Os dias do fim
Souto Moura tem os dias contados.
A alocução do Presidente da República de ontem à noite, faz lembrar uma outra, em Dezembro de 2004 em que o resultado foi a dissolução do Parlamento para fazer cair um governo que ele mesmo tinha “amparado” cinco meses antes.
Assim, “pela aragem” o PGR pode ir arrumado os papéis e fazendo as malas – é como se já estivesse no “olho da rua”. É que ele também já foi “amparado”, há uns meses atrás, pelo Presidente, face à “sanha” do governo em “despachá-lo”.
Contas feitas, tudo acaba por acontecer exactamente como o governo (leia-se primeiro ministro e o PS) quer – Souto Moura vai ser demitido e o Governo (leia-se PS) vai poder (novamente) colocar lá quem quiser, tudo ainda antes de Cavaco tomar posse.
Aliás, é óbvio o “forcing” que tem sido levado a cabo pelo governo para “despachar” “adequadamente” o maior número de questões que possam ser “polémicas”, algumas das quais em forma legislativa, antes de Sampaio sair de Belém. Há que “limpar a testada”, dar os factos como consumados e impôr as soluções que mais convenham. Depois que venha Cavaco.
Mas voltando ao PGR. A questão da lista de telefonemas divulgada por um jornal é apenas e simplesmente um pretexto “de meia tigela” e meramente instrumental para permitir a demissão do PGR (se entretanto este se não demitir).
Na verdade, apesar da questão noticiada ser absolutamente “troglodita”, ela serve “as mil maravilhas” para os desígnios de alguns – “vingar” as investigações feitas pelo Ministério Público a alguns altos dirigentes do Estado e da política, no processo Casas Pia.
A alocução do Presidente da República de ontem à noite, faz lembrar uma outra, em Dezembro de 2004 em que o resultado foi a dissolução do Parlamento para fazer cair um governo que ele mesmo tinha “amparado” cinco meses antes.
Assim, “pela aragem” o PGR pode ir arrumado os papéis e fazendo as malas – é como se já estivesse no “olho da rua”. É que ele também já foi “amparado”, há uns meses atrás, pelo Presidente, face à “sanha” do governo em “despachá-lo”.
Contas feitas, tudo acaba por acontecer exactamente como o governo (leia-se primeiro ministro e o PS) quer – Souto Moura vai ser demitido e o Governo (leia-se PS) vai poder (novamente) colocar lá quem quiser, tudo ainda antes de Cavaco tomar posse.
Aliás, é óbvio o “forcing” que tem sido levado a cabo pelo governo para “despachar” “adequadamente” o maior número de questões que possam ser “polémicas”, algumas das quais em forma legislativa, antes de Sampaio sair de Belém. Há que “limpar a testada”, dar os factos como consumados e impôr as soluções que mais convenham. Depois que venha Cavaco.
Mas voltando ao PGR. A questão da lista de telefonemas divulgada por um jornal é apenas e simplesmente um pretexto “de meia tigela” e meramente instrumental para permitir a demissão do PGR (se entretanto este se não demitir).
Na verdade, apesar da questão noticiada ser absolutamente “troglodita”, ela serve “as mil maravilhas” para os desígnios de alguns – “vingar” as investigações feitas pelo Ministério Público a alguns altos dirigentes do Estado e da política, no processo Casas Pia.