Espantoso...
O nosso estimável regime democrático é francamente espantoso, em especial quando o ps, ou seja a esquerda, cavalga o cavalo do poder.
Espantoso por tudo quanto acontece, sem que aconteça nada. Ou seja, contrariando todas as leis da física, no actual regime socialista a nenhuma causa corresponde qualquer efeito - salvo o de o governo, para se manter, continuar a esportular mais impostos aos galegos que os pagam mas que nunca votaram nos socialistas mais que não seja por razões de higiene, decência e respeito próprio, como é bom de ver nos dias que passam.
Espantoso por um ministro - que usa um arganel na orelha, decerto para abonar da qualidade da rês - convocar uma conferência de imprensa para se defender e justificar num conjunto de situações mais que embaraçosas em que está envolvido até ao cocuruto da cabeça - e nela desatar a envolver na situação o primeiro-ministro, ministros e secretários de estado, numa típica acção de espalhador de estrume líquido (vulgo, mais expressivamente - e perdoe-se a libertinagem - de colocar merda na ventoinha...) para todos serem regados com a cagada (salvo seja...) que ele fez - e, depois disso, concluir com toda a desfaçatez que mantém intactas as condições necessárias para continuar a ser ministro do governo, e, neste momento, continuar ainda a sê-lo. (É evidente que em parte ele tem razão: o governo é tão mau, tão mau, tão mão que dele, mesmo assim, quase se pode dizer ele ser uma flor no meio do estrume...).
Espantoso por o primeiro ministro, em férias no estrangeiro, nem se dignar incomodar-se a dar um passo mais perante a bacorada do seu ministro, e deixe para o seu aprazado regresso à pátria a resolução de mais esta bodega, de acordo com o seu ritmo e a sua vontade, sem que o presidente da república - essa inutilidade estrebuchante em que, pela sua própria acção, se vai transformando - possa já ter qualquer poder ou influência, perdidos num constante palrar que lhe retirou toda a gravitas imanente e indispensável ao cargo (quer se queira, quer não).
Espantoso por, passados quase 50 anos, e perante as constares desgraças que nos governaram, ainda não haver ninguém, que farto desta bandalheira, se mostre disposto a pôr isto na devida e necessária ordem.