Em boa verdade...
domingo, 16 de março de 2025... o homem nunca pareceu ser muito inteligente...
... o homem nunca pareceu ser muito inteligente...
Presidentes de juntas perfilam-se para a Câmara de Vila Nova de Poiares
Em geral (porque nada do que se vai dizer tem a ver especificamente com os edis da "capital universal da chanfana"...), a "ascensão autárquica" via "promoção eleitoral" começa exactamente por este primeiro passo - de presidente da junta a presidente da câmara, eventualmente com um compasso de espera, a marcar passo, em vereador sem pelouro...
Depois, passado um mandato ou mais de "indecente e má figura", esses tais presidentes de câmaras, que já eram uns verdadeiros chouriços enquanto presidentes de junta, perfilam-se para serem presidentes das áreas metropolitanas, das comunidades intermunicipais ou, melhor ainda, das ccdr, onde serão pagos como primeiros-ministros...
O mal disto tudo é que, as mais das vezes, nem para contínuos serviriam...
Mas o que é certo é que a cada dia que passa vamos tendo um país dominado a todos os níveis por presidentes de câmaras municipais.. Isto é, o pais não é mais do que uma enorme câmara municipal...Nem passa disso
Sr. Presidente, eu gostaria de saber de quanto tempo é que ainda disponho,
Sr. Presidente : Dispõe de três minutos, Sr. Deputado.
O Orador: Muito obrigado, Sr. Presidente. Infelizmente o tempo é curto e, como tal, vou tentar ainda responder a algumas perguntas. Na sequência do pedido de esclarecimento do Sr. Deputado Sousa Tavares, gostaria de esclarecer alguns pontos. Na realidade o que foi dito pelo Sr. Deputado António Campos sobre estas famílias não corresponde inteiramente à verdade. Portanto aquele montante, embora em dois casos se trate de beneficiários ou de utentes de crédito que têm um nome semelhante, foi atribuído a empresas completamente diferentes.
O Sr. António Campos (PS) : São ou não da mesma família?
O Orador: - Bem, eu não sei qual é o conceito de família do Sr. Deputado.
O Sr. António Campos (PS): - Estou a perguntar se são ou não da mesma família.
Neste momento registou-se uma violenta troca de palavras entre os Srs. Deputados Sousa Tavares e António Campos, os quais se ergueram dos seus lugares ameaçando-se mutuamente.
O Sr. Raul Rego (PS): - Vá para a puta que o pariu.
Protestos do PSD, do CDS, do PPM e dos Deputados reformadores.
O Sr. Sousa Tavares (DR): Já todos sabemos que o senhor é um malcriado.
Protestos do PS.
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, peço-lhes calma e que não entrem em diálogo directo, bem como peço aos Srs. Deputados Sousa Tavares e António Campos que terminem de imediato essa troca de palavras. Sr. Deputado Ferreira do Amaral, queira continuar a responder, por favor.
O Orador: Sr. Presidente, penso que após este momento um pouco agitado já poderei responder à pergunta do Sr. Deputado António Campos. O que para este efeito interessa não é saber os laços de parentesco, que podem interessar a um genealogista, mas que não interessam num ponto de vista de economia ou num ponto de vista agrícola. Tão-pouco interessa saber o nome.
O Sr. António Campos (PS): — Mas são a mesma família ou não?
Protestos do PSD, do CDS, do PPM e dos Deputados reformadores.
O Orador: No caso Sousa Uva não é a mesma família.
Protestos do PS.
O Sr. António Campos (PS) - Você é um mentiroso.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado António Campos, o Sr. Deputado poderá protestar no fim das respostas, mas neste momento tem de deixar o Sr. Deputado Ferreira do Amaral responder aos pedidos de esclarecimento.
O Orador: - Se o Sr. Deputado António Campos não me deixa responder aos pedidos de esclarecimento, manter-me-ei calado.
O Sr. António Campos (PS): Só lhe exijo que diga se são ou não da mesma família.
O Sr. Sousa Tavares (DR): - O senhor é um mentiroso.
O Sr. António Campos (PS): O senhor é um animal.
Nova troca de insultos entre os Srs. Deputados Sousa Tavares e António Campos.
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, se não se calam imediatamente suspendo a sessão.
O Sr. Sousa Tavares (DR): - O senhor pede favores para os amigos. O senhor é uma vergonha como Deputado.
O Sr. Presidente: Peço a atenção da Câmara para o prosseguimento dos trabalhos, caso contrário suspendo a sessão.
O Sr. Sousa Tavares (DR): O senhor é um escarro moral.
O Orador: - Sr. Presidente, posso continuar?
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, peço-lhes mais uma vez que tenham calma.
O Sr. Salgado Zenha (PS) : Sr. Presidente, o Sr. Deputado Sousa Tavares usa uma linguagem que é inadmissível, ofensiva da dignidade desta Assembleia, e nós não podemos admitir isso.
