Os 25 de Novembro que importam
Hoje já é dia 27 de Novembro.
Até agora não se ouviu (ou,concedendo, mal se ouviu...) falar no 25 de Novembro.
Daquele 25 de Novembro de 1975 que impediu que os comunas do pcp e a extrema-esquerda – exactamente os mesmos comunistas e a mesma extrema-esquerda que agora o PS levou para o poder, para também ele lá poder chegar – consolidassem o assalto ao poder o domínio do Estado que perpetravam desde o 11 de Março, sob a batuta de vermelhos como o copcom, de bandidos como Otelo e de dementes como Vasco Gonçalves.
Daquele 25 de Novembro que na sequência do verão quente (dos assaltos às sedes dos comunistas e de Rio Maior) conseguiu repor na ordem os esquerdalhos que queriam impor e impor-se pela força a uma país meio atordoado e atemorizado.
Quem se lembrar ainda do que foram os saneamentos selvagens que mantinham o terror nas organizações, das nacionalizações do demente vasco gonçalves, na sequência da inventona do 11 de Março, do controlo de gestão nas empresas, que destruiu grandes empresas pujantes e produtivas, da reforma agrária e das ocupações de terras no alentejo, com tractores de comunas disfarçados de "trabalhadores" a ir de monte em monte a espalhar o terror, a apropriar-se do (verdadeiramente, a roubar o...) que havia e a inviabilizar a produção agrícola em enormes áreas,sabe bem da importância fundamental do 25 de Novembro.
Porém, em 25 de Novembro de 2017 não se ouviu falar do 25 de Novembro de 1975. Não se ouviu falar dessa data, evocativa de factos que influíram directa e profundamente na nossa vida actual, porque dela mal se falou (ou não se falou mesmo...).
Mas por estes dias fartou-se de falar das cheias de 25 e 26 de Novembro de 1967, da censura de então que afinal acabou por não conseguir parar a torrente de notícias, de Salazar, como se ele ainda seja, hoje, o responsável directo por essas cheias e o culpado remoto por tudo o que de mal que nos vai acontecendo hoje - como se essas cheias e o desastre que representaram, sejam, ainda hoje, determinantes para o pão nosso do dia de hoje...
Só que as cheias já não são importantes hoje porque foram há 50 anos, e porque hoje temos os fogos e os mortos de pedrógão e de Outubro.
E porque hoje já não temos Salazar mas temos um governo de esquerda que pretende alardear ser melhor que os governos de direita, mas que se revela, no fim um completo e lamentável desastre e a prova provada da incapacidade da esquerda de poder ser outra coisa senão uma oposição rocinante e azeda.
E porque Salazar, que era então Presidente do Conselho de Ministros, está morto e enterrado no Vimieiro vão para lá mais de 47 anos...
Por isso seria bom deixarem de nos querer atirar pó para os olhos com as cheias de 67 e a censura de Salazar e preocuparem-se com a desgraça que nos governa, a bodega que é a governação e a censura oculta e insidiosa, comandada pela esquerda, que nos pretende calar e fazer vergar.
Isso sim. Isso é que hoje importa às, e é importante para as, pessoas de hoje.