Uma aposta e uma pergunta…
Mais cortes no Ensino Superior podem chegar aos 14 milhões
Aposta-se, contudo, que apesar de mais este "corte" (ou antes, mais esta "economia") nenhuma universidade pública vai encerrar (apesar da óbvia necessidade de racionalização do seu número)…
Em termos reais, entre 2005 e 2013, houve uma perda de 200 milhões de euros das dotações orçamentais às universidades.
Ora, como todas as universidades públicas continuaram a funcionar nesse período, será que se pode dizer que essa é a medida do que tem sido o "esbanjamento universitário" ou seja aquilo que temos pago em impostos para manter a autonomia corporativa das universidades sob o pretexto da indispensabilidade desta para que possa haver liberdade de pensamento, investigação, expressão e ensino (ou seja, para fazerem o que bem entendam…) porque, alegam os seus membros (os "mestres" e "cientistas") só se pensa, só se pode pensar livremente, investigar descomprometidamente e ensinar o que se quer ensinar (coisa bem diferente de ensinar o que é necessário saber-se…) se se tiver muito dinheiro para esbanjar sem grandes contas a prestar (porque – justificação soberba e insusceptível de contestação – é tudo dinheiro para ciência e, daí que seja feio (até mesmo inadmissível e mal educado) perguntar(-se) em que "ciência" concretamente se gasta esse dinheiro, que "ciência" se produz com esses gastos e que utilidade prática ou teórica ela tem para os horizontes da ciência, para todos nós que a pagamos e, enfim, para o bem estar e conhecimento da humanidade…