Aplausos do PS e protestos do PSD, do CDS, do PPM e dos Deputados reformadores.
O Sr. Presidente: - Neste momento o Sr. Deputado Salgado Zenha não pode usar da palavra, a não ser para interpelar a Mesa.
O Sr. Salgado Zenha (PS): Foi o que eu fiz.
O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Não foi nada.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Salgado Zenha não fez nenhuma interpelação à Mesa. O Sr. Deputado pegou no microfone e começou a falar sem dizer porquê.
O Sr. Salgado Zenha (PS): Nesse caso peço a palavra para interpelar a Mesa
O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado.
O Sr. Salgado Zenha (PS); Queria perguntar ao Sr. Presidente se V. Ex.a não ouviu o Sr. Deputado Sousa Tavares dirigir a um Deputado da bancada do Partido Socialista o epiteto de que ele era um escarro. O Sr. Deputado Sousa Tavares fez essa afirmação. Ora não é admissível esta linguagem.
O Sr. Presidente: - Eu não ouvi
O Orador: - Se o Sr. Deputado Sousa Tavares não respeita a sua dignidade, tem de respeitar a dignidade dos outros.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: - Eu não percebi nenhuma das palavras que os Srs. Deputados dirigiram uns aos outros. Suponho mesmo que nenhum dos membros da Mesa conseguiu ouvir.
O Sr. Pedro Roseta (PSD) : Peço a palavra, Sr. Presidente, para interpelar a Mesa.
O Sr. Presidente: Tenha a bondade, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Roseta (PSD): -Gostaria também de fazer um apelo à calma a todos os Srs. Deputados e recordar-lhes, em nome da bancada do partido maioritário, que há um longo debate a desenvolver-se sobre esta e outras matérias, mas, tal como vem sendo hábito nesta Câmara...
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Pedro Roseta não está a interpelar a Mesa, está a fazer uma intervenção.
O Orador: - Não estou a fazer intervenção alguma, Sr. Presidente. Queria apenas perguntar também, já que o Sr. Deputado Salgado Zenha interpelou a Mesa, se por acaso a Mesa também não ouviu os epítetos e os insultos que o Sr. Deputado António Campos dirigiu a vários Srs. Deputados.
Aplausos do PSD, do CDS, do PPM e dos Deputados reformadores.
O Sr. Presidente: - Eu já disse que não percebi nenhuma das palavras que os Srs. Deputados mutuamente se dirigiram.
O Sr. Salgado Zenha (PS): - Peço a palavra para fazer um protesto, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: O Sr. Deputado faz o protesto apenas no fim. Faça o favor de continuar, Sr. Deputado Ferreira do Amaral.
(...)
Portugal foi convidado para participar em reunião sobre a guerra na Ucrânia
Devem estar todos a querer "criadagem sucessiva"...
Os Estados Unidos ignoram a Europa nas conversações com a Rússia (e, aliás, em todo o resto...)
Vai daí, a França marca nova reunião da NATO, outra vez sem Portugal
Ai dos pequenos. Está visto. São duplamente excluídos...
Não deixa de ser curiosa a estupefacção da Europa quando Trump a arreda das conversações sobre a Ucrânia, como quem arreda um lixo com o pé, e lhe fixa obrigações de manutenção da paz sem perguntar a ninguém.
É certo que não se sabe onde é que esta farronca irá parar e como é que vai acabar. Mas para começo de conversa chegou e sobrou para deixar atarantados os políticos de meia tigela que infelizmente governam a Europa. Note-se que se fala apenas em políticos. Nunca em estadistas que esses desapareceram há muito do espaço europeu.
Atontalhados e perdidos, seja do lado de lá seja do lado de cá do Canal, com tamanha desconsideração, puseram-se a pensar como é que poderiam reagir e mostrar força. Logo aí mostraram fraqueza e tibieza, mas isso é o que temos. Para isso os chefes de estado e de governo da Europa - alguns, que outras nem sequer são chamados (e falam eles do Rrump...) - reuniram-se em Paris para pensar no assunto ... e nada. Irão para casa para pensar melhor, terão decidido.
É intrigante, contudo, porque não conseguiram ainda descobrir a razão porque Trump os trata assim, com desprezo e arrogância. Não lhes passa pela cabeça que durante os últimos oito anos todos fizeram coro a desancar soezmente no homem, a pretexto de nada e de coisa nenhuma, só porque achavam Trump um burgesso e todos se achavam, de longe, superiores ao "animal". Não houve apodo que não lhe fosse atirado, nem pretexto que não fosse utilizado para o desancar, no pressuposto de que nunca mais iriam ter que se cruzar com ele e, muito menos, de precisar da sua aceitação.
O pior é que a roda da vida troca-nos por vezes as voltas, e passamos da mó de cima para a mó de baixo num ápice. E foi simplesmente isso que aconteceu.
