A arte da colecção moderna
O Comendador Berardo, como tem dinheiro, comprou, mais ou menos a esmo, um carrada de obras de arte, dita "moderna".
Depois vá de, à conta da dita "colecção", querer ganhar dimensão "pública" e "cultural". É que verdadeiramente ninguém lhe pediu para mostar o que quer que seja - ele é que, ao que parece, quer que as pessoas queiram ver a sua "colecção".
Porém não tem sítio para isso. E para que mais gente possa olhar para a sua arte moderna, nada melhor do que "pendurar" a sua colecção no continente, que a Madeira é uma ilha e tem muita humidade.
O primeiro poiso foi Sintra. A Câmara da terra até colaborou. Mas Sintra tornou-se um lugar pequeno e tratar com câmaras municipais uma coisa que já não se adapta à dimensão do comendador .
Daí que o comendador se tenha dirigido ao governo para exigir um sítio condigno para a sua colecção - com o argumento chantagista de a levar para o estrangeiro se não lhe derem o que ele quer. E o que ele quer é muito simples - o Centro Cultural de Belém.
Percebe-se que a ministra da cultura tenha titubeado, significativamente, a quando do pedido. E nesse vacilar lê-se claramente a ideia de que o comendaor "quis dar um passo maior que a perna".
Porém o primeiro ministro, homem onomásticamente mais da área da cultura clássica, resolveu a questão em "duas penadas", com quem resolve um problema de entupimento de uma conduta de saneamento - "vai para o CCB e está dito"!
E eis como de repente o comendador tem a sua "colecção" de arte moderna, exposta num espaço público, fornecido pelo Estado, sem ter que suportar encargos ou dar contrapartidas ou garantias. E menos ainda, sem ter que dar a colecção.
Ora ao CCB o que lhe faltava mesmo era uma colecção "residente" - e essa é mesmo a sua vocação!
Por este andar, qualquer dia, o comendador lembra-se de que afinal onde a colecção ficava mesmo bem era no Museu Nacional de Arte Antiga e vá de lhe fazerem rapidamente a vontade, caso contrário leva a colecção para o estrangeiro - ou seja para a Madeira.
Depois vá de, à conta da dita "colecção", querer ganhar dimensão "pública" e "cultural". É que verdadeiramente ninguém lhe pediu para mostar o que quer que seja - ele é que, ao que parece, quer que as pessoas queiram ver a sua "colecção".
Porém não tem sítio para isso. E para que mais gente possa olhar para a sua arte moderna, nada melhor do que "pendurar" a sua colecção no continente, que a Madeira é uma ilha e tem muita humidade.
O primeiro poiso foi Sintra. A Câmara da terra até colaborou. Mas Sintra tornou-se um lugar pequeno e tratar com câmaras municipais uma coisa que já não se adapta à dimensão do comendador .
Daí que o comendador se tenha dirigido ao governo para exigir um sítio condigno para a sua colecção - com o argumento chantagista de a levar para o estrangeiro se não lhe derem o que ele quer. E o que ele quer é muito simples - o Centro Cultural de Belém.
Percebe-se que a ministra da cultura tenha titubeado, significativamente, a quando do pedido. E nesse vacilar lê-se claramente a ideia de que o comendaor "quis dar um passo maior que a perna".
Porém o primeiro ministro, homem onomásticamente mais da área da cultura clássica, resolveu a questão em "duas penadas", com quem resolve um problema de entupimento de uma conduta de saneamento - "vai para o CCB e está dito"!
E eis como de repente o comendador tem a sua "colecção" de arte moderna, exposta num espaço público, fornecido pelo Estado, sem ter que suportar encargos ou dar contrapartidas ou garantias. E menos ainda, sem ter que dar a colecção.
Ora ao CCB o que lhe faltava mesmo era uma colecção "residente" - e essa é mesmo a sua vocação!
Por este andar, qualquer dia, o comendador lembra-se de que afinal onde a colecção ficava mesmo bem era no Museu Nacional de Arte Antiga e vá de lhe fazerem rapidamente a vontade, caso contrário leva a colecção para o estrangeiro - ou seja para a Madeira.