"Ad perpetuam rei memoriam" - para que não possa ser permitido o branqueamento de criminosos nem a queda no esquecimento de bárbaros assassinatos...
sexta-feira, 30 de julho de 20211980
Março - Formação da coligação Força de Unidade Popular.
20 de Abril - Apresentação pública da organização Forças Populares 25 de Abril com o rebentamento por todo o país de dezenas de engenhos explosivos de fraca potência contendo o documento “Manifesto ao Povo Trabalhador”.
3 de Maio - Assalto simultâneo aos Banco Totta & Açores e Crédito Predial Português, no Cacém, assaltos que renderam 5.141.982$00. Neste assalto e em resultado da confrontação com elementos da organização terrorista foi morto o soldado da GNR Henrique do Nascimento Hipólito, de 28 anos.
9 de Maio - Assalto ao Banco Espírito Santos, em Paço de Arcos, tendo sido roubadas quantias diminutas.
9 de Maio - Colocação de uma bomba-relógio contra o administrador da fábrica Alfa. Esta bomba não chegou a deflagrar.
13 de Maio - Morte do militar da GNR Agostinho Francisco Ferreira, de 42 anos, por tiros de pistola metralhadora, disparados à queima-roupa por Honório Marques, durante a detenção deste e de outros elementos de um comando da organização em Martim Longo, Algarve, onde estariam conjuntamente com membros do grupo terrorista alemão Baader-Meinhof.
14 de Maio - Numa acção reivindicado como de tentativa de rapto de Cavaco Silva, é atingido a tiro o agente da PSP Damião Teixeira.
O "imposto revolucionário" pago por sete industriais rende cerca de 15.000.000$00 (825.000 € em valores actuais).
9 de Julho - Assalto ao Banco Borges & Irmão, na Cruz de Pau, tendo sido roubados 1.340.207$00;
Julho - Destruição por incêndio de viaturas da PSP.
22 de Julho - Assalto à Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Gaia tendo sido roubados impressos para bilhetes de identidade, de modo a permitir forjar documentos de identificação falsos para os terroristas.
30 de Julho - Assalto à Caixa Geral de Depósitos, em Xabregas. O assalto rendeu 113.500$00.
12 de Setembro - Rebentamento de explosivos no consulado e na embaixada do Chile respectivamente no Porto e em Lisboa.
4 de Outubro - Rebentamento de explosivos nas sedes dos ex-Comandos em Faro e Guimarães e Porto, porque esta associação era considerada pelas FP-25 como a tropa de choque das desocupações de terras no Alentejo.
6 de Outubro - Assalto simultâneo a dois bancos na Malveira da Serra, na sequência do qual são mortas três pessoas: dois elementos das FP25, Vítor Oliveira David e Carlos Alberto Caldas, mortos durante a fuga, um a tiros de caçadeira por um comerciante local e outro linchado pela população, e um cliente de um dos bancos - José Lobo dos Santos - baleado na cabeça quando tentava desarmar um dos terroristas. Ficaram ainda feridos dois elementos da população local. Neste assalto foram roubados 2.854.822$00.
5 de Novembro - Troca de tiros com PJ na Cova da Piedade.
24 de Novembro - Assalto ao Banco Pinto & Sotto Mayor, no Fogueteiro, o qual foram roubados 3.200.787$00.
28 de Novembro - Tentativa de assalto ao Banco Totta & Açores, em São Roque da Lameira, Porto. Na troca de tiros com a PSP é morto o terrorista Carlos Pé Curto. Na fuga os terroristas atiram uma granada para baixo de um dos carros da PSP, provocando ferimentos graves em dois agentes e seis transeuntes.
1981
3 de Fevereiro - Atentado com explosivos na filial do Banco do Brasil em Lisboa que, destrói o edifício e causa um ferido, o segurança das instalações.
10 de Março - Assalto ao Banco Espírito Santo, na Trofa. Neste assalto conduzido por 8 operacionais, um deles envergando uma farda da PSP foram roubados mais de 7.000.000$00.
19 de Março - Provocados ferimentos num comerciante da Malveira, Fernando Rolo, acusado de ser o autor dos disparos que causam a morte de um dos elementos da organização aquando do um assalto frustrado naquela povoação a 6 de Outubro de 1980. Foram disparados mais de 13 tiros sobre Fernando Rolo, que ficou paraplégico.
