Fantasia
A demissão do ministro das finanças teve a virtualiade de mostar, se ainda necesário o fosse, que o primeiro ministro se norteia por uma desmesurada busca de um populismo fácil, que através da repetição catatónica da existência de um plano "mirífico" para salvar o país, lhe vá assegurando o poder com confortável popularidade.
Como se tal não bastasse, constata-se também que as ideias "estatistas" ou "estatizantes", mais do que existirem dentro do governo, têm a força suficiente para "empurrar para a rua" um ministro das finanças e impor os seus pontos de vista. Assim, aqueles que viram nos idos "planos quinquenais" a virtualidade do estado socialista, são os que agora continuam a apostar no estado como motor da economia e do desenvolvimento económico.
Chama-se a isto "juntar-se a fome à vontade de comer".
Para agravar esta conjuntura, a necessidade do governo "dourar a pílula" do facto de estarmos a ser esportulados "até ao tutano" em impostos, a título de um "equilibrio orçamental" que afinal serve apenas para obter dinheiro para o governo esbanjar em despesas faraónicas e/ou perdulárias, face ao período eleitoral que se avizinha, em que vão estar em causa autarquias e presidencia da república.
Sintomáticas são as declarações do líder da Associação Nacional de Autarcas do PS, Mesquita Machado, na pag. 3 do Público impresso de hoje (já nem vale a pena tentar o link), onde este manifesta a sua imensa "satisfação e regozijo" com a demissão do ministro das finanças, pois ele "não tinha sensibiliade para os problemas das pessoas", "falhava na parte humana", bem como, simultaneamente, o apreço pelo novo titular do cargo, que é "é uma excelente escolha, porque tem a componente técnica e humana".
É claramente "visível" a mensagem subliminar (de mais a mais vinda de um autarca/dinossauro ...
Aliás para confirmar que o novo ministro das finanças é um "gajo porreiro" - que é isso, verdadeiramente, que está em causa: os ministros têm que ser "gajos porreiros" - basta ter-se visto a carinha de contentamento do "professor" (dizia a jornalista televisiva, com aquela costumeira papalvice, que é assim que o chamam...) ao prestar declarações, após a posse no cargo que vinha perseguindo há anos.
Este é aliás o esteriótipo do comportamento dos governos PS desde que entraram na história da política portuguesa: tratando de assegurar uma popularidade (leia-se "votos") junto da mole eleitoral que os apoia e elege (que se caracteriza por se deslocar sempre debaixo do chapeu de chuva do estado (providência) à procura de benesses e colocações, oportunidades de bons negócios ou de ajuda "social" enquanto vive de expedientes e faz "biscates", uma mistura de neoburguesia proletária e de lumpen aristocrático), que diz ser "o povo" (o que lha dá, "a se", uma legitimidade incontestada, como se todos os outros fossem "não-povo", "extra-povo"ou "anti-povo"), o governo prossegue as políticas que dão satisfação (designadamente financeira, que é a que imediatemente importa) àqueles neoburgueses proletários e lumpen aristocráticos. E estes retribuem apoiando, acriteriosa, incondicional, mas interesseiramente, o governo e o PS, porque "são dos nossos", são ""povo" como nós" e "ajudam os pobres"!
Pode perfeitamente chamar-se a isto a política da "cevada a picar (reciprocamente) na barriga"!
O resto... Bom, o resto é literatura ...
Parafraseando Eça para ilustrar esta nossa realidade, no que de pior ela tem e nos pode dar, vamos (continuar a) ter "sobre a nudez crua da verdade, o manto diáfano da fantasia".
Como se tal não bastasse, constata-se também que as ideias "estatistas" ou "estatizantes", mais do que existirem dentro do governo, têm a força suficiente para "empurrar para a rua" um ministro das finanças e impor os seus pontos de vista. Assim, aqueles que viram nos idos "planos quinquenais" a virtualidade do estado socialista, são os que agora continuam a apostar no estado como motor da economia e do desenvolvimento económico.
Chama-se a isto "juntar-se a fome à vontade de comer".
Para agravar esta conjuntura, a necessidade do governo "dourar a pílula" do facto de estarmos a ser esportulados "até ao tutano" em impostos, a título de um "equilibrio orçamental" que afinal serve apenas para obter dinheiro para o governo esbanjar em despesas faraónicas e/ou perdulárias, face ao período eleitoral que se avizinha, em que vão estar em causa autarquias e presidencia da república.
Sintomáticas são as declarações do líder da Associação Nacional de Autarcas do PS, Mesquita Machado, na pag. 3 do Público impresso de hoje (já nem vale a pena tentar o link), onde este manifesta a sua imensa "satisfação e regozijo" com a demissão do ministro das finanças, pois ele "não tinha sensibiliade para os problemas das pessoas", "falhava na parte humana", bem como, simultaneamente, o apreço pelo novo titular do cargo, que é "é uma excelente escolha, porque tem a componente técnica e humana".
É claramente "visível" a mensagem subliminar (de mais a mais vinda de um autarca/dinossauro ...
Aliás para confirmar que o novo ministro das finanças é um "gajo porreiro" - que é isso, verdadeiramente, que está em causa: os ministros têm que ser "gajos porreiros" - basta ter-se visto a carinha de contentamento do "professor" (dizia a jornalista televisiva, com aquela costumeira papalvice, que é assim que o chamam...) ao prestar declarações, após a posse no cargo que vinha perseguindo há anos.
Este é aliás o esteriótipo do comportamento dos governos PS desde que entraram na história da política portuguesa: tratando de assegurar uma popularidade (leia-se "votos") junto da mole eleitoral que os apoia e elege (que se caracteriza por se deslocar sempre debaixo do chapeu de chuva do estado (providência) à procura de benesses e colocações, oportunidades de bons negócios ou de ajuda "social" enquanto vive de expedientes e faz "biscates", uma mistura de neoburguesia proletária e de lumpen aristocrático), que diz ser "o povo" (o que lha dá, "a se", uma legitimidade incontestada, como se todos os outros fossem "não-povo", "extra-povo"ou "anti-povo"), o governo prossegue as políticas que dão satisfação (designadamente financeira, que é a que imediatemente importa) àqueles neoburgueses proletários e lumpen aristocráticos. E estes retribuem apoiando, acriteriosa, incondicional, mas interesseiramente, o governo e o PS, porque "são dos nossos", são ""povo" como nós" e "ajudam os pobres"!
Pode perfeitamente chamar-se a isto a política da "cevada a picar (reciprocamente) na barriga"!
O resto... Bom, o resto é literatura ...
Parafraseando Eça para ilustrar esta nossa realidade, no que de pior ela tem e nos pode dar, vamos (continuar a) ter "sobre a nudez crua da verdade, o manto diáfano da fantasia".