As explicações II
Somos um país de explicações.
As explicações da ministra de educação sobre os limites à acumulação dos professores confirmam o que já foi dito: as explicações vão continuar.
Mais do que isso: a necessidade de explicações para suprir as manifestas insuficiências dos alunos (produto do sistema de ensino) e do próprio sistema de ensino (produto de quem ensina e de quem manda) vai continuar; mas continuar de forma cada vez mais "legitimada".
Na verdade, sobre as explicações, Maria de Lurdes Rodrigues afirmou que quer "tornar difícil, se não impedir" que os professores cobrem este serviço aos seus próprios alunos ou do respectivo agrupamento de escolas, considerando que "não são aceitáveis, nem éticas".
Segundo o entendimento da ministra basta que os profesores não "cobrem" as explicações aos seus próprios alunos (!!!!!) para as coisas ficarem nos seus devidos sítios.
Ou seja, o "sistema escolar" vai continuar a assegurar o (pouco) "sucesso escolar" através de um "sub-sistema" de explicações, ministradas pelos próprios professores (desde que a alunos do professor/escola vizinho/a), "sub-sistema" esse, que não obstante ser oficialmente admitido e reconhecido, continua a ser um elemento de distorção do sistema fiscal, por um lado, porque não permite a dedução das despesas com explicações em sede de IRS, (como despesas com a educação) e por outro, porque é um factor de injustiça fiscal, já que as mais das vezes, o rendimento das explicações não é considerado em sede de IRS, categoria B; o que é por dizer, em termos mais do agrado do governo, que nestes casos há fuga fiscal que seria conveniente combater (por causa de uma coisa que se chama princípio da igualdade tributária e de outra que se chama "défice").
A não ser que o governo pretenda apenas evitar que os profesores acumulem funções com o ensino particular, mas continuem a ter reduções no tempo lectivo no ensino oficial! Para dar explicações!
Assim se "compra" o silêncio!
Sintomática é a posição "concordatária" dos sindicatos a respeito destas medidas!
As explicações da ministra de educação sobre os limites à acumulação dos professores confirmam o que já foi dito: as explicações vão continuar.
Mais do que isso: a necessidade de explicações para suprir as manifestas insuficiências dos alunos (produto do sistema de ensino) e do próprio sistema de ensino (produto de quem ensina e de quem manda) vai continuar; mas continuar de forma cada vez mais "legitimada".
Na verdade, sobre as explicações, Maria de Lurdes Rodrigues afirmou que quer "tornar difícil, se não impedir" que os professores cobrem este serviço aos seus próprios alunos ou do respectivo agrupamento de escolas, considerando que "não são aceitáveis, nem éticas".
Segundo o entendimento da ministra basta que os profesores não "cobrem" as explicações aos seus próprios alunos (!!!!!) para as coisas ficarem nos seus devidos sítios.
Ou seja, o "sistema escolar" vai continuar a assegurar o (pouco) "sucesso escolar" através de um "sub-sistema" de explicações, ministradas pelos próprios professores (desde que a alunos do professor/escola vizinho/a), "sub-sistema" esse, que não obstante ser oficialmente admitido e reconhecido, continua a ser um elemento de distorção do sistema fiscal, por um lado, porque não permite a dedução das despesas com explicações em sede de IRS, (como despesas com a educação) e por outro, porque é um factor de injustiça fiscal, já que as mais das vezes, o rendimento das explicações não é considerado em sede de IRS, categoria B; o que é por dizer, em termos mais do agrado do governo, que nestes casos há fuga fiscal que seria conveniente combater (por causa de uma coisa que se chama princípio da igualdade tributária e de outra que se chama "défice").
A não ser que o governo pretenda apenas evitar que os profesores acumulem funções com o ensino particular, mas continuem a ter reduções no tempo lectivo no ensino oficial! Para dar explicações!
Assim se "compra" o silêncio!
Sintomática é a posição "concordatária" dos sindicatos a respeito destas medidas!