É vital
Vital Moreira, vem no Público de hoje (sem link), defender, mais uma vez a sua dama. Fá-lo com a convicção de que agora tudo são "favas contadas".
A esquerda, que estava convencida, num primeiro momento, que ganharia apena as autárquicas, está convicta agora de que as vai perder; mas em troca ganha as presidenciais, coisa que nunca lhe tinha passado pela cabeça desde que Cavaco "chegou a barriga à frente" para o cargo.
Acontece porém que nem tudo "são favas contadas".
É verdade que a teorização subtil dos "cavaquistas" sobre a vantagem para o governo da eleição de Cavaco destina-se apenas a testar a finura de espírito da esquerda.
Ninguém acredita que Soares - que acaba de dizer que só fará um mandato - vá levantar problemas ao governo. Pelo contrário; Soares, se presidente, vai tornar-se, prócere, cúmplice e legitimador da "tirania" de sócrates - que entende uma maioria absoluta (naturalmente, do PS) como o meio legítimo para um exercício de poder despótico.
O mesmo (ou pouco menos) que um presidente-fantoche. A não ser que a idade lhe faça ter veleidades políticas para o seus 90 anos!
Mas também não deixa de ser certo que o que a esquerda verberou na dirieita, durante anos - uma maioria, um governo, um presidente - por todos os "perigos" que acarretava, é exactamente o que lhe serve agora para justificar Soares, sem apresentar nenhum perigo e tendo todas as virtudes.
E volta-se ao mesmo: tudo o que é fel na direita é láudano na esquerda!
Na verdade o que agora volta a estar em causa é, antes, a teroria do "todos os ovos no mesmo cesto".
Será que se vai pôr todo o estado - seja a titularidade de todos os órgaõs de soberania - nas mãos do PS?
Será que isso, no momento em que o PS tem pela primeira vez na vida uma maioria absoluta, não constituirá um real perigo para o estado?
Não será mais curial que o país tenha um sistema de "cheks and balaces" assente em diferentes formas de entender a vida e encarar a acção política do que cumprirem-se formalmente os objectivos de divisão de poderes, que afinal, acabam por estar todos irremediavelmente concentrados no PS?
Estamos a caminhar para o partido único (no poder e com acesso ao poder) - o PS!
Os outros partidos vão servir apenas para o legitimar e permitir dizer que o sistema é democrático!
A esquerda, que estava convencida, num primeiro momento, que ganharia apena as autárquicas, está convicta agora de que as vai perder; mas em troca ganha as presidenciais, coisa que nunca lhe tinha passado pela cabeça desde que Cavaco "chegou a barriga à frente" para o cargo.
Acontece porém que nem tudo "são favas contadas".
É verdade que a teorização subtil dos "cavaquistas" sobre a vantagem para o governo da eleição de Cavaco destina-se apenas a testar a finura de espírito da esquerda.
Ninguém acredita que Soares - que acaba de dizer que só fará um mandato - vá levantar problemas ao governo. Pelo contrário; Soares, se presidente, vai tornar-se, prócere, cúmplice e legitimador da "tirania" de sócrates - que entende uma maioria absoluta (naturalmente, do PS) como o meio legítimo para um exercício de poder despótico.
O mesmo (ou pouco menos) que um presidente-fantoche. A não ser que a idade lhe faça ter veleidades políticas para o seus 90 anos!
Mas também não deixa de ser certo que o que a esquerda verberou na dirieita, durante anos - uma maioria, um governo, um presidente - por todos os "perigos" que acarretava, é exactamente o que lhe serve agora para justificar Soares, sem apresentar nenhum perigo e tendo todas as virtudes.
E volta-se ao mesmo: tudo o que é fel na direita é láudano na esquerda!
Na verdade o que agora volta a estar em causa é, antes, a teroria do "todos os ovos no mesmo cesto".
Será que se vai pôr todo o estado - seja a titularidade de todos os órgaõs de soberania - nas mãos do PS?
Será que isso, no momento em que o PS tem pela primeira vez na vida uma maioria absoluta, não constituirá um real perigo para o estado?
Não será mais curial que o país tenha um sistema de "cheks and balaces" assente em diferentes formas de entender a vida e encarar a acção política do que cumprirem-se formalmente os objectivos de divisão de poderes, que afinal, acabam por estar todos irremediavelmente concentrados no PS?
Estamos a caminhar para o partido único (no poder e com acesso ao poder) - o PS!
Os outros partidos vão servir apenas para o legitimar e permitir dizer que o sistema é democrático!