Epur si muove ...
Depois de consumada a ameaça de governo do Canadá de "devolver à procedência" um vasto grupo de cidadãos portugueses que lá se encontravam numa situação absolutamente irregular – se bem que, é bom notar, trabalhando e ganhando honestamente a sua vida – e depois de terem chegado ao país algumas dezenas de famílias repatriadas em meia dúzia de dias, o governo "moveu-se" e o MNE resolveu ir ao Canadá para discutir com as autoridades canadianas a situação dos emigrantes portugueses expulsos.
Francamente, não se percebe, contudo, o objectivo da viajem.
O MNE pretende ir discutir a situação dos emigrantes que estavam lá irregularmente?
Pensa ele que vai conseguir alterar as decisões já tomadas pelas autoridades da emigração canadense, que se limitaram a cumprir a sua lei em vigor?
Ou que vai conseguir fazer inflectir a posição das autoridades do Canadá sobre os “imigrantes” em situação irregular?
O que teria sido necessário, quando a situação foi despoletada, era ter havido uma intervenção do governo português junto do governo canadense no sentido, não de o fazer retroceder nas suas decisões, mas antes sensibilizá-lo para o problema, procurando minimizar os efeitos da aplicação dessas decisões e procurando caminhos para, se possível, conseguir resolver positivamente o maior número de situações, antes que as coisas se tornassem irreversíveis.
É que, na realidade, à face da lei canadense, os portugueses estavam lá irregularmente, e pretenderam utilizar meios “inviezados”, já não dizendo abusivos e ilegítimos, para se legalizarem.
A única desculpa que poderiam apresentar é que no seu país é costume, as mais das vezes, “fazer-se assim” para resolver qualquer problema; que “toda a gente” o faz; e que, por outro lado, o país pretende aprovar uma politica de imigração e de naturalização que vai permitir a qualquer um entrar à vontade, legalizar-se e até naturalizar-se, e não permite ao país “pôr na rua” quem quer que seja.
O MNE finalmente reagiu. Depois da indiferença inicial, moveu-se. Ao menos mostrou que existe. Duvida-se é que para além da sua existência em si mesma, ele sirva para mais o que quer que seja.
De novo se confirma o ditado: “depois de burro morto cevada ao rabo”.
Francamente, não se percebe, contudo, o objectivo da viajem.
O MNE pretende ir discutir a situação dos emigrantes que estavam lá irregularmente?
Pensa ele que vai conseguir alterar as decisões já tomadas pelas autoridades da emigração canadense, que se limitaram a cumprir a sua lei em vigor?
Ou que vai conseguir fazer inflectir a posição das autoridades do Canadá sobre os “imigrantes” em situação irregular?
O que teria sido necessário, quando a situação foi despoletada, era ter havido uma intervenção do governo português junto do governo canadense no sentido, não de o fazer retroceder nas suas decisões, mas antes sensibilizá-lo para o problema, procurando minimizar os efeitos da aplicação dessas decisões e procurando caminhos para, se possível, conseguir resolver positivamente o maior número de situações, antes que as coisas se tornassem irreversíveis.
É que, na realidade, à face da lei canadense, os portugueses estavam lá irregularmente, e pretenderam utilizar meios “inviezados”, já não dizendo abusivos e ilegítimos, para se legalizarem.
A única desculpa que poderiam apresentar é que no seu país é costume, as mais das vezes, “fazer-se assim” para resolver qualquer problema; que “toda a gente” o faz; e que, por outro lado, o país pretende aprovar uma politica de imigração e de naturalização que vai permitir a qualquer um entrar à vontade, legalizar-se e até naturalizar-se, e não permite ao país “pôr na rua” quem quer que seja.
O MNE finalmente reagiu. Depois da indiferença inicial, moveu-se. Ao menos mostrou que existe. Duvida-se é que para além da sua existência em si mesma, ele sirva para mais o que quer que seja.
De novo se confirma o ditado: “depois de burro morto cevada ao rabo”.