Espectacular (ou um bom exemplo de falta de vergonha)...
Este ano, as finanças "atiraram-se" "à ganância" à Igreja Católica pretendendo que ela pagasse IMI de todo o seu património em claro desrespeito pelo acordado na Concordata entre Portugal e a Santa Sé, para além de tal exigência estar em completo arrepio à prática da administração fiscal seguida até agora.
É óbvio que esta rapinanço não resultou de qualquer iniciativa fundamentalista de funcionários tributários zelosos, mas foi, sim, o cumprimento pela administração fiscal de instruções superiores, ou seja de ordens governamentais ou, mais propriamente, de mandados geringonçais...
Perante o abusivo desplante, levantou-se de imediato um coro de críticas.
A princípio, o governo ficou caladinho como uma pedra (como começa a tornar-se prática governamental avezada) a ver se, distraidamente, "como quem não quer a coisa", levava a sua avante e conseguia aboletar-se com mais um largos milhões de imi. Porém, perante as criticas e as reacções, designadamente da própria Igreja, o mesmo governo, vem, pressuroso e sacripanta, dizer com ar seráfico, pela voz do "andrade da galp" que as disposições legais sobre as isenções do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) ao património da Igreja Católica não sofreram alterações e que as regras que se aplicam ao património da Igreja são as mesmas desde há 10 anos, sublinhando que não houve qualquer “alteração das orientações interpretativas por parte do Ministério das Finanças” em relação às isenções do IMI como que a querer limpar-se da autoria da óbvia velhaquice e a pretender dela responsabilizar os funcionários das finanças ...
É preciso ter cara de pau...