Ainda efeitos dos excessos da Páscoa...
Os inteligentes coordenadores distritais do Bloco de Esquerda (BE) de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Santarém e Viseu exigem que o ministro Luís Filipe Castro Mendes substitua de imediato Celeste Amaro, já que esta "demonstrou não saber estar à altura da dignidade do cargo para o qual foi nomeada" porque simplesmente sublinhou o facto de uma companhia teatral de Leiria funcionar sem "pedir dinheiro" ao Estado...
Os mesmos inteligentes, contudo - porque ainda devem estar de ressaca do "compasso", coitados, que aquilo é violento - parece que se esqueceram que é esse mesmo ministro do governo socialista, que tanto apoiam e lambem, que fez com que, no âmbito do Programa de Apoio Sustentado às Artes 2018-2021, das 89 estruturas que se apresentaram a concurso, apenas 50 recebessem o apoio do Estado, ficando excluídas, por exemplo, todas as companhias de teatro de Coimbra e Évora, o Teatro das Beiras, da Covilhã, e ainda o Teatro Experimental de Cascais (TEC), dirigido por Carlos Avilez.
Ou seja: os inteligentes querem "sanear" uma senhora por apenas ter sublinhado o facto de uma companhia teatral conseguir funcionar sem pedir subsídios, mas, muito convenientemente, esquecem-se completamente (e calam-se) de que "só" na região centro foram deixadas sem financiamento todas - repete-se, todas - as companhias de teatro de Coimbra, bem como o Teatro das Beiras, da Covilhã (para além de muitas outras por todo esse país...)...