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Pharmácia de Serviço

Há remédio para tudo ... pharmaciadeservico_at_gmail.com

A ler, indispensavelmente...


Estes novos problemas e desafios têm várias raízes e causas: as consequências económico-sociais da globalização e do fundamentalismo eurocrático; a negação da importância dos factores identitários, religiosos e nacionais; o laxismo migratório; e a imposição de uma agenda de esquerda radical ou de ultra-esquerda negacionista, que pretende branquear a própria história (radicando-a em imaculadas utopias cuja “generosidade” isenta de culpas e aliena dos crimes e dos regimes que as têm materializado), enquanto cobra ao “ocidente euro-americano” a expiação transgeracional de ofensas e de condutas impróprias.

É esta agenda que a esquerda, ou esta esquerda, está a tentar cumprir em Espanha sem encontrar resposta. E fá-lo relançando uma ofensiva pelo aborto livre, pela eutanásia e pelas “causas fracturantes” do costume e tentando impor-se como uma espécie de nova inquisição, detentora do exclusivo da moral, da ética e da virtude, que policia os comportamentos e a linguagem não hesitando em mentir, caluniar e assassinar moralmente os seus adversários.

(...)

Assim, Sánchez, depois da sua proeza de “justiceiro” póstumo do Vale dos Caídos, depois de reabrir feridas fechadas há muito e uma vez fracassada a sua megalómana tentativa de uma maioria quase absoluta, vai fazer um pacto com a extrema-esquerda do PODEMOS e contar com a boa vontade da ERC, um partido de esquerda radical e separatista. Mas lá, como cá, ninguém parece afligir-se com pactos com uma extrema-esquerda herdeira dos trotskistas radicais que, ainda que liquidados por Estaline, não deixaram de ser tão maus ou piores que os estalinistas. Sánchez, aparentemente, não pestaneja e avança destemido para o pacto, contra alguns dirigentes socialistas tradicionais e actuais – como Felipe González ou Alfonso Guerra, que já o criticaram dura e sarcasticamente, ou como os presidentes socialistas das comunidades autónomas de Aragão e Castilla-la-Mancha, Javier Lambán e Emiliano Garcia-Page, que já manifestaram a sua hostilidade a uma solução governamental que fique refém dos separatistas da ERC.
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