Mais uma leitura muito recomendável…
A forma como António Costa tem vindo aos poucos a erguer um cordão sanitário em redor de José Sócrates, procurando proteger-se a si próprio e ao PS dos riscos de contaminação, é uma das mais impressionantes manobras políticas a que eu me lembro de assistir.
Nem Francisco George foi tão eficaz no combate à Legionella.
António Costa tem aos poucos alargado a distância que o separa de Sócrates, com uma eficácia simultaneamente admirável e assustadora.
Admirável, porque é de uma frieza calculista só ao alcance dos mais hábeis políticos, ….
Assustadora, porque a forma como ele tem vindo a enterrar a faca entre as costelas de Sócrates, e a rodar o cabo ao mesmo tempo que lhe chama “amigo”, provoca certo sobressalto em almas mais sensíveis.
João Miguel Tavares, "António Costa e José Sócrates", no Público