O problema da Catalunha não é diplomático. É político: este independentismo oportunista de políticos fracassados está a corroer o Estado de direito, a substituir o debate pela intimidação, o compromisso pelo ódio, os procedimentos regulares pelo golpismo, o voto pela rua, a lei pelo arbítrio. Talvez os governantes de Barcelona imaginem que controlam o processo. Mas esta é a hora de todos os aventureiros, a começar pelas esquerdas revolucionárias. Ainda não são o governo, mas o governo, embora dirigido pelos conservadores e liberais da ex-CiU, dependerá cada vez mais dos métodos e das organizações da extrema-esquerda, à medida que se agrave a crise institucional. Foi assim que, na guerra civil de 1936-1939, os comunistas chegaram a ter tanta influência no campo republicano. Um dia, talvez os revolucionários possam dispensar os habilidosos da ex-CiU.
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on sexta-feira, 29 de setembro de 2017 at 29.9.17.
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