25 de Março - Disparos nas pernas de um dos administradores da empresa SAPEC, Manuel Inglês Esquível, no Dafundo, por um comando que o esperava à porta de casa, em protesto pela eventual existência de conflitos laborais na empresa. Tratava-se de um operacional das FP-25A a quem tinha sido instaurado um processo disciplinar.
16 de Abril - Disparos nas pernas de Arnaldo da Silva Rodrigues, no Porto.
Abril - Acção de solidariedade para com o IRA - Exército Republicano Irlandês, cuja bandeira é hasteada numa sucursal da British Airways, no Porto.
Maio - Disparo de um rocket no interior do Royal British Club em Lisboa, em solidariedade com o IRA - Exército Republicano Irlandês.
12 de Junho - Assalto ao Banco Totta & Açores, em Leça do Bailio, sendo roubados 170.000$00.
17 de Junho - Troca de tiros com PSP na Avenida de Berna em Lisboa.
28 de Junho - Disparos nas pernas de um dos administradores da empresa Tebe e Montagu, em Braga, por um comando que o esperava porta de casa, em protesto pela eventual existência de conflitos laborais na empresa.
14 de Julho - Assalto ao Banco Fonsecas & Burnay, em Vila Nova de Gaia. Neste assalto foram roubados 6.764.000$00.
19 de Julho - Roubo de explosivos à empresa Mota & Companhia, dos estaleiros das obras do Baixo-Mondego, em Montemor-o-Novo.
24 de Julho - Assalto ao Banco Nacional Ultramarino, em Vila da Feira, no qual foram roubados mais de 7.000.000$00.
Julho - Assalto a Banco , em Leça da Balio.
23 de Agosto - Disparos sobre o director-delegado da empresa Standard Eléctrica, à porta da empresa, em Cascais, causando-lhe ferimentos graves nas pernas. Na mesma acção é também ferido gravemente o seu motorista, nas pernas e no peito. A acção é justificada pela organização como uma resposta aos despedimentos e conflitos laborais que afectavam a empresa. A Polícia identificou e prendeu um dos operacionais envolvidos. O operacional, membro das FP-25A, viria a ser absolvido pelo Tribunal de Cascais.
27 de Setembro - Atentado à bomba em Felgueiras, em 3 de Outubro, provocando a morte a dois militares da GNR, Adolfo Dias e Evaristo Ouvidor da Silva, vitimas da explosão de um carro armadilhado em Alcaínça, arredores da Malveira, e que acorreram ao local a pretexto de uma acidente. A acção inseria-se ainda no processo de retaliação relativo às mortes de dois elementos das FP25, Vítor David e Carlos Caldas, no assalto a um banco da Malveira, em 6 de Outubro de 1980.
13 de Outubro - Assalto ao Banco Fonsecas & Burnay, na Póvoa de Santo Adrião. Na troca de tiros que se seguiu, é morto um terrorista, António Guerreiro, baleado acidentalmente por outro operacional e é assassinado um cliente do banco, Fernando Abreu, com um tiro certeiro no coração, o qual, armado de uma pistola, fez frente aos terroristas. Foram roubados mais de 2.443.855$00.
28 de Outubro - Disparos nas pernas de um administrador da empresa Carides, João Mesquita de Oliveira, em Vila Nova de Famalicão, com a justificação de isso ser uma resposta aos salários em atraso e aos despedimentos efectuados na empresa. Este atentado resultou em ferimentos graves nas pernas, ainda que, por sorte, a arma tenha encravado, obrigando o terrorista - o arrependido João Carlos Macedo Correia - a fugir.
Novembro - A Polícia Judiciária encontra, numa apartamento em Sesimbra, 1 morteiro de 60mm, 25 espingardas automáticas G3, pistolas, metralhadoras e centenas das respectivas munições.
14 de Dezembro - Atentado com explosivos ao posto da GNR de Alcácer do Sal,
Dezembro - Atentados com explosivos nos postos da GNR do Fundão e da Covilhã.
1982
Janeiro - Atentado com explosivos ao posto da GNR do Cacém
Janeiro - Atentado com explosivos à residência de um industrial no Cacém;
30 de Janeiro - Assalto a uma carrinha de transporte dos salários dos funcionários da empresa H.Abrantes, em São Pedro de Muel, no qual foram roubados mais de 5.000.000$00.