Porém, o problema não é esse. O problema é que a Europa anda há 80 anos a brincar na maionaise, o que se agravou nas ultimas décadas. Embalada com a teoria esquerdista da paz universal e coisas quejandas - que cá foram expressivamente resumidas na promessa nuca cumprida de "a paz, o pão, habitação, saúde, educação" - que ao lado de uma desindustrialização absurda, uma acriteriosa política de portas abertas (a que chamam solidariedade...), e uma cultura de lazer, de prazer, e do gasto, mas não do esforço e do trabalho (a que chamam de bem-estar...), serviram para a consumir e enfraquecer, desagregando as nações de que era feita, normalizando e regulando comportamentos e pensares de modo a ninguém destoar do coro. E assim foi, alegre e abundantemente regada com subsídios, que é como o povo gosta, caminhando para a cova em que agora está metida.
Apesar de repetidamente avisada, nunca ligou aos seus exércitos e à sua própria defesa. Traumas da guerra, dizia a Europa calona. Trêtas, dizia que vinha defendendo, há décadas, a necessidade de rearmamento. Aliás na aliança de defesa em que participa, a Europa dava-se ao luxo de querer que fossem os Estados Unidos a defendê-la e a pagar para isso, pouco gastando dos meios financeiros próprios na sua defesa. Razoavelmente, não pode deixar de se considerar que era tontice a mais, se não mesmo estultícia.
Os romanos, que sabiam da poda, tinham noções muito simples e claras sobre assunto que vem agora à liça: si vis pacem para bellum. Se queres a paz prepara-te para a guerra ou seja, arma-te até aos dentes.
Desconsiderada como nunca o terá sido - ou pelo menos de que tenha memória disso - a Europa sente-se à deriva e incapaz de recuperar o tempo perdido. Como é que ela, agora, se vai rearmar em termos condignos e adequados à sua defesa e à sua projecção e presença estratégica no continente europeu e no resto do mundo, se não tem exércitos - ou seja poderio militar - capazes disso e, mais ainda, se não tem poder bélico para ter capacidade dissuasora absolutamente inegável...???
Como é que ela pode agora ter e pagar exércitos se passou os últimos 80 anos a querer conforto e bem-estar, que pagou e paga regiamente, com língua de palmo, aos seus mais aos que agora vêm de fora...??? Perante este total descalabro resta-lhe, por agora, dançar ao som da musica de Trump... E enquanto for só dança vai com sorte...
Pois é. Quase faz lembrar o epílogo da fábula da cigarra e da formiga - que também já não se ensina nas escolas porque certamente é fascista...
Ai cantaste...!!! Agora dança...!!!
Marcelo veta separação de freguesias por duvidar da aplicação do mapa até às eleições, mas também por falta de transparência do processo na AR e de envolvimento das autarquias num novo modelo de governação.
Haja Deus...!!! Que Nosso Senhor ilumine e nunca desampare o Senhor Presidente...!!!
Por uma vez (alguma vez havia de ser...) o Senhor Presidente fez algo de verdadeiramente útil e relevante: impediu nova proliferação de autarquias inviáveis, apenas para fazer surgir, a coberto de "bairrismos" parôlos e alegadas incompatibilidades da trêta, um desaforo de juntas de freguesia que apenas iria servir para alojar, em cargos electivos, uma cambada de caciquitos locais, arremedos de político, as mais das vezes completamente boçais, ignaros, mas alpinistas q.b., apenas para assim fazer aumentar as clientelas partidárias - e, ao mesmo tempo, esturrar mais milhões do erário público em idiotices locais, porcos no espeto, passeios diversos e forróbódós variados.
Como se dizia, quando ainda não havia máquinas agrícolas, vão é cavar batatas...
Noticia o esquerdalho Público
A primeira nota é: Até que enfim...!!! Primeiro passo...!!!
Segunda nota: É preciso continuar...!!!
Terceira nota: a direita não aprova diplomas "à revelia" da esquerda. Que se saiba, para um diploma ser aprovado basta que se forme uma maioria que pode ser ou não de esquerda, ter a esquerda ou não ter a esquerda.
Por isso, para aprovar um diploma, é absolutamente indiferente ou irrelevante o que a esquerda pensa (se é que pensa). Para tal efeito é apenas condição necessária e suficiente que se forme a indispensável maioria. E bonda...!!!
A direita toda junta aprova diplomas porque tem maioria absoluta na AR e, por isso a esquerda fica vencida. Não foi "a revelia" nem deixou de ser "à revelia"...
Se os senhores deputados e senhores políticos abrissem os olhinhos e vissem com olhos de ver deixavam-se de trêtas (como as esquerdalhamente muito convenientes nãos é nãos...) e arrumavam de vez com montanhas de assuntos. Limpinho, limpinho...
E tudo isso, sem a esquerda, "à revelia" da esquerda, contra a esquerda...
Era um ar que lhe dava e ficava tudo muito mais asseado...