<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d12023629\x26blogName\x3dPharm%C3%A1cia+de+Servi%C3%A7o\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://pharmaciadeservico.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttps://pharmaciadeservico.blogspot.com/\x26vt\x3d5339164314434841800', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

Pharmácia de Serviço

Há remédio para tudo ... pharmaciadeservico_at_gmail.com

Coimbra e o Tribunal Constitucional

Parece que os magníficos conselheiros do Tribunal Constitucional, questionados sobre a possibilidade desse tribunal ver deslocada a sua sede para Coimbra, sentiram um frémito colectivo, uma náusea profunda, um abalo de alma - pelo menos os que são alfacinhas ou moram em Lisboa - e declararam solenemente que uma tal deslocação significaria o total desprestígio para essa instituição - como se Coimbra fosse um antro sórdido, um córrego epidémico, uma pocilga imunda, apenas frequentada por infrequentáveis, capaz, só por isso, de conspurcar, mesmo que só em pensamento, o mais imparcial dos tribunais e o mais prestigiado dos conselheiros.

É evidente que a visão abjecta que as conselheirais personagens têm da cidade de Coimbra, não obstante tratar-se de uma deselegância galega e de uma presunção, não aparece do nada.

Longe vai o tempo em que ninguém ousaria proferir um juízo de tal modo soez sobre Coimbra - e, necessária e  consequencialmente, sobre as suas instituições e as suas gentes. Ninguém ousaria desdenhar a proximidade da Universidade de Coimbra e o seu prestígio ou subestimar a  superior qualidade dos vultos intelectuais da cidade.

Poder-se-á dizer que uma tal apreciação é simplesmente o produto de um sempre mal disfarçado sentimento de inferioridade invejosa dos palacianos alfacinhas que pretendem disfarçada por uma enorme mania das grandezas e de superioridade - o que é verdade.

Mas evidente se torna que as ditas conselheirais figuras apenas disseram o que disseram porque Coimbra se tornou, efectivamente, e é presentemente, uma absoluta e total irrelevância como qualquer aldeola perdida no meio de serranias raianas. Na verdade, Coimbra tem à frente das suas duas instituições mais representativas apenas absolutos trambolhos; essas instituições estão reduzidas a uma apagada e vil insignificância; e da cidade, onde só polulam parolos, campestres e esquerdalhos, todos a quer-se dar ares de importância e de grand seigneurs mas obviamente sem pedalada nem pedigree para tanto, nada de substancial se pode esperar. 

Pode-se ter a percepção do que é a dimensão e ambição de Coimbra quando "engole", sem engasgo, a Ponte Rainha Santa (a que a esquerdalhada avental queria chamar de "Ponte Europa") a troco da co-incineração em Souselas; quando permite que se levante a linha de comboio entre a cidade e a Lousã à espera de uma mirífica esperança num metro de superfície sobre carris e vinte anos depois de ter ficado sem nada se basta com o chuchar no dedo de um metro-bus, que não é mais que um trólei "pantufas" (coisa que já existe na cidade desde os anos 40 do século passado). Pode ter-se a noção da irrelevância da cidade quando se compara esta com a dinâmica e projecção que, em poucos anos, ganharam as Universidade de Aveiro e da Covilhã quando cotejadas com a Universidade de Coimbra; quando se constata o dinamismo social e económico de Aveiro, Castelo Branco, Guarda, Viseu ou Leiria, e a pujança das actividades industriais e comerciais nelas instaladas. Em Coimbra, nicles. Estava para ter o IKEA mas houve alguém que fez gorar essa possibilidade - decerto porque a cidade não precisa de grandes lojas-âncora.

Coimbra teve uma cintura industrial pujante, com fábricas diversificadas, que definhou à frente de todos sem que ninguém (pessoas e instituições entre as quais a universidade, sempre muito senhora das suas tamanquinhas e colocada na sua turris eburnea distante dos comuns mortais) fosse capaz de fazer o que quer que fosse - a não ser promover a venda do que restava, a ver se ainda faziam uns cobres...

Cúmulo dos cúmulos, Coimbra teve uma associação comercial e industrial que, depois de muita pujança, algumas feiras comerciais e industriais, e muitas peripécias, acabou ... falida...!!!

Coimbra, nas suas instituições de ensino superior, consegue formar milhares de jovens que depois ou não conseguem emprego - mal que é geral, porque se continuam a enganar os jovens com a miragem de um curso superior como forma de ascenção social - ou então emigram em massa para Lisboa ou para o estrangeiro porque em Coimbra e arredores só há emprego não qualificado... 

Coimbra tem uma universidade multissecular e, antigamente, muito prestigiada que deixando-se ser tomada por tudo o que é  esquerdalhada, prefere tornar-se uma universidade regional, sem perspectivas e sem mundo, do que formar, em concorrência com as suas congéneres de Oxford, Cambridge, Paris, Bolonha, ou outras mais recentes como Yale ou Harvard, gente de classe e de qualidade superior, que permitiriam criar uma elite nos negócios, na ciência, no mundo empresarial, no direito ou na cultura. Mas não; prefere o vulgus...

Enfim... Podia-se continuar a desfiar o rol. Mas basta resumir: Coimbra ainda existe porque vem nos mapas. 

Perante isto não se pode censurar demasiado as conselheirais figuras do Tribunal Constitucional quando se se julgam desprestigiadas se retiradas do luzidio vácuo da corte e remetidas para a apagada e vil tristeza da província,  às margens do Mondego...

« Home | Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »

» Enviar um comentário