Formação "globalizada"
Microsoft e Estado querem formar um milhão de pessoas.
Se, nos tempos que corrrem, a "globalização" é geralmente considerada como "mãe de todos os males", cujo "combate" serve como base de certa propaganda política ou de algumas campanhas eleitorais, é curioso constatar como, por cá, quando interessa, se "fecham os olhos" aos princípios e vá alinhar no "mundo global".
Vai daí, pragmaticamente, o governo alia-se à Microsoft, criando uma "altruística" "joit venture" formativa para um milhão de pessoas. Isto, lido assim, até que nem vai mal. Porém - há sempre um "porém" - "por detrás da capa está o segredo", como no homem da Sandeman.
Com esta aliança, a Microsoft expande a penetração dos seus produtos junto de um milhão de pessoas, criando condições para aumentar a sua penetração no mercado ao mesmo tempo que cria uma "dependência" dos seus produtos de mais uns tantos potenciais utilizadores.
Dir-se-á: Qual quê! Um milhão de pessoas não é nada para a Microsoft!
Pois não! Mas vários muitos milhões já importam. E muitos milhões são feitos de um milhão de cada vez.
Ou seja, do lado da Microsoft, esta acção não tem como objectivo - primeiro ou último - a formação de pessoas. Visa sim alargar o seu potencial mercado de produtos informáticos.
O que não é nada do outro mundo - ou antes, até é natural. É assim que se formam as grandes empresas.
Mas seria bom que os que dela não gostam, registem que isto é mais um dos efeitos da globalização.
Por seu lado o governo alinha neste "projecto" a esfregar as mãos de contente.
Um nome como a Microsoft é suficientemente apelativo e "certificado" para não haver coragem de levantar qualquer constestação à iniciativa. Antes pelo contrário: "toda a gente" vai querer ter um diploma de "formado pela Microsoft" para mostar à família e amigos e emoldurar na sala, ao lado da fotografia do avô e do quadro com os "campiõîes" do "Pôarto".
Resta saber para que vai servir o certificado, no futuro, a toda esta gente. Mas isso já é outra questão.
Por outro lado, enquanto as pessoas se encontrarem "em formação" não são considerados, tecnicamente, como "desempregados".
Ora aqui está o vero objectivo do lado do governo: diminuir as taxas de desemprego.
Ainda que, deste modo, não sejam criados quaisquer empregos.
Na vida, por vezes, não há nada como a aparência - e "quem não tem cão, caça com gato".
Se, nos tempos que corrrem, a "globalização" é geralmente considerada como "mãe de todos os males", cujo "combate" serve como base de certa propaganda política ou de algumas campanhas eleitorais, é curioso constatar como, por cá, quando interessa, se "fecham os olhos" aos princípios e vá alinhar no "mundo global".
Vai daí, pragmaticamente, o governo alia-se à Microsoft, criando uma "altruística" "joit venture" formativa para um milhão de pessoas. Isto, lido assim, até que nem vai mal. Porém - há sempre um "porém" - "por detrás da capa está o segredo", como no homem da Sandeman.
Com esta aliança, a Microsoft expande a penetração dos seus produtos junto de um milhão de pessoas, criando condições para aumentar a sua penetração no mercado ao mesmo tempo que cria uma "dependência" dos seus produtos de mais uns tantos potenciais utilizadores.
Dir-se-á: Qual quê! Um milhão de pessoas não é nada para a Microsoft!
Pois não! Mas vários muitos milhões já importam. E muitos milhões são feitos de um milhão de cada vez.
Ou seja, do lado da Microsoft, esta acção não tem como objectivo - primeiro ou último - a formação de pessoas. Visa sim alargar o seu potencial mercado de produtos informáticos.
O que não é nada do outro mundo - ou antes, até é natural. É assim que se formam as grandes empresas.
Mas seria bom que os que dela não gostam, registem que isto é mais um dos efeitos da globalização.
Por seu lado o governo alinha neste "projecto" a esfregar as mãos de contente.
Um nome como a Microsoft é suficientemente apelativo e "certificado" para não haver coragem de levantar qualquer constestação à iniciativa. Antes pelo contrário: "toda a gente" vai querer ter um diploma de "formado pela Microsoft" para mostar à família e amigos e emoldurar na sala, ao lado da fotografia do avô e do quadro com os "campiõîes" do "Pôarto".
Resta saber para que vai servir o certificado, no futuro, a toda esta gente. Mas isso já é outra questão.
Por outro lado, enquanto as pessoas se encontrarem "em formação" não são considerados, tecnicamente, como "desempregados".
Ora aqui está o vero objectivo do lado do governo: diminuir as taxas de desemprego.
Ainda que, deste modo, não sejam criados quaisquer empregos.
Na vida, por vezes, não há nada como a aparência - e "quem não tem cão, caça com gato".