19 de Abril - Atentados com explosivos sobre o automóvel e a residência de dois administradores da empresa SAPEC, bem como do director de marketing da mesma empresa.
9 de Junho - São feitos vários disparos sobre a viatura onde se deslocavam dirigentes da cooperativa Boa Hora, no Torrão, não se tendo, no entanto, registado vítimas. Agosto - Atentado com explosivos colocados numa viatura, em Montemor-o-Novo.
15 de Agosto - Atentado com explosivos colocados na delegação da Air France e Lufhtansa, em Lisboa, do qual resultaram elevados prejuízos materiais.
10 de Setembro - Assalto à União de Bancos Portugueses, em Avintes, tendo sido roubados mais de 1.250.000$00.
21 de Outubro - Dois assaltos na zona de Leiria, um, ao Banco Português do Atlântico, em Pataias, que rendeu mais de 40.000$00, e outro, ao Crédito Predial Português, em Cruz de Légua, cujo produto foram mais de 1.300.000$00.
Outubro - Assalto a uma carrinha de transporte dos salários dos funcionários da empresa Electro Cerâmica do Candal, em Vila Nova de Gaia, cujo produto foram mais de 14.000.000$00.
24 de Novembro - Assalto à Conservatória do Registo Civil de Mafra tendo sido roubados mais de centena e meia de impressos para bilhetes de identidade, bem como alguns já feitos, tendo em vista forjar documentos falsos para os terroristas.
Dezembro - Um militante da organização evade-se da cadeia de Pinheiro da Cruz, em Grândola.
6 de Dezembro - Atentado mortal ao administrador da Fábrica de Louças de Sacavém, Diamantino Monteiro Pereira, em Almada. Este foi o primeiro atentado que condenava à morte um empresário. A organização justificou-o como uma resposta aos graves conflitos laborais e despedimentos verificados na empresa.
1983
10 de Janeiro - Assalto à União de Bancos Portugueses, em Castelo da Maia no Porto.
10 de Janeiro - Ataque para a libertação de Daniel Horácio, operacional terrorista internado no Hospital Universitário de Coimbra.
29 de Janeiro - Ataque de um comando, obrigando um automobilista a parar para posteriormente fugirem no seu carro
Fevereiro - Assalto a um banco em Espinho
24 de Fevereiro - Assalto à dependência do Banco Totta & Açores no Carregado. Neste assalto, foi utilizado o carro roubado a 29 de Janeiro e foram roubados mais de 250.000$00
26 de Fevereiro - Um comando com sete operacionais das FP25 seguiam de Lisboa para o Porto com carregamentos de fardamento e armas militares, tendo como objectivo juntarem-se a um comando do Norte. À noite, já no Porto, parte do grupo foi circular de carro para as ruas da cidade. Perdendo-se, acabaram por entrar em ruas de sentido proibido, o que despertou a atenção da PSP. Temendo a descoberta do armamento na mala do carro, acabou por gerar-se um tiroteio no Jardim do Carregal, de que resultaram três feridos, um deles agente policial, e dois detidos da organização. Estes dois detidos, Figueira e Barradas, tornaram-se «arrependidos» e aceitaram colaborar com a Polícia a partir de então
31 de Março - Tentativa de assalto falhada à Renault Portuguesa em Setúbal. O móbil do assalto era o roubo de dinheiro destinado ao pagamento de salários aos trabalhadores. O assalto falhou devido à intervenção de um segurança e um elemento da Guarda Fiscal que ficaram gravemente feridos
13 de Abril - Assalto à dependência do Banco Pinto & Sotto Mayor, em Turquel, Alcobaça. Neste assalto foram roubados mais de 2.000.000$00
Abril - Assalto a um banco no Tramagal em montante não apurado
27 de Maio - Assalto à dependência de bancos: ao Banco Totta & Açores em São Martinho do Campo e à União de Bancos Portugueses em Vila das Aves, Santo Tirso. Nestes dois assaltos foram roubados respectivamente 1.008.000$00 e 369.015$00
22 de Junho - Assalto a uma carrinha de transporte de valores da Efacec que transportava 5.712.900$00 que se destinavam ao pagamento de salários
19 de Julho - Assalto à dependência do Banco Português do Atlântico, em Vilamoura. Neste assalto foram roubados mais de 14.300.000$00
