Ou seja: das barrigas de aluguer, oferecidas sem hesitar como contrapartida à esquerda radical, à sofreguidão das cativações para beneficiar a eleita fatia do funcionalismo publico (apesar das injustas consequências das mesmas cativações nos mais desprotegidos); do luto sem responsáveis de Pedrogão à vergonha sem rosto de Tancos; dos impostos que descem sem descer às iluminadas experiências dos dois titulares da Educação, Mário Nogueira e Tiago Brandão Rodrigues, eis alguns exemplos que mais do que aquilo que expressam, me interessam como radiografias de um comportamento político. E de uma “cultura” com a qual não estávamos assim tão bem relacionados: qualquer “actuação”, por menos recomendável que seja, é logo totalmente secundarizada pela compensação que traz; e o não assumir de responsabilidades ou o não prestar explicações públicas é praticado com uma estarrecedora naturalidade. Uma estranha forma de uso e manejo do poder, instigadora (e “instaladora”) de uma cultura de indiferença, de relativização do erro, de jogo, manha, camuflagem, irresponsabilidade políticas. Vale tudo?
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on quarta-feira, 20 de setembro de 2017 at 20.9.17.
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