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Pharmácia de Serviço

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"White collar crime"

Edwin Sutherland definiu pela primeira vez, em 1939, o conceito de "crime de colarinho branco": "crime committed by a person of respectability and high social status in the course of his occupation".

Pois bem. Depois (ou antes...) do discurso "republicano" do Presidente da República em que este "declarou guerra" à corrupção, nada melhor do que um acordo entre os dois maiores partidos políticos que vai permitir que aos agentes do dito "crime de colarinho branco", por força das moldura penal que lhe é aplicável, deixe de ser susceptível a aplicação da medida preventiva de prisão.

Quer isto dizer, em breves palavras, que um suspeito de corrupção, ainda que na maior escala que seja, nunca poderá ser detido preventivamente, continuando em plena liberdade e com total capaciadade de ir "apagando", através de novas corrupções, as corrupções anteriores - porque o silêncio também se compra.

Que o PS desejasse esta medida do fundo do coração, compreende-se.
Em primeiro lugar é uma vingança contra as magistraturas e o poder judicial, designadamente porque em grande parte esta medida foi aplicada a políticos - os mais useiros a frequentar os tribunais por estas razões.
Em segundo lugar, lembremo-nos, a mero título de exemplo, de Fátima Felgueiras, a exemplar autarca de Felgueiras, a quem foi aplicada a medida de prisão preventiva, nunca cumprida por compadrios, decerto que também por corrupção e uma intolerável mas nunca sindicada chicana processual, terminada numa fuga para o Brasil e num regresso triunfal com direito a eleição municipal. Ora trata-se, quer se queira quer não (e não vale a pena querer "branquear" este ponto), de uma autarca do PS. E com o PS ninguém brinca...

Agora que o PSD tenha "embarcado" nesta "história", ao assinar o "pacto para a justiça", é que já é demais e custa a compreender.
O que ganhará o PSD em se vergar perante os interesses do PS? De que estará à espera?
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