Mais um "prego"...
Hoje (ou melhor, ontem), o público dá albergue a mais uma "dótora" do bloco de esquerda a destilar comichões muito perleúdas e explicadas por via da urticária que lhe provoca (como no fim de semana já a tinha provocado a uma cáfila de dótores de esquerda...) um livro de Riccardo Marchi sobre o chega...
A articulista - ou antes opinista, porque se limita a opinar - depois de alinhavar um alargado e erudito conjunto de palavras em vários parágrafos de diferentes intensidades de antipatia, azeites e maus fígados para com o referido autor, a sua obra, o objecto dela, o chega, mais o ventura, conclui de forma sublime, preocupada que está com os caminhos da direita (direita essa que ela parece considerar como menos má e, eventualmente, tolerável) e o "condicionamento" desses caminhos por via do tribalismo desculpatório que aconchega o Chega [e que] revela simplesmente a razão do seu sucesso, que a explicatória razão para tal está, imagine-se, nestes analistas condescendentes [que] ou estão fascinados ou ficam calados com uma extrema-direita que, à força de imitar Abascal e Bolsonaro, consegue presença suficiente para condicionar o futuro da direita...
Na verdade, é verdadeiramente dramático que estes analistas sejam tão suficientemente condescendestes que chegam ao ponto de serem objectivos. Por isso, é sinceramente profunda e admirável a preocupação que a esquerda e a senhora dótora demonstra pela futuro da direita ... mesmo que ela possa não ser propriamente direita, já que é prejudicada ou condicionada pelo chega de direita...
Mas tomemos alento. Amanhã, haverá novamente alguém que, nas páginas do público (que está transformado numa espécie de speaker's corner da esquerda, onde esta fala, fala, fala, mas ninguém lhe liga cartucho...), que nos irá procurar esclarecer, em novo artigo de maus fígados, de que a esquerda é que sabe quais devem ser os caminhos e o futuro da direita...