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Pharmácia de Serviço

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A verdade nua e crua...


Imaginem agora por um só momento que o governo da “geringonça” não tinha revertido a subconcessão do Metro de Lisboa e que este era neste momento gerido por privados. Primeiro, as avarias nas escadas rolantes e a compra de peças sobressalentes não teria de ir a despacho do ministro, iria apenas ao bolso do concessionário em vez de ir ao bolso do contribuinte. Depois, os poderosos sindicatos, que por via da “geringonça” e do apoio do PCP ao Governo têm o Metro como refém, estariam provavelmente a perder filiados, como sucedeu na generalidade das empresas privatizadas, pois os trabalhadores compreenderiam que o destino do seu posto de trabalho e do seu salário dependeria da saúde da empresa em que trabalham e não da capacidade sindical de extorquir mais “subsídios” aos contribuintes portugueses. Ou seja, teríamos provavelmente melhor serviço e menos greves. Em vez disso tivemos uma “reversão” que, como está à vista de todos, prejudicou o serviço público e só beneficiou uma pequena corporação defendida por uma tropa de choque sindical.

É por tudo isto que o silêncio do PCP, do Bloco, do PS e até da Câmara de Lisboa sobre o que se passa no Metro de Lisboa é mais eloquente que mil discursos inspirados: diz tudo sobre o que realmente conta nesta solução de Governo, ou seja, que o que é mesmo importante é ter e manter o poder enquanto tal for possível, mesmo que à custa de tudo o que antes se defendeu e reclamou.
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