17 de Agosto - Assalto a uma carrinha de transporte de valores em Matosinhos que recolhia dinheiro da dependência do Banco Fonsecas & Burnay. Neste assalto foram roubados mais 1.000.000$00
30 de Setembro - Assalto a uma carrinha de transporte de valores da empresa António Leite e Silva, no Porto. Neste assalto foram roubados mais 1.450.000$00
Novembro - Atentado com explosivos ao posto da GNR de Leiria
2 de Novembro - Assalto à dependência do Crédito Predial Português, em Caneças, de onde foram roubados mais de 2.000.000$00
7 de Novembro - Atentado simultâneo com explosivos junto à residência de Francisco José Simões, no Estoril e numa rua do Dafundo. O primeiro atentado provocou apenas danos materiais e no segundo ferimentos num transeunte. Este segundo atentado, presume-se que tenha sido erro da organização em virtude da coincidência de nomes
14 de Novembro - Atentado com explosivos visando os carros de dois administrador da empresa Cometna
29 de Novembro - Atentados com explosivos em residências de empresários da empresa Lurgel, Jorge Cristóvão, na Cruz de Pau e Flaminio Rosa, no Seixal
30 de Novembro - Assalto à Rodoviária de Almada, no Laranjeiro e que culminou com o ferimento do funcionário da empresa, Manuel Amaro de Carvalho que ficou com várias lesões permanentes. Foram roubados 9.158.572$00, verba destinada ao pagamento de salários.
Novembro - Assalto à firma Vaessen, em Miramar, etndo sido roubados 147.000$00
3 de Dezembro - Atentado com explosivos a instalações bancárias do Banco Espírito Santo, em Leiria e Caldas da Rainha, por este banco se recusar a viabilizar a empresa vidreira CIVE
6 de Dezembro - Rebentamento de engenhos explosivos com difusão de panfletos em Almada, Barreiro, Lisboa e Setúbal. Em Setúbal é ferida uma criança de apenas 12 anos
23 de Dezembro - Atentado à bomba com 5kgs de TNT no automóvel do Presidente da empresa Petróleos Alfa. Por deficiência técnica o engenho não explode não havendo por isso danos materiais
1984
6 de Janeiro - Atentado com explosivos visando administradores das empresas Entreposto, Tecnosado e Tecnitool
25 de Janeiro - Assalto à dependência do Crédito Predial Português, pela segunda vez em menos de 3 meses, em Caneças. Roubados mais de 707.000$00
25 de Janeiro - Atentado a tiro de metralhadora e "cocktails molotov" contra a residência em Leiria do Presidente do Concelho de Administração da fábrica de vidros Ivima da Marinha Grande, Jorge Raposo de Magalhães e da sua familia, incluindo 3 filhos menores entre os 13 e os 9 anos de idade, causando apenas danos materiais. O atentado foi interrompido por tiros disparados por um empregado agrícola da propriedade e os operacionais puseram-se em fuga deixando os engenhos explosivos por detonar
30 de Janeiro - Assalto a uma viatura de transporte de valores do Banco Espírito Santo, na Marinha Grande que resulta em ferimentos graves (tetraplegia num dos casos) em dois dos seus ocupantes, tendo sido roubados mais de 5.000.000$00
31 de Janeiro - Assalto a um carrinha de transporte de valores, em Casal do Marco Seixal. Neste assalto foram roubados mais de 11.000.000$00 destinados ao pagamento de salários dos trabalhadores da Idelma
7 de Fevereiro - Assalto a uma carrinha de transporte de valores que resulta no roubo de 108.240.000$00, perto do Marquês de Pombal em Lisboa
28 de Fevereiro - Atentados com explosivos colocados em viaturas, visando empresários na Covilhã e Castelo Branco
20 de Abril - Atentado com explosivos em Évora visando o carro do chefe das Finanças local. Registados apenas danos materiais
Deste atentado ufana-se actualmente, na comunicação social, o seu coordenador: "Desde já quero dizer que coordenei a ação em que morreu o bebé", confessa José Ramos, ao CM/CMTV, dirigente e operacional de topo das Forças Populares 25 de Abril, as FP-25
1 de Maio - Sabotagem da Estrada Nacional nº 1, Lisboa-Porto, através do lançamento na via, de pregos soldados em T
