breve: na Iralanda, um dos paises mais atrasados no momento da sua adesão à CEE e agora um dos paises da frente, não há auto-estradas, e muito menos SCUT's, não há TGV's nem foram ou vão ser construídos novos aeroportos. Houve sim a transformação de uma país eminentemente rural (e pobre) num dos paises com uma economia próspera assente numa avaçada capacidade industrial e tecnológica.
Dedicaram-se a trabalhar como a formiga e não a cantar como a cigarra ...
A história da cigarra e da formiga termina assim: "ai cantaste ...!!! agora dança ...!!!".