Coitado de Sir Thomas Gresham
Sir Thomas Gresham "está na baila".
Tudo por causa do que se diz ser a "sua" famosa "lei" - a "Lei de Gresham".
Primeiro foi chamada ao campo político por um nosso teórico da economia (tendo em vista "aplanar" o seu "campo de acção", na mira de Belém).
Agora foi o candidato Alegre que afirmou: "Vejo à frente dos partidos gente muito medíocre que nunca fez nada pela democracia, enquanto fora dos partidos há pessoas de grande qualidade de que o País precisa".
Eis uma forma poética de invocar a mesma lei.
Porém Gresham, se alguma vez formulou tal lei, não foi pioneiro, pois já Arsitófanes, em As Rãs, falava nela.
Por outro lado, é duvidoso que quando se fala dos nosso actuais políticos e da nossa actual política se esteja perante uma realidade à qual se possa aplicar a "Lei de Gresham".
Segundo a dita, a "má moeda" expulsa a "boa moeda".
Ora, no tempo da Sir Thomas (século XVI, ou mais precisamente no tempo de Henrique VIII), o valor facial da moeda correspondia ao valor (intrínseco ) do peso da prata ou ouro que incorporava.
Ora sempre que havia "quebra" da moeda, ou seja, se recolhia e refundia, retirando-lhe parte do ouro que anteriormente incorporava mas mantendo-lhe o valor facial, acontecia de imediato que as pessoas passavam a amealhar a moeda antiga, a "boa", até que esta desaparecia de circulação, passando a circular unicamente moeda "quebrada" ou "má" (porque o seu valor facial era superior ao do ouro que continha).
Pois bem: para esta lei se pudesse aplicar aos nossos políticos era preciso que os que foram substituidos pelos "maus", fossem "bons", avaliados externamente e não por eles próprios
Mas infelizmente na política as coisas não se passam exactamente assim.
Em primeiro lugar, a dita "má moeda" política é "cunhada" à imagem e semelhança da pretensa "boa moeda", com a qual aprende "as artes" e imita o "valor facial".
Com a sua natural depreciação, a "boa moeda" primeiro, chama a "má moeda" em seu auxílio e, depois, ou acaba por ceder-lhe (voluntaria ou involuntariamente) o lugar, ou então retira-se para o seu "mealheiro", dizendo que afinal não quer "circular" "misturada" com outras moedas às quais atribui "má" qualidade.
Depois, na nossa política, sempre que uma moeda quer entrar em circulação diz que a que já circula é "má".
Como se vê, em poltica, não vale a lei de Sir Thomas Gresham: na nossa política, a "má" moeda é um produto da "boa".
Tudo por causa do que se diz ser a "sua" famosa "lei" - a "Lei de Gresham".
Primeiro foi chamada ao campo político por um nosso teórico da economia (tendo em vista "aplanar" o seu "campo de acção", na mira de Belém).
Agora foi o candidato Alegre que afirmou: "Vejo à frente dos partidos gente muito medíocre que nunca fez nada pela democracia, enquanto fora dos partidos há pessoas de grande qualidade de que o País precisa".
Eis uma forma poética de invocar a mesma lei.
Porém Gresham, se alguma vez formulou tal lei, não foi pioneiro, pois já Arsitófanes, em As Rãs, falava nela.
Por outro lado, é duvidoso que quando se fala dos nosso actuais políticos e da nossa actual política se esteja perante uma realidade à qual se possa aplicar a "Lei de Gresham".
Segundo a dita, a "má moeda" expulsa a "boa moeda".
Ora, no tempo da Sir Thomas (século XVI, ou mais precisamente no tempo de Henrique VIII), o valor facial da moeda correspondia ao valor (intrínseco ) do peso da prata ou ouro que incorporava.
Ora sempre que havia "quebra" da moeda, ou seja, se recolhia e refundia, retirando-lhe parte do ouro que anteriormente incorporava mas mantendo-lhe o valor facial, acontecia de imediato que as pessoas passavam a amealhar a moeda antiga, a "boa", até que esta desaparecia de circulação, passando a circular unicamente moeda "quebrada" ou "má" (porque o seu valor facial era superior ao do ouro que continha).
Pois bem: para esta lei se pudesse aplicar aos nossos políticos era preciso que os que foram substituidos pelos "maus", fossem "bons", avaliados externamente e não por eles próprios
Mas infelizmente na política as coisas não se passam exactamente assim.
Em primeiro lugar, a dita "má moeda" política é "cunhada" à imagem e semelhança da pretensa "boa moeda", com a qual aprende "as artes" e imita o "valor facial".
Com a sua natural depreciação, a "boa moeda" primeiro, chama a "má moeda" em seu auxílio e, depois, ou acaba por ceder-lhe (voluntaria ou involuntariamente) o lugar, ou então retira-se para o seu "mealheiro", dizendo que afinal não quer "circular" "misturada" com outras moedas às quais atribui "má" qualidade.
Depois, na nossa política, sempre que uma moeda quer entrar em circulação diz que a que já circula é "má".
Como se vê, em poltica, não vale a lei de Sir Thomas Gresham: na nossa política, a "má" moeda é um produto da "boa".