Nomeações silenciosas
Está em curso mais uma vaga de "nomeações silenciosas".
O Governo (este, o que está agora "lá"), lídimo defensor da transparência (razão pela qual propôs a aprovação de regras para definição dos cargos superiores da administração pública cuja nomeação se regeria por critérios de confiança política que, de antemão, garantiu observar e respeitar, regras essas que andam perdidas no parlamento à espera de melhores dias) continua, de forma silente e insidiosa, a sua árdua tarefa de nomear "totlimundo", para tudo o que é cargo de direcção superior na administração pública.
Ele são direcções gerias, direcções regionais de euducação, centros regionais de segurança social, administrações regionais de saúde, enfim, tudo o que estiver à mão.
Como é da praxe, agora os jornais já não contabilizam as nomeações. Apenas dão as notícias dessas nomeaçãoes, com o ar mais angélico do mundo.
Não há-de tardar, a máquina do estado passou toda, silenciosamente, para as mãos dos "boys". O que se vai notar apenas quando um novo governo, pretendendo mudar esses dirigentes se aperceber então que por força da lei que o PS há-de aprovar quando melhor lhe convier, não os pode mudar porque tais cargos por uma razão ou por outra são daqueles que foram excepcionados da regra de que os cargos de direcção superior da administração pública cessam (todos!) com a queda do governo.
E então, esse novo governo não se vai livrar das críticas do PS e da esquerda em geral, de que está a querer meter "os seus" nesses lugares, o que é uma ignomínia.
Curiosos, estes nossos "brandos costumes".