29 de Maio - Atentado mortal contra o administrador da empresa Gelmar, Rogério Canha e Sá, em Santo António dos Cavaleiros, justificado pelas FP25 como uma resposta aos sucessivos despedimentos e falências registados não só na Gelmar como em outras unidades fabris onde o referido administrador havia exercido funções
1 de Junho - Atentado a tiro, causando ferimentos graves, contra o administrador Arnaldo Freitas de Oliveira, da empresa Manuel Pereira Roldão, em Benfica. Apesar dos disparos de 5 tiros, a vitima sobrevive ao atentado porque, por sorte, uma das balas foi desviada do peito ao atingir um porta moedas que tinha no bolso. Arnaldo Freitas de Oliveira estava ao lado do filho deficiente mental quando foi atingido. A organização justifica a acção, que deveria resultar na morte do referido administrador, como uma punição pelas alegadas irregularidades e despedimentos verificados na referida empresa
19 de Junho - A Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) da Policia Judiciária, leva a cabo, na madrugada de 18 para 19 de Junho de 1984, uma operação policial que envolve 200 agentes e centenas de outros homens de outras corporações – Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Guarda Fiscal – e que decorre em Lisboa, Porto, Matosinhos, Gaia, São Mamede de Infesta, Póvoa de Varzim, Viana do Castelo, Caminha e Vila Real. A Operação "Orion" destina-se a desmantelar o Projecto Global e as Forças Populares 25 de Abril resultando na detenção de cerca de quarenta pessoas, a maior parte das quais militantes e dirigentes da Frente de Unidade Popular. Foram ainda apreendidos documentos e armas, em casa dos detidos e nas sedes da Frente de Unidade Popular
20 de Junho - Prisão de mais quatro dirigentes da Organização, Otelo Saraiva de Carvalho, Pedro Goulart, Vítor Guinote e Humberto Machado. Mouta Liz, funcionário do Banco de Portugal, foge das instalações do Banco, onde se encontrava, ao ser informado da presença da Policia Judiciária no edifício, para executar o mandado de captura emitido
4 de Julho - Disparos contra o proprietário e administrador da Cerâmica Modelar, Manuel Liquito, em Barcelos. Este consegue desviar a arma disparada à queima roupa, salvando-o da morte certa mas do qual resultam ferimentos graves nas pernas. A organização justifica a acção como uma punição pela recusa do empresário em regularizar uma situação de emissão de resíduos que afectava a população local
4 de Julho - Disparos de metralhadora contra o posto da GNR de Barcelos
1 de Agosto - Assalto à dependência do Banco Espírito Santo, na Trofa, tendo o assalto rendido mais de 5.000.000$00
23 de Agosto - Atentado frustrado com explosivos numa serração de Proença-a-Nova resultando em ferimentos graves no elemento das FP25 que se preparava para os colocar
14 de Setembro - Assalto à carrinha de transporte de valores da empresa Visegur, quando esta se preparava para transportar dinheiro para a Docapesca de Leixões do Banco Fonsecas & Burnay, em Matosinhos para a Docapesca de Leixões. Neste assalto foram roubados 6.923.891$00
20 de Setembro - Atentado com uma granada de mão ofensiva contra a Penitenciária de Coimbra
24 de Setembro - Atentado com explosivos na residência de uns rendeiros, em Montemor-o-novo, no Alentejo
29 de Novembro - Assalto à empresa Salvador Caetano, em Vila Nova de Gaia. Neste assalto foram roubados mais de 42.000.000$00 destinados ao pagamento de salários dos trabalhadores
1985
Janeiro - Ataque falhado com granadas de morteiro contra navios da NATO ancorados no rio Tejo, em Lisboa
Janeiro - Atentado com explosivos a uma residência de um agricultor, em Beja
Fevereiro - Atentado com explosivos no Bairro Residencial Alemão, habitado por militares alemães e trabalhadores da Base Aérea N.º 11 de Beja, provocando grandes estragos materiais
23 de Março - Atentado mortal sobre o empresário da Marinha Grande, Alexandre Souto, levado a cabo no recinto da Feira Internacional de Lisboa,tendo o empresário, enquanto se encontrava a atender clientes dentro de uma caravana, sido assasinhado com cinco tiros por um militante das FP25, de braço dado com a filha de apenas 18 anos. A organização justifica a acção como uma resposta à morte de um membro das FUP, na Marinha Grande que teria morrido na sequência de uma luta com Alexandre Souto. Em Dezembro de 1983, Alexandre Souto tinha surpreendido militantes da FUP a roubar tijolos da sua loja. Estes, veio-se a descobrir mais tarde durante a acusação, destinavam-se a construir cárceres privados, destinados a alojar vitimas de raptos por parte das FP25
10 de Abril - Operação da Polícia Judiciária perto da Maia, na sequência da qual são detidos três operacionais da organização e um quarto, Luís Amado, é morto a tiro
29 de Abril - Assalto ao jornal Diário de Noticias, em plena Avenida da Liberdade em Lisboa, etnd sido roubados mais de 14.000.000$00 que de destinavam ao pagamento de salários dos trabalhadores
15 de Maio - Assalto à dependência bancária do Banco Nacional Ultramarino, na Praia da Rocha no Algarve, tendo sido roubados mais de 18.600.000$00. Os operacionais viriam a ser interceptados por uma brigada da PSP, à entrada de Portimão. Após troca de tiros, estes operacionais foram apanhados e presos e o dinheiro recuperado
19 de Julho - Assassinato de um dos "arrependidos" das FP25, José Barradas, na Costa da Caparica, Almada, para evitar que depusesse em julgamento. Em virtude deste atendado, o julgamento da FP25 que deveria começar no dia seguinte, teve que ser adiado
21 de Setembro - Fuga do Estabelecimento Prisional de Lisboa de um grupo de 10 presos entre os quais 9 elementos das FP25, que contaram com óbvias cumplicidades e conivências internas
9 de Dezembro - Atentado à bomba contra as instalações do COMIBERLANT, em Oeiras
1986
16 de Fevereiro - Atentado contra o Diretor-Geral dos Serviços Prisionais, Gaspar Castelo Branco, no caminho de regresso a casa, após ter ido visitar um amigo que se encontrava internado num hospital, depois de ter parado numa charcutaria para comprar um queijo para o jantar. Como já estava perto do prédio onde vivia, estacionou o carro e seguiu a pé. Era uma tarde de Inverno, chuva miudinha. As ruas do bairro da Estrela estavam praticamente desertas. A poucos metros da porta de sua casa, esperava-o um carro com dois homens dentro e foi baleado na nuca, à queima-roupa. O carro pôs-se em fuga imediatamente. Esta foi uma morte encomendada e planeada, já que após a fuga da Penitenciária de Lisboa em Setembro de 1985 e após pedido expresso do Ministério Publico, foi imposto um regime mais restritivo, isolando-os e impedindo a sua circulação no interior da cadeia, limitando a comunicação entre os mesmos e restringindo a comunicação para o exterior. A acção é justificada pelas FP25 como uma resposta às duras condições de detenção dos seus militantes e à alegada intransigência dos Serviços Prisionais na pessoa do seu Diretor-Geral. O funeral não teve honras de Estado e nele não compaeceu nenhum responsável político, Eanes, Soares, Cavaco e Freitas incluídos.
27 de Abril - Disparos sobre a esquadra da PSP dos Olivais em retaliação pelos alegados maus tratos aí sofridos por um elemento da organização aquando da sua detenção, do que resultaram ferimentos ligeiro num agente da PSP atingido por uma das balas
Setembro - Atentado com explosivos a um empreendimento turístico no Algarve, acção reivindicada pela ORA (Organização Revolucionária Armada) um grupo formado por dissidentes das Forças Populares 25 de Abril
1987
16 de Agosto - Assassinato do agente da Polícia Judiciária Álvaro Militão, morto com um tiro directo no coração, numa perseguição automóvel em Lisboa, junto à actual sede da RTP em Lisboa. Em consequência, "o Opel Kadett, quase novo, que Álvaro Militão conduzia, capotou junto à antiga rotunda do Batista Russo. A perseguição continuou até ao terminal dos contentores, onde as brigadas da DCCB conseguiram capturar António Manuel Batista Dias, o “Professor”, e Alberto Teixeira de Carvalho, o “Xavier” durante a detenção de elementos da organização"
1991
1992
Meados - Detenção dos últimos militantes ainda